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sexta-feira, 9 de maio de 2008

LITURGIA DO DIA 09/05

Santo do dia

VII SEMANA DO TEMPO DA PÁSCOA
Ofício do dia de semana do Tempo da Pascoa,
depois da Ascensão.Missa própria de 6.ª Feira da VII Semana
com Prefácio da Ascensão.

Hoje a Igreja celebra:
Santa Catarina de Bolonha, virgem, mística, +1463
S. Pacómio, abade, séc. IV
Santa Maria Domingas Mazzarello, religiosa, fundadora, +1881
Beato Nicolau Albergati, Bispo e Confessor, +1842
S. Máximo de Jerusalém, bispo, mártir, +350


Livro dos Actos dos Apóstolos 25,13-21

Leitura dos Atos dos Apóstolos.
Naqueles dias, 13bo rei Agripa e Berenice chegaram a Cesaréia e foram cumprimentar Festo. 14Como ficassem alguns dias aí, Festo expôs ao rei o caso de Paulo, dizendo: "Está aqui um homem que Félix deixou como prisioneiro. 15Quando eu estive em Jerusalém, os sumos sacerdotes e os anciãos dos judeus apresentaram acusações contra ele e pediram-me que o condenasse. 16Mas eu lhes respondi que os romanos não costumam entregar um homem antes que o acusado tenha sido confrontado com os acusadores e possa defender-se da acusação.17Eles vieram para cá e, no dia seguinte, sem demora, sentei-me no tribunal e mandei trazer o homem. 18Seus acusadores compareceram diante dele, mas não trouxeram nenhuma acusação de crimes de que eu pudesse suspeitar. 19Tinham somente certas questões sobre a sua própria religião e a respeito de um certo Jesus que já morreu, mas que Paulo afirma estar vivo. 20Eu não sabia o que fazer para averiguar o assunto. Perguntei então a Paulo se ele preferia ir a Jerusalém, para ser julgado lá. 21Mas Paulo fez uma apelação para que a sua causa fosse reservada ao juízo do Augusto Imperador. Então ordenei que ficasse preso até que eu pudesse enviá-lo a César.
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Livro de Salmos 103(102),1-2.11-12.19-20

- O Senhor pôs o seu trono lá nos céus.
- O Senhor pôs o seu trono lá nos céus.
- Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e todo o meu ser, seu santo nome! Bendize, ó minha alma, ao Senhor, não te esqueças de nenhum de seus favores!
- O Senhor pôs o seu trono lá nos céus.
- Quanto os céus por sobre a terra se elevam, tanto é grande o seu amor aos que o temem; quanto dista o nascente do poente, tanto afasta para longe nossos crimes.
- O Senhor pôs o seu trono lá nos céus.
- O Senhor pôs o seu trono lá nos céus, e abrange o mundo inteiro seu reinado. Bendizei ao Senhor Deus, seus anjos todos, valorosos que cumpris as suas ordens.
- O Senhor pôs o seu trono lá nos céus.

Evangelho de Jesus Cristo segundo S. João 21,15-19

Aclamação (Jo 14,26)
- Aleluia, aleluia, aleluia.
- Aleluia, aleluia, aleluia.
- O Espírito Santo, o Paráclito,/ haverá de lembrar-vos/ de tudo o que tenho falado.
Evangelho (Jo 21,15-19)
- O Senhor esteja convosco.
- Ele está no meio de nós.
- Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo João.
- Glória a vós, Senhor.
Jesus manifestou-se aos seus discípulos 15e, depois de comerem, perguntou a Simão Pedro: "Simão, filho de João, tu me amas mais do que estes?" Pedro respondeu: "Sim, Senhor, tu sabes que eu te amo". Jesus disse: "Apascenta os meus cordeiros".16E disse de novo a Pedro: "Simão, filho de João, tu me amas?" Pedro disse: "Sim, Senhor, tu sabes que eu te amo". Jesus disse-lhe: "Apascenta as minhas ovelhas". 17Pela terceira vez, perguntou a Pedro: "Simão, filho de João, tu me amas?" Pedro ficou triste, porque Jesus perguntou três vezes se ele o amava. Respondeu: "Senhor, tu sabes tudo; tu sabes que eu te amo". Jesus disse-lhe: "Apascenta as minhas ovelhas. 18Em verdade, em verdade te digo: quando eras jovem, tu te cingias e ias para onde querias. Quando fores velho, estenderás as mãos e outro te cingirá e te levará para onde não queres ir".19Jesus disse isso, significando com que morte Pedro iria glorificar a Deus. E acrescentou: "Segue-me".
- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

Comentários

Primado de amor

O Evangelho de hoje contém duas partes. Na primeira, Jesus confere ao Apóstolo Pedro uma investidura pastoral preeminente. Na segunda, prenuncia-lhe o martírio. Está implícito neste Evangelho a tradição neotestamentária de uma aparição do Senhor ressuscitado a Simão Pedro, e vemos também a afinidade com a passagem do primado, segundo S. Mateus (16, 18 s).
Na tripla pergunta de Cristo: "Simão, amas-me?", e na correspondente resposta do Apóstolo com a sua tripla e humilde: "Sim, Senhor, tu sabes que te amo", há por parte de Jesus uma reabilitação de Pedro na condição de discípulo, depois da sua tripla negação na noite da Paixão. A cada resposta de Pedro, o Divino Mestre acrescenta: Apascenta as minhas ovelhas. Apascentar as ovelhas é confirmar os crentes em Cristo, para que não se afastem da fé, socorrer em suas necessidades, resistir aos contrários e corrigir os súditos descarrilados.
Quando Pedro dá a primeira resposta, Jesus fala em cordeiros, mas na última refere-se a ovelhas, porque aqueles são os que as almas no início da vida espiritual e estas são almas perfeitas. Nosso Senhor não só inspirou as respostas de S. Pedro, mas também sabia que ele O amava mais que os outros apóstolos.
Santo Agostinho pondera que ao dizer-lhe "apascenta minhas ovelhas" era como se lhe insinuasse: seja o exercício do amor o apascentar o rebanho do Senhor, assim como foi indício de cobardia negar o pastor.
É a sua tripla investidura pastoral, que consuma a reabilitação com tal posto de confiança. Encontramos, pois, aqui um testemunho escrito em finais do século I, em que aparece o apreço comunitário sobre a missão e autoridade pastoral de Pedro na Igreja.
Teofilacto afirma que daqui vem o costume da triple confissão que se faz no batismo.
O ministério de Pedro - e do seu sucessor o Papa, Bispo de Roma - é o primado do serviço e da caridade na Igreja de Cristo. Carisma que não se lhe concede para prestígio próprio nem se baseia na sua capacidade pessoal e extraordinária, pois é patente a sua debilidade humana. Tudo é graça, dom e presença invisível de Jesus pela força do seu Espírito.
Alcuíno comenta o fato de Jesus chamar S. Pedro por "Simão, filho de João". João era seu pai pela carne. Mas, no sentido espiritual Simão quer dizer obediente e João graça. E com razão é chamado assim obediente à graça de Deus, para que se demonstre que o maior amor de que Pedro está possuído não é, com efeito, de um mérito humano, mas sim um dom da graça divina.
Jesus examina Pedro sobre o amor, e há que reconhecer que conseguiu uma distinção que, noutra ocasião, merecera uma reprovação. E examina-o sobre o amor porque a sua tarefa como guia das ovelhas do bom pastor, que é Cristo, terá de exercer-se à base do amor ao rebanho, segundo aquelas palavras de Santo Ambrósio: "Cristo deixou-nos Pedro como vigário (aquele que substitui outro) do seu amor".
Já na última ceia Jesus dissera ao apóstolo: "Simão, Simão! Olha que Satanás vos reclamou para vos peneiras como trigo. Mas eu pedi por ti para que a tua fé não desfaleça. E tu, quando te recuperares, confirma os teus irmãos" (Lc. 22,31s). Pedro é, efetivamente, o primeiro entre os irmãos. Mas, a autoridade dentro da comunidade cristã é serviço, a exemplo de Cristo: "O primeiro entre vós deve ser o servidor de todos, e o que manda como o que serve" (Lc. 22,26).
A morte de Pedro que Jesus lhe vaticina em enigma: "Quando fores velho, estenderás as mãos e outro te cingirá e te conduzirá onde não queres", será a prova definitiva da sinceridade da sua tripla profissão de amor a Jesus e da sua fidelidade à missão recebida.
Porém, já antes Pedro teve ocasião de testemunhar o seu amor e a sua fé em Cristo e de salvaguardar a comunhão eclesial ao serviço da missão. Por exemplo, chegado o momento da prova, perante o conselho dos judeus e desafiando a sua ordem, Pedro proclama a morte e a ressurreição de Jesus, porque "é preciso obedecer antes a Deus que aos homens". Igualmente, no Concílio de Jerusalém (49 d. C.) soube manter a abertura missionária da Igreja aos pagãos e conservar a união dentro da comunidade.
O primado de Pedro é serviço à comunhão eclesial, como diz o Concílio Vaticano II: "Cristo enviou os Apóstolos como Ele foi enviado pelo Pai, e quis que os sucessores daqueles, os Bispos, fossem os pastores na sua Igreja até a consumação dos séculos. Mas, para que o mesmo episcopado fosse um só e indiviso, pôs à frente dos outros apóstolos o bem-aventurado Pedro e instituiu na pessoa dele o princípio e fundamento, perpétuo e visível, da unidade de fé e comunhão" (LG. 18).
FONTE: Arautos do Evangelho

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