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sábado, 24 de maio de 2008

LITURGIA DO DIA - 24/05

Santo do dia

VII SEMANA DO TEMPO COMUM

Ofício do dia da semana e Missa à escolha, ou
Santo Agostinho de Cantuária, Bispo, Memória Facultativa
NOSSA SENHORA AUXILIADORA

Carta de S. Tiago 5,13-20

Leitura da Carta de São Tiago:
Caríssimos, 13se alguém dentre vós está sofrendo, recorra à oração. Se alguém está alegre, entoe hinos. 14Se alguém dentre vós estiver doente, mande chamar os presbíteros da Igreja, para que orem sobre ele, ungindo-o com óleo em nome do Senhor. 15A oração feita com fé salvará o doente e o Senhor o levantará. E se tiver cometido pecados, receberá o perdão. 16Confessai, pois, uns aos outros, os vossos pecados e orai uns pelos outros para alcançar a saúde. A oração fervorosa do justo tem grande poder. 17Assim Elias, que era um homem semelhante a nós, orou com insistência para que não chovesse, e não houve chuva na terra durante três anos e seis meses. 18Em seguida tornou a orar, e o céu deu a chuva e a terra voltou a produzir o seu fruto. 19Meus irmãos, se alguém de vós se desviar da verdade e um outro o reconduzir, 20saiba este que aquele que reconduz um pecador desencaminhado salvará da morte a alma dele e cobrirá uma multidão de pecados.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Livro de Salmos 141(140),1-2.3.8

- Minha oração suba a vós como incenso!
- Minha oração suba a vós como incenso!
- Senhor, eu clamo por vós, socorrei-me; quando eu grito, escutai minha voz! Minha oração suba a vós como incenso, e minhas mãos, como oferta da tarde!
- Minha oração suba a vós como incenso!
- Ponde uma guarda em minha boca, Senhor, e vigias às portas dos lábios! A vós, Senhor, se dirigem meus olhos, em vós me abrigo: poupai minha vida!
- Minha oração suba a vós como incenso!

Evangelho de Jesus Cristo segundo S. Marcos 10,13-16

Aclamação (Mt 11,25)
- Aleluia, aleluia, aleluia.
- Aleluia, aleluia, aleluia.
- Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra,/ pois revelaste os mistérios do teu Reino/ aos pequeninos, escondendo-os, aos doutores!

Evangelho (Mc 10,13-16)
- O Senhor esteja convosco.
- Ele está no meio de nós.
- Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Marcos.
- Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, 13traziam crianças para que Jesus as tocasse. Mas os discípulos as repreendiam. 14Vendo isso, Jesus se aborreceu e disse: "Deixai vir a mim as crianças. Não as proibais, porque o Reino de Deus é dos que são como elas. 15Em verdade vos digo: quem não receber o Reino de Deus como uma criança, não entrará nele". 16Ele abraçava as crianças e as abençoava, impondo-lhes as mãos.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

Comentários

Aceitar Jesus como uma criança

Era costume apresentar as crianças aos rabinos para que as abençoassem, imponde-lhes as mãos, como diz S. Mateus (19,13); "para que lhes impusesse as mãos e orasse por elas". Mesmo sentido tem o "para que as tocasse" de S. Marcos.
É interessante notar que o povinho que acompanhava Jesus tinha por Ele uma simpatia e depositava nele uma fé crescente, contrariamente à atitude dos fariseus que O tentavam com perguntas capciosas e malévolas.
Os discípulos perante a dignidade de Cristo, queriam impedir que se lhe oferecessem as crianças para abençoar: "Os discípulos porém repreendiam-nos". Jesus, entretanto, ensina-os a ter cordura e a reprimir o orgulho humano, tomando as crianças lhes oferece o Reino de Deus: "Deixai as crianças virem a mim e não as impeçais; dos que são como elas é o reino de Deus". Mais ainda, continua dizendo: "Em verdade vos digo que aquele que não receber o reino de Deus como uma criança, não entrará nele".
Esta cena, sem precisão de tempo e lugar, é uma das mais belas e ternas do Evangelho. Podemos imaginar o Salvador assediado e rodeado pelas crianças, enquanto as abraça e as abençoa impondo-lhes as Divinas mãos. As crianças são uma faceta da vida de família. Ainda no Evangelho de ontem Jesus tratava do espinhoso tema do divórcio, concluindo entre outros pontos sobre a dignidade da mulher, hoje acentua-se a nobreza das crianças.
Para os chefes religiosos do judaísmo a religião era assunto de adultos, e de homens mais que de mulheres e crianças. Segundo o Redentor, o amor de Deus e o seu Reino de salvação é oferecido a todos: homens, mulheres e crianças. Qual é a única condição indispensável? Receber essa oferta com humildade e simplicidade, receptividade de uma criança que aceita sem cálculos o que se lhe oferece.
Orígenes tem uma explicação original sobre esta passagem do Evangelho:
Se alguém oferece ao Senhor aqueles que o mundo considera insensatos e enfermos, razão porque são chamados menores ou como crianças, não se proíba que se faça isso como se carecessem de juízo ao oferecer-se-lhos ao Salvador. Ao exortar os discípulos, homens maduros, a condescender com o bem das crianças, de modo que se façam também crianças, estimula-os a captar a Sua vontade, já que Ele mesmo, sendo Deus, condescendeu a fazer-se criança.
O coração da criança está limpo de toda a paixão desordenada, e assim convém que nós façamos pela vontade o que eles fazem por natureza - diz S. João Crisóstomo.
Outra característica do ânimo da criança, ressaltado por S. Beda, é o de que ela quando aprende, não contradiz, nem se opõe aos discursos de quem a ensina, senão que recebe a ensinança com fé, obedecendo com temor. Assim nós também devemos receber a palavra de Deus com simplicidade e sem nenhuma contradição. Nas ordens religiosas, esta deve ser a atitude dos súditos em relação ao superior.
Por outro lado, o acolhimento que Jesus dá às crianças não é convite ao infantilismo, nem utópica saudade da primeira idade. Antes mostra o desejo e a disposição consciente do adulto que, como criança diante de Deus, se sabe dependente dele, pobre de espírito e necessitado do seu amor e da sua graça, assim como da ajuda dos irmãos no caminho do seguimento de Cristo.
O que é tornar-se criança diante de Deus?
Reportemo-nos aqui à pergunta de Nicodemos: "Como pode um homem nascer, sendo velho? Porventura poderá entrar no ventre de sua mãe outra vez? Jesus respondeu-lhe: "Em verdade, em verdade te digo: quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no Reino de Deus" (Jo 3, 4-5).
Este Reino é dom Deus, iniciativa e oferta divina. Por isso, deve receber-se como presente. E a melhor disposição para receber de Deus é a da criança, que não tem mais nada que os olhos postos nele. Aqui culmina a chamada "infância espiritual", atitude interior da qual noutro tempo se abusou asceticamente, confundindo-a com a tontice infantil. Nada mais longe da consciência cristã de filiação, que é a atitude madura e responsável perante Deus e os outros.
Na sua conduta com as crianças Jesus torna patente o coração amoroso de Deus. Perante ele, somos sempre crianças, isto é, filhos, tenhamos a idade ou posição social que tivermos. "O começo da conversão e da nova vida é este: que o homem aprenda a chamar a Deus de modo filial e consolador: "Abba" (Pai), porque se sabe seguro nele e amado sem limites".
Viver a experiência filial do amor de Deus como crianças e filhos que se sentem queridos de seu Pai, é abrir-nos já ao Reino e entrar pelas suas portas: "Olhai que amor nos deu o Pai para nos chamar filhos de Deus, pois o somos!... Nisto consiste o amor: não fomos nós que amamos a Deus, mas foi ele quem nos amou primeiro e nos deu o seu Filho" (1 Jo. 3,1, 4, 10). E da vivência cristã surgirá a da fraternidade humana, porque "se Deus nos amou desta maneira, também nós devemos amar-nos uns aos outros" (1 Jo 4, 11).
Não se trata, pois, de sermos crianças e menores de idade, imaturos, egoístas e movidos pelo temor do castigo - isso não é evangélico - mas de "nos tornarmos como crianças" diante de Deus, adotando as atitudes mais nobres das crianças, como são a confiança e a liberdade, a abertura receptiva e a gratidão que devolve amor por amor recebido.

Fonte: Arautos do Evangelho

sexta-feira, 23 de maio de 2008

LITURGIA DO DIA - 23/05

Santo do dia

VII SEMANA DO TEMPO COMUM

Ofício do dia da Semana e
Missa à escolha

Hoje a Igreja celebra :



São João Batista de Rossi

Nasceu em Voltaggio, província de Génova, em 1698, e morreu em 1764. Aos 13 anos foi para Roma, onde se estabeleceu definitivamente. Em 1721, foi ordenado sacerdote. Criou a Pia União de Sacerdotes Seculares, a Casa de São Luiz Gonzaga (para moças carentes), Casa de Santa Galla (para rapazes). São João Baptista de Rossi foi um mestre de espiritualidade. Sua acção apostólica fez-se notar sobretudo junto ao povo simples. A sua gente eram os pobres, os presos, os marginalizados e os desvalidos. Morreu tão pobre que o seu enterro foi custeado pela caridade alheia.

Leitura da Carta de São Tiago:

9Irmãos, não vos queixeis uns dos outros, para que não sejais julgados. Eis que o juiz está às portas. 10Irmãos, tomai por modelo de sofrimento e firmeza os profetas, que falaram em nome do Senhor. 11Reparai que consideramos como bem-aventurados os que perseveram. Ouvistes falar da perseverança de Jó e conheceis o êxito que o Senhor lhe deu - pois o Senhor é rico em misericórdia e compassivo. 12Sobretudo, meus irmãos, não jureis, nem pelo céu, nem pela terra, nem por qualquer outra forma de juramento. Antes, que o vosso sim seja sim, e o vosso não, não. Então não estareis sujeitos a julgamento.
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Livro de Salmos 103(102),1-2.3-4.8-9.11-12

- O Senhor é indulgente, é favorável.
- O Senhor é indulgente, é favorável.- Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e todo o meu ser, seu santo nome! Bendize, ó minha alma, ao Senhor, não te esqueças de nenhum de seus favores!
- O Senhor é indulgente, é favorável.
- Pois ele te perdoa toda a culpa, e cura toda a tua enfermidade; da sepultura ele salva a tua vida e te cerca de carinho e compaixão.
- O Senhor é indulgente, é favorável.
- O Senhor é indulgente, é favorável, é paciente, é bondoso e compassivo. Não fica sempre repetindo as suas queixas, nem guarda eternamente o seu rancor.
- O Senhor é indulgente, é favorável.
- Quanto os céus por sobre a terra se elevam, tanto é grande o seu amor aos que o temem; quanto dista o nascente do poente, tanto afasta para longe nossos crimes.
- O Senhor é indulgente, é favorável.

Evangelho de Jesus Cristo segundo S. Marcos 10,1-12

Aclamação (Jo 17,17ba)
- Aleluia, aleluia, aleluia.
- Aleluia, aleluia, aleluia.
- Vossa palavra é a verdade;/ santificai-nos na verdade!
Evangelho (Mc 10,1-12)
- O Senhor esteja convosco.
- Ele está no meio de nós.
- Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Marcos.
- Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, 1Jesus foi para o território da Judéia, do outro lado do Jordão. As multidões se reuniram de novo, em torno de Jesus. E ele, como de costume, as ensinava. 2Alguns fariseus se aproximaram de Jesus. Para pô-lo à prova, perguntaram se era permitido ao homem divorciar-se de sua mulher. 3Jesus perguntou: "O que Moisés vos ordenou?" 4Os fariseus responderam: "Moisés permitiu escrever uma certidão de divórcio e despedi-la". 5Jesus então disse: "Foi por causa da dureza do vosso coração que Moisés vos escreveu este mandamento. 6No entanto, desde o começo da criação Deus os fez homem e mulher. 7Por isso, o homem deixará seu pai e sua mãe e os dois serão uma só carne. 8Assim, já não são dois, mas uma só carne. 9Portanto, o que Deus uniu, o homem não separe!" 10Em casa, os discípulos fizeram, novamente, perguntas sobre o mesmo assunto. 11Jesus respondeu: "Quem se divorciar de sua mulher e casar com outra, cometerá adultério contra a primeira. 12E se a mulher se divorciar de seu marido e casar com outro, cometerá adultério"
- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

Comentários

"Maridos. amai as vossas esposas como Cristo amou a Igreja: entregou-se por ela" (Ef 5,25)

O homem e a mulher, que, pela aliança conjugal «já não são dois, mas uma só carne» (Mt. 19, 6), prestam-se recíproca ajuda e serviço com a íntima união das suas pessoas e actividades, tomam consciência da própria unidade e cada vez mais a realizam. Esta união íntima, já que é o dom recíproco de duas pessoas, exige, do mesmo modo que o bem dos filhos, a inteira fidelidade dos cônjuges e a indissolubilidade da sua união. Cristo Senhor abençoou copiosamente este amor de múltiplos aspectos, nascido da fonte divina da caridade e constituído à imagem da sua própria união com a Igreja (Ef 5, 32). E assim como outrora Deus veio ao encontro do seu povo com uma aliança de amor e fidelidade, assim agora o Salvador dos homens e esposo da Igreja vem ao encontro dos esposos cristãos com o sacramento do matrimónio. E permanece com eles, para que, assim como Ele amou a Igreja e se entregou por ela (Ef 5, 25), de igual modo os cônjuges, dando-se um ao outro, se amem com perpétua fidelidade. O autêntico amor conjugal é assumido no amor divino, e dirigido e enriquecido pela força redentora de Cristo e pela acção salvadora da Igreja, para que, assim, os esposos caminhem eficazmente para Deus e sejam ajudados e fortalecidos na sua missão sublime de pai e mãe. Por este motivo, os esposos cristãos são fortalecidos e como que consagrados em ordem aos deveres do seu estado por meio de um sacramento especial; cumprindo, graças à força deste, a própria missão conjugal e familiar, penetrados do espírito de Cristo que impregna toda a sua vida de fé, esperança e caridade, avançam sempre mais na própria perfeição e mútua santificação e cooperam assim juntos para a glorificação de Deus.

Concílio Vaticano II
Constituição Dogmática sobre a Igreja no mundo actual "Gaudium et Spes", § 48

Fonte: Arautos do Evangelho

quinta-feira, 22 de maio de 2008

LITURGIA DO DIA - 22/05

Santo do dia

SOLENIDADE DO SANTÍSSIMO CORPO E SANGUE DE CRISTO

Ofício Solene próprio.
Na Hora Média, Antífona própria e salmos graduais.
Missa própria, com Glória, Seqüência (facultativa), Credo, Prefácio da Eucaristia I ou II.

Livro de Deuteronómio 8,2-3.14-16

Livro do Deuteronômio:

Moisés falou ao povo, dizendo: 2Lembra-te de todo o caminho por onde o Senhor teu Deus te conduziu, esses quarenta anos, no deserto, para te humilhar e te pôr à prova, para saber o que tinhas no teu coração, e para ver se observarias ou não seus mandamentos.3Ele te humilhou, fazendo-te passar fome e alimentando-te com o maná que nem tu nem teus pais conhecíeis, para te mostrar que nem só de pão vive o homem mas de toda a palavra que sai da boca do Senhor.14bNão te esqueças do Senhor teu Deus que te fez sair do Egito, da casa da escravidão, 15e que foi teu guia no vasto e terrível deserto, onde havia serpentes abrasadoras, escorpiões, e uma terra árida e sem água nenhuma. Foi ele que fez jorrar água para ti da pedra duríssima, 16ae te alimentou no deserto com maná, que teus pais não conheciam.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Livro de Salmos 147,12-13.14-15.19-20

- Glorifica o Senhor, Jerusalém; celebra teu Deus, ó Sião!
- Glorifica o Senhor, Jerusalém; celebra teu Deus, ó Sião!
- Glorifica o Senhor, Jerusalém!/ Ó Sião, canta louvores ao teu Deus!/ Pois reforçou com segurança as tuas portas,/ e os teus filhos eu teu seio abençoou.
- Glorifica o Senhor, Jerusalém; celebra teu Deus, ó Sião!
- A paz em teus limites garantiu/ e te dá como alimento a flor do trigo./ Ele envia suas ordens para a terra,/ e a palavra que ele diz corre veloz.
- Glorifica o Senhor, Jerusalém; celebra teu Deus, ó Sião!
- Anuncia a Jacó sua palavra,/ seus preceitos e suas leis a Israel./ Nenhum povo recebeu tanto carinho,/ a nenhum outro revelou os seus preceitos.
- Glorifica o Senhor, Jerusalém; celebra teu Deus, ó Sião!

1ª Carta aos Coríntios 10,16-17

Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios:
Irmãos: 16O cálice da bênção, o cálice que abençoamos, não é comunhão com o sangue de Cristo? E o pão que partimos, não é comunhão com o corpo de Cristo? 17Porque há um só pão, nós todos somos um só corpo, pois todos participamos desse único pão.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Evangelho de Jesus Cristo segundo S. João 6,51-58

Aclamação
- Aleluia, aleluia, aleluia./ Aleluia, aleluia, aleluia.
Eu sou o pão vivo descido do céu/ Quem deste pão come,/ sempre há de viver.
- Aleluia, aleluia, aleluia./ Aleluia, aleluia, aleluia.

Anúncio do Evangelho (Jo 6,51-58)
- O Senhor esteja convosco!
- Ele está no meio de nós!
- PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo † segundo João.
- Glória a vós, Senhor!

Naquele tempo, disse Jesus às multidões dos judeus:
51"Eu sou o pão vivo descido do céu. Quem comer deste pão viverá eternamente. E o pão que eu darei é a minha carne dada para a vida do mundo".52Os judeus discutiam entre si, dizendo: "Como é que ele pode dar a sua carne a comer?"53Então Jesus disse: "Em verdade, em verdade vos digo: se não comerdes a carne do Filho do Homem e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós. 54Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia. 55Porque a minha carne é verdadeira comida, e o meu sangue, verdadeira bebida. 56Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele. 57Como o Pai, que vive, me enviou, e eu vivo por causa do Pai, assim aquele que me recebe como alimento viverá por causa de mim.58Este é o pão que desceu do céu. Não é como aquele que os vossos pais comeram. Eles morreram. Aquele que come este pão viverá para sempre".

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

Comentários

"A minha carne é verdadeiro alimento e o meu sangue bebida verdadeira"

A reprodução sacramental na Santa Missa do sacrifício de Cristo coroado pela sua ressurreição implica uma presença muito especial, que - para usar palavras de Paulo VI - «chama-se «real», não a título exclusivo como se as outras presenças não fossem «reais», mas por excelência, porque é substancial, e porque por ela se torna presente Cristo completo, Deus e homem». Reafirma-se assim a doutrina sempre válida do Concílio de Trento: «Pela consagração do pão e do vinho opera-se a conversão de toda a substância do pão na substância do corpo de Cristo nosso Senhor, e de toda a substância do vinho na substância do seu sangue; a esta mudança, a Igreja católica chama, de modo conveniente e apropriado, transubstanciação». Verdadeiramente a Eucaristia é "mysterium fidei", mistério que supera os nossos pensamentos e só pode ser aceite pela fé, como lembram frequentemente as catequeses patrísticas sobre este sacramento divino. «Não hás-de ver - exorta S. Cirilo de Jerusalém - o pão e o vinho [consagrados] simplesmente como elementos naturais, porque o Senhor disse expressamente que são o seu corpo e o seu sangue: a fé to assegura, ainda que os sentidos possam sugerir-te outra coisa»."Adoro te devote, latens Deitas": continuaremos a cantar com S. Tomás, o Doutor Angélico. Diante deste mistério de amor, a razão humana experimenta toda a sua limitação. Compreende-se como, ao longo dos séculos, esta verdade tenha estimulado a teologia a árduos esforços de compreensão.São esforços louváveis, tanto mais úteis e incisivos se capazes de conjugarem o exercício crítico do pensamento com a «vida de fé» da Igreja, individuada especialmente «no carisma da verdade» do Magistério e na «íntima inteligência que experimentam das coisas espirituais» sobretudo os Santos. Permanece o limite apontado por Paulo VI: «Toda a explicação teológica que queira penetrar de algum modo neste mistério, para estar de acordo com a fé católica deve assegurar que na sua realidade objectiva, independentemente do nosso entendimento, o pão e o vinho deixaram de existir depois da consagração, de modo que a partir desse momento são o corpo e o sangue adoráveis do Senhor Jesus que estão realmente presentes diante de nós sob as espécies sacramentais do pão e do vinho».João Paulo IIEncíclica Ecclesia de Eucharistia, 15

Fonte: Arautos do Evangelho

quarta-feira, 21 de maio de 2008

LITURGIA DO DIA - 21/05

Santo do dia

VII SEMANA DO TEMPO COMUM

Ofício do dia da semana e Missa à escolha ou
S. Cristóvão Magalhães, Presb. e Companheiros Mártires (Memória Facultativa)
Ofício e Missa da Memória

Carta de S. Tiago 4,13-17

Leitura da Carta de São Tiago:

Caríssimos, 13e agora, vós que dizeis: "Hoje ou amanhã iremos a tal cidade, passaremos ali um ano, negociando e ganhando dinheiro". 14No entanto, não sabeis nem mesmo o que será da vossa vida amanhã! Com efeito, não passais de uma neblina que se vê por um instante e logo desaparece. 15Em vez de dizer: "Se o Senhor quiser, estaremos vivos e faremos isto ou aquilo", 16vós vos gloriais de vossas fanfarronadas. Ora, toda a arrogância deste tipo é um mal. 17Assim, aquele que sabe fazer o bem e não o faz incorre em pecado.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Livro de Salmos 49(48),2-3.6-7.8-10.11

- Felizes os humildes de espírito porque deles é o Reino dos Céus!

- Felizes os humildes de espírito porque deles é o Reino dos Céus!
- Ouvi isto, povos todos do universo, muita atenção, ó habitantes deste mundo; poderosos e humildes, escutai-me, ricos e pobres, todos juntos, sede atentos!
- Felizes os humildes de espírito porque deles é o Reino dos Céus!

- Por que temer os dias maus e infelizes, quando a malícia dos perversos me circunda? Por que temer os que confiam nas riquezas e se gloriam na abundância de seus bens?
- Felizes os humildes de espírito porque deles é o Reino dos Céus!

- Ninguém se livra de sua morte por dinheiro nem a Deus pode pagar o seu resgate. A isenção da própria morte não tem preço; não há riqueza que a possa adquirir, nem dar ao homem uma vida sem limites e garantir-lhe uma existência imortal.
- Felizes os humildes de espírito porque deles é o Reino dos Céus!

- Morrem os sábios e os ricos igualmente; morrem os loucos e também os insensatos, e deixam tudo o que possuem aos estranhos.
- Felizes os humildes de espírito porque deles é o Reino dos Céus!

Evangelho de Jesus Cristo segundo S. Marcos 9,38-40

Aclamação (Jo 14,6)

- Aleluia, aleluia, aleluia.
- Aleluia, aleluia, aleluia.
- Sou o Caminho, a Verdade e a Vida,/ ninguém vem ao Pai, senão por mim.

Evangelho (Mc 9,38-40)
- O Senhor esteja convosco.
- Ele está no meio de nós.
- Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Marcos.
- Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 38João disse a Jesus: "Mestre, vimos um homem expulsar demônios em teu nome. Mas nós o proibimos, porque ele não nos segue". 39Jesus disse: "Não o proibais, pois ninguém faz milagres em meu nome para depois falar mal de mim. 40Quem não é contra nós é a nosso favor".

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

Comentários

Quem não está cntra, está a nosso favor

Quando acabamos de ler esta perícope do Evangelho, imediatamente nos vem à memória um episódio do livro dos Números (11, 28-29), no qual o jovem Josué corre até Moisés para pedir que não consentisse que Eldad e Medad profetizassem, aqueles dois homens que tinham ficado no acampamento e não se encontravam com os setenta anciãos, quando o espírito pousou.
O grande profeta disse-lhe: "Estás ciumento por minha causa? Oxalá todo o povo de Deus fosse profeta e recebesse o Espírito do Senhor". Nobre desejo cujo cumprimento anunciou o profeta Joel para os tempos messiânicos e o apóstolo Pedro declarou realizado no Pentecostes.Agora, o apóstolo predileto é quem pede a Jesus que proibisse um estranho de exorcizar, porque, segundo João, "não era dos nossos". E o Divino Mestre responde: "Não o impeçais, porque quem faz milagres em meu nome não pode, a seguir, falar mal de mim. Quem não está contra nós, está a nosso favor".Tanto Josué, quanto João demonstraram um zelo exclusivista, na tentativa de monopolizar institucionalmente um carisma, pois, lhes parecia que outras pessoas menos dignas o pudessem usar e desejavam que seguissem Moisés e Jesus, respectivamente. Ora um carisma é um dom divino extraordinário concedido a alguém ou a um grupo de crentes, para o bem geral. O proprietário do dom é Deus e não o homem a quem é concedido. Por isso, as resposta de Jesus e de Moisés revelam uma abertura salutar perante o número fechado e a tolerância diante da intransigência. A Igreja não é um ghetto à parte, um número fechado de pessoas, mas uma comunidade aberta.Segundo o Livro dos Atos dos Apóstolos (19, 13 ss.) e as cartas de S. Paulo, o problema apresentado pelo Evangelho de hoje repetiu-se na comunidade primitiva. Que norma de conduta, pois, seguir com alguns que, sem se contarem entre os discípulos de Jesus, expulsavam demônios em seu nome? Durante a prisão de S. Paulo (Fl 1, 15-19), alguns aproveitavam-se para ocupar seu lugar na pregação. Paulo reage com dignidade e caridade: o que interessa é que Cristo seja anunciado, apesar das más intenções contra o Apóstolo.Santo Agostinho comentando este passo do Evangelho afirma que a obra da Igreja Católica é essa: não reprova os hereges no que tem de comum com ela, mas sim do que a separa dela, ou ainda alguma doutrina que seja contrária à paz e à verdade, na qual estão contra nós.Jesus não só não proíbe que faça milagres em seu nome, mas que promete que terá recompensa os que derem ainda que seja um copo de água em seu nome, porque são de Cristo (Mc. 9, 41).Pio XII, em sua encíclia "Mystici Corporis Christi" onde comenta esta parte do Evangelho:Imitemos a vastidão do amor de Cristo, modelo supremo de amor pela Igreja, sua Esposa; contudo, o amor do divino Esposo é tão vasto, que a ninguém exclui, e na sua Esposa abraça a todo o gênero humano; pois que o Salvador derramou o seu sangue na cruz para conciliar com Deus todos os homens de todas as nações e estirpes, e para os reunir num só corpo. Por conseguinte, o verdadeiro amor da Igreja exige não só que sejamos todos no mesmo corpo membros uns dos outros, cheios de mútua solicitude (cf. Rm 12,5;1Cor 12,25), que se alegrem com os que se alegram e sofram com os que sofrem (cf. lCor 12,26), mas que também nos outros homens ainda não incorporados conosco na Igreja, reconheçamos outros tantos irmãos de Jesus Cristo segundo a carne, chamados como nós para a mesma salvação eterna. É verdade que hoje não faltam - é um grande mal - os que vão exaltando a rivalidade, o ódio, o rancor, como coisas que elevam e nobilitam a dignidade e o valor do homem. Nós, porém, que magoados vemos os funestos frutos de tal doutrina, sigamos o nosso Rei pacífico, que nos ensinou a amar os que não são da mesma nação ou mesma estirpe (cf. Lc 10,33-37) até os próprios inimigos (cf. Lc 6,27-35; Mt 5,44-48). Nós, compenetrados dos suavíssimos sentimentos do Apóstolo das gentes, com ele cantemos o comprimento, a largura, a sublimidade, a profundeza da caridade de Cristo (cf. Ef 3,18), que nem a diversidade de nacionalidade, ou de costumes pode quebrar, nem a vastidão imensa do oceano diminuir, nem as guerras, justas ou injustas, arrefecer.


Fonte: Arautos do Evangeho

terça-feira, 20 de maio de 2008

LITURGIA DO DIA - 20/05

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Santo do dia
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VII SEMANA DO TEMPO COMUM
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Ofício do dia da Semana ou
Hoje a Igreja celebra : São Bernardino de Sena, presbítero, +1444 (Memória Facultativa)
Ofício e Missa da Memória
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São Bernardino de Sena, Confessor
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Franciscano e pregador popular, conseguia conversões prodigiosas de seus ouvintes. Obteve mais de 2000 vocações para a Ordem franciscana. Foi grande propagandista da devoção ao Santo Nome de Jesus e recusou três vezes a dignidade de bispo. Foi canonizado seis anos depois do seu falecimento
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Carta de S. Tiago 4,1-10

Leitura da Carta de São Tiago:
Caríssimos, 1de onde vêm as guerras? De onde vêm as brigas entre vós? Não vêm, justamente, das paixões que estão em conflito dentro de vós? 2Cobiçais, mas não conseguis ter. Matais e cultivais inveja, mas não conseguis êxito. Brigais e fazeis guerra, mas não conseguis possuir. E a razão está em que não pedis.3Pedis, sim, mas não recebeis, porque pedis mal. Pois só quereis esbanjar o pedido nos vossos prazeres. 4Adúlteros, não sabeis que a amizade com o mundo é inimizade com Deus? Assim, todo aquele que pretende ser amigo do mundo toma-se inimigo de Deus.5Ou julgais ser em vão que a Escritura diz: "Com ciúme anela o espírito que nos habita?" 6Mas ele nos dá uma graça maior. Por isso, a Escritura diz: "Deus resiste aos soberbos, mas concede a graça aos humildes". 7Obedecei pois a Deus, mas resisti ao diabo, e ele fugirá de vós. 8Aproximai-vos de Deus, e ele se aproximará de vós. Purificai as mãos, ó pecadores, e santificai os corações, homens dúbios. 9Ficai tristes, vesti o luto e chorai. Transforme-se em luto o vosso riso, e a vossa alegria em desalento. 10Humilhai-vos diante do Senhor, e ele vos exaltará. - Palavra do Senhor. - Graças a Deus.

Livro de Salmos 55(54),7-8.9-10.10-11.23

- Confia teus cuidados ao Senhor, e ele há de ser o teu sustento!
- Confia teus cuidados ao Senhor, e ele há de ser o teu sustento!
- É por isso que eu digo na angústia: "Quem me dera ter asas de pomba e voar para achar um descanso! Fugiria, então, para longe, e me iria esconder no deserto.
- Confia teus cuidados ao Senhor, e ele há de ser o teu sustento!
- Acharia depressa um refúgio contra o vento, a procela, o tufão". Ó Senhor, confundi as más línguas.
- Confia teus cuidados ao Senhor, e ele há de ser o teu sustento!
- Dispersai-as, porque na cidade só se vê violência e discórdia! Dia e noite circundam seus muros. - Confia teus cuidados ao Senhor, e ele há de ser o teu sustento!
- Lança sobre o Senhor teus cuidados, porque ele há de ser teu sustento, e jamais ele irá permitir que o justo para sempre vacile!
- Confia teus cuidados ao Senhor, e ele há de ser o teu sustento!

Evangelho de Jesus Cristo segundo S. Marcos 9,30-37

Aclamação (Gl 6,14)- Aleluia, aleluia, aleluia.- Aleluia, aleluia, aleluia.- Minha glória é a cruz do Senhor, Cristo Jesus,/ pela qual o mundo está crucificado para mim/ e eu para este mundo.Evangelho (Mc 9,30-37) - O Senhor esteja convosco.- Ele está no meio de nós.- Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Marcos.- Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, 30Jesus e seus discípulos atravessaram a Galiléia. Ele não queria que ninguém soubesse disso, 31pois estava ensinando a seus discípulos. E dizia-lhes: "O Filho do Homem vai ser entregue nas mãos dos homens, e eles o matarão, mas, três dias após sua morte, ele ressuscitará".32Os discípulos, porém, não compreendiam estas palavras e tinham medo de perguntar. 33Eles chegaram a Cafarnaum. Estando em casa, Jesus perguntou-lhes: "Que discutíeis pelo caminho?" 34Eles, porém, ficaram calados, pois pelo caminho tinham discutido quem era o maior.35Jesus sentou-se, chamou os doze e lhes disse: "Se alguém quiser ser o primeiro, que seja o último de todos e aquele que serve a todos!" 36Em seguida, pegou uma criança, colocou-a no meio deles, e abraçando-a disse: 37"Quem acolher em meu nome uma dessas crianças, é a mim que estará acolhendo. E quem me acolher, está acolhendo, não a mim, mas aquele que me enviou".
- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

Comentários

Ambição de poder

No Evangelho de hoje, há duas partes distintas, embora perfeitamente correlacionadas. Na primeira, é o segundo dos três anúncios que da sua paixão, morte e ressurreição Jesus faz aos seus discípulos. Entretanto, estes não se dão por achados, embora um certo receio lhes perpassasse as almas, pois "tinham medo de Lhe perguntar".
Na segunda parte, o Senhor aproveita para catequizá-los sobre a virtude da humildade. Quando faz a pergunta "sobre o que discutíeis no caminho" para casa, em Cafarnaum, Jesus bem sabia qual era o tema, pois estando sua alma na visão beatífica e sendo Deus, tudo conhece com perfeição absoluta, desde toda a eternidade. Com a pergunta o Divino Mestre estimula uma resposta, que Lhe proporcionará debelar a cegueira ambiciosa que não permite a visão da paixão, mais uma vez recém anunciada. Enquanto Jesus fala de um messias sofredor, os seus discípulos querem debater o problema da primazia no Reino político que esperavam. Não se faria juízo temerário em supor que talvez a inveja balouçasse aqueles corações inebriados pelo prazer de um dia virem a mandar sobre Israel como zelosos ministros de um grande rei.
Que paciência a de Jesus, tentando instruir os seus apóstolos e com tão desanimador resultado. Jesus, o Bom Pastor, é imune ao desalento e sabe esperar tempos melhores de compreensão pascal sobre sua Pessoa. Que lição para nós! Nunca devemos desesperar mesmo quanto as situações nos parecerem desastrosas e nossos interlocutores com as mentes postas em outras paragens pouco nobilitantes.
A ambição dos discípulos era a cupidez reinante entre os judeus, tanto mais que se encontravam premidos sob a bota romana. Todos os judeus esperavam um messias triunfador político. Além disso, os apóstolos não eram santos. Quando não compreendem, não perguntam por medo, e quando Jesus os interroga, esquivam-se a responder por vergonha da conversa havida no caminho. Demasiado humanos para estar tão perto do convívio de Deus! Porém, Jesus Divino para humanamente compreender com tanto carinho a situação tão precária de seus discípulos.
Eis então a máxima, a instrução fundamental, que hoje orna até o título dos pontífices romanos (servo servorum Dei): "Quem quiser ser o primeiro, que seja o último de todos e o servidor de todos". Jesus afirma rotundamente que os seus seguidores têm de tocar a ambição de poder pela atitude de serviço.
A tentação irresistível de mando e domínio não contamina só os políticos, mas desde o ambiente familiar ao contexto dos grandes areópagos internacionais, passando por qualquer local de trabalho e qualquer espaço social, a questão onipresente é ver quem manda e quase sempre espezinhando. A psicose da liderança redentora cria os "salvadores" do povo e das comunidades: ideólogos, revolucionários, libertadores que se apresentam como curandeiros de todos os males sociais, também do povo de Deus. No fundo, muito se identificam com os bandidos, ladrões e mercenários da parábola do bom pastor, que não vêm servir, mas servir-se, colher e explorar.
Jesus nunca ensinou nem pediu aos seus discípulos nada que Ele não cumprisse primeiro. A respeito do serviço, também não se ficou o Bom Jesus na mera retórica, nas palavras. Embora sabendo que era o Senhor e que o Pai pusera tudo em suas mãos, entende e pratica a sua autoridade como serviço humilde.
Assim, por exemplo, na última ceia Jesus adota o papel de servo e põe-se a lavar os pés aos seus discípulos. O gesto terminou com um convite: "Fazei vós o mesmo". É o Servidor paciente, na Pessoa e na doutrina. Optemos também nós com Cristo pelo serviço aos irmãos sem acepção de pessoas, porque "Deus resiste aos soberbos, mas concede graça aos humildes", como também nos ensina S. Tiago na epístola de hoje.
"Humilhai-vos diante do Senhor, e ele vos exaltará" é o conselho-promessa que finaliza hoje a primeira leitura. Jesus, humilhou-se até à morte e morte de Cruz, mas foi superexaltado, isto é, glorificado por Deus Pai como ninguém. Eis a recompensa demasiadamente grande que nos espera se seguirmos a Jesus. E teremos no verdadeiro Reino (celeste) um lugar precioso, e muito melhor do que os discípulos ansiavam para si aqui na terra.
Proceder como Jesus fará com que as brigas terminem, as más paixões desapareçam, os conflitos e as invejas se extingam e as guerras injustas inexistam. Um mundo novo se inaugurará, em que disputa será ver quem primeiro quer servir o seu semelhante, como fazem as crianças inocentes apontadas por Cristo. As riquezas do Reino de Deus são para os que têm alma pobre, isto é despojadas de orgulho, e coração simples, dispostos a acolher a palavra de Deus, com fome de a cumprir alegre e plenamente.
A primeira crente e discípula fiel do Senhor foi Maria Santíssima e sua frase maravilhosa com que entreabriu o Novo Testamento foi exatamente: "eis aqui a escrava do Senhor", no momento exato em que era convidada para um alto lugar no Reino de Deus. E qual foi o prêmio? Ser a Mãe do Salvador. Essa frase brotou de um Coração verdadeiramente Imaculado que estava a léguas e léguas dos discípulos que acompanhavam Jesus a Cafarnaum. Procuremos imitá-la nessa servidão vinda de uma inimaginável Caridade, desejando que a Palavra de Deus seja o nosso alimento de todos os dias, dizendo: "Faça-se em mim, segundo a Vossa Palavra". E qual o prêmio? A Palavra se fez carne e habitou entre nós! Seja, pois, a Eucaristia nosso alimento, como verdadeiros escravos de Jesus e o nosso prêmio, já nesta terra e depois na eternidade celeste.

Fonte: Arautos do Evangelho

segunda-feira, 19 de maio de 2008

LITURGIA DO DIA - 19/05

Santo do dia

VII SEMANA DO TEMPO COMUM
(III Semana do Saltério)

Ofício do dia da Semana e Missa à escolha
Hoje a Igreja celebra : Santo Ivo, presbítero, +1303, padroeiro dos advogados
Santa Rafaela Maria, virgem, fundadora, +1925

Sto. Ivo

Santo Ivo nasceu em 17 de outubro de 1253 na Bretanha; era filho de Helori, lorde de Kermartin, e Azo du Kenquis. Em 1267 ele foi mandado para a Universidade de Paris, onde se graduou em direito civil. Se mudou para Orléans em 1277 para estudar direito canônico. Em 1280, quando voltou para a Bretanha após receber as primeiras ordens, foi designado como "oficial", ou juiz eclesiástico, da arquidiocese de Rennes.
Estudou as Escrituras e entrou para a Ordem Terceira Franciscana tempos depois em Guigamp. Em breve foi designado "oficial" pelo Bispo de Tréguier e aceitou a oferta em 1284. Demonstrava grande zelo e retidão no cumprimento de seus deveres e não hesitava em resistir às injustas taxações do rei, que condiderava uma invasão aos direitos da Igreja. Por sua caridade ganhou o título de advogado e patrono dos pobres.
Depois de ser ordenado, foi designado para a paróquia de Trendrez em 1285 e oito anos depois para Louanne, onde faleceu em 19 de maio. Foi enterrado Tréguier e canonizado em 1347 pelo Papa Clemente VI. É patrono dos advogados, procuradores, juízes, juristas, notários, órfãos e abandonados.


Carta de S. Tiago 3,13-18

Leitura da Carta de São Tiago:
Caríssimos, 13quem dentre vós é sábio e inteligente? Que ele mostre, por seu reto modo de proceder, a sua prática em sábia mansidão. 14Mas se fomentais, no coração, amargo ciúme e rivalidade, não vos glorieis nem procedais em contradição com a verdade. 15Essa não é a sabedoria que vem do alto. Ao contrário, é terrena, materialista, diabólica! 16Onde há inveja e rivalidade, aí estão as desordens e toda espécie de obras más. 17Por outra parte, a sabedoria que vem do alto é, antes de tudo, pura, depois pacífica, modesta, conciliadora, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade e sem fingimento. 18O fruto da justiça é semeado na paz, para aqueles que promovem a paz.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Livro de Salmos 19,8.9.10.15

- Os ensinos do Senhor são sempre retos, alegria ao coração!
- Os ensinos do Senhor são sempre retos, alegria ao coração!
- A lei do Senhor Deus é perfeita, conforto para a alma! O testemunho do Senhor é fiel, sabedoria dos humildes.
- Os ensinos do Senhor são sempre retos, alegria ao coração!
- Os preceitos do Senhor são precisos, alegria ao coração. O mandamento do Senhor é brilhante, para os olhos é uma luz.
- Os ensinos do Senhor são sempre retos, alegria ao coração!
- E puro o temor do Senhor, imutável para sempre. Os julgamentos do Senhor são corretos e justos igualmente.
- Os ensinos do Senhor são sempre retos, alegria ao coração!
- Que vos agrade o cantar dos meus lábios e a voz da minha alma; que ela chegue até vós, ó Senhor, meu Rochedo e Redentor!
- Os ensinos do Senhor são sempre retos, alegria ao coração!

Evangelho de Jesus Cristo segundo S. Marcos 9,14-29

Aclamação (2Tm 1,10)
- Aleluia, aleluia, aleluia.
- Aleluia, aleluia, aleluia.
- Jesus Cristo Salvador destruiu o mal e a morte;/ fez brilhar pelo Evangelho a luz e a vida imperecíveis.
- Aleluia, aleluia, aleluia.

Evangelho (Mc 9,14-29)
- O Senhor esteja convosco.
- Ele está no meio de nós.
- Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Marcos.
- Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 14descendo Jesus do monte com Pedro, Tiago e João e chegando perto dos outros discípulos, viram que estavam rodeados por uma grande multidão. Alguns mestres da Lei estavam discutindo com eles.15Logo que a multidão viu Jesus, ficou surpresa e correu para saudá-lo. 16Jesus perguntou aos discípulos: "Que discutis com eles?" 17Alguém na multidão respondeu: "Mestre, eu trouxe a ti meu filho que tem um espírito mudo. 18Cada vez que o espírito o ataca, joga-o no chão e ele começa a espumar, range os dentes e fica completamente rijo. Eu pedi aos teus discípulos para expulsarem o espírito, mas eles não conseguiram".19Jesus disse: Ó geração incrédula! Até quando estarei convosco? Até quando terei de suportar-vos? Trazei aqui o menino". 20E levaram-no o menino. Quando o espírito viu Jesus, sacudiu violentamente o menino, que caiu no chão e começou a rolar e a espumar pela boca.21Jesus perguntou ao pai: "Desde quando ele está assim?" O pai respondeu: "Desde criança. 22E muitas vezes, o espírito já o lançou no fogo e na água para matá-lo. Se podes fazer alguma coisa, tem piedade de nós e ajuda-nos".23Jesus disse: "Se podes!... Tudo é possível para quem tem fé". 24O pai do menino disse em alta voz: "Eu tenho fé, mas ajuda a minha falta de fé". 25Jesus viu que a multidão acorria para junto dele. Então ordenou ao espírito impuro: "Espírito mudo e surdo, eu te ordeno que saias do menino e nunca mais entres nele". 26O espírito sacudiu o menino com violência, deu um grito e saiu. O menino ficou como morto, e por isso todos diziam: "Ele morreu!" 27Mas Jesus pegou a mão do menino, levantou-o e o menino ficou de pé.28Depois que Jesus entrou em casa, os discípulos lhe perguntaram a sós: "Por que nós não conseguimos expulsar o espírito?" 29Jesus respondeu: "Essa espécie de demônios não pode ser expulsa de nenhum modo, a não ser pela oração".

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

Comentários

Tenho fé, mas duvido; ajudai-me!

Jesus, acompanhado dos três Apóstolos que acabaram de assistir à Transfiguração, vem descendo do monte Tabor rumo à planície, quando vê a cena descrita no Evangelho de hoje. Aproveitando a ausência do Divino Mestre, os escribas e fariseus discutiam com os discípulos, para atrair a multidão para o caso de um epiléptico que não fora curado, apesar de diversas tentativas destes.
Note-se a maneira de acolher a Jesus: a multidão acorreu a saudá-lo, enquanto os escribas não mostram a menor devoção para com Ele. Jesus devia estar radiante de beleza, pois acabava de se transfigurar-se, o que deveria ter sido motivo da multidão ir pressurosa acolhê-lo.
Apesar da acentuada incredulidade que pairava no ambiente, Jesus mostra-se irado não contra os circunstantes, mas contra o vício, e disse: "Oh! Geração incrédula, até quando estarei entre vós? Até quando terei de suportar-vos? Trazei-o para mim!"
O relato de S. Marcos é de grande realismo e pormenor.
A cura da criança epiléptica e surda-muda aparece hoje como uma manifestação pública do poder de Jesus sobre a doença e o demônio; um suave convite à oração e um sinal a mais da sua ressurreição. Por que ressurreição? Porque no segundo espasmo, "a criança ficou como um cadáver, de modo quem muitos diziam que estava morta. Mas, Jesus, tomando-a pela mão, levantou-a, e a criança pôs-se em pé". Ambos os verbos, "levantou" e "pôs-se em pé" são precisamente os que se emprega em grego do Novo Testamento para designar a ressurreição de Jesus.
S. Marcos relaciona a fé suplicante do pai da criança com a falta de fé e oração dos discípulos, que não puderam curar o doente. Fé e oração aparecem aqui em estreita união. O pai da criança acredita no poder de Jesus, mas reconhece a sua debilidade, por isso roga ao Senhor: "Tenho fé, mas duvido; ajuda-me".
E à falta de fé e oração dos seus discípulos atribui Jesus o seu fracasso. Quando eles lhe perguntam a sós: Por que não pudemos nós expulsar o demônio? Ele responde-lhes: "Esta espécie só pode sair com oração e jejum". Em S. Mateus a explicação de Jesus é Mais acusadora: "Pela vossa pouca fé" (17,19). De fato, fé e oração andam unidas e mutuamente se presumem e influenciam na vida cristã.
Já as ameaças e as palavras de Jesus "eu te ordeno" manifestam o poder divino. Quando diz "sai dele, e nunca mais tornes a entrar!" revelava que o espírito imundo estava pronto a entrar na criança, porque a fé do homem não era ainda perfeita, e o mandato do Senhor o impedia.
"Jesus, porém, tomando-o pela mão, o levantou, e ele ficou de pé". Deste modo, demonstrou ser verdadeiro Deus pelo seu poder para salvar, e também sua natureza humana pela maneira como tocou, com a mão. Com este ato, o Salvador condenou inúmeras heresias antes de aparecerem nos séculos posteriores, que diziam que Jesus não assumira verdadeiramente a carne dos homens.
A oração cristã é fé madura em diálogo com Deus. Sem a fé, a oração perderia o seu sentido ao carecer de uma referência a um tu interlocutor. Deixaria de ser diálogo com Deus para se converter em monólogo estéril. A oração é o diálogo real de uma fé em exercício, porque orar é fazer a experiência gratuita, e não utilitária, de Deus. Por isso, o modelo supremo de toda a oração cristã é o próprio Jesus, o primeiro adorador do Pai em espírito e em verdade, um modelo inalcançável para nós no nível Pessoal do seu diálogo com Deus, mas que orienta a nossa aproximação ao todo Poderoso.
Necessitamos hoje de acreditar firmemente. Por isso, temos de pedir a Deus uma fé cada vez maior, pois a fé é dom Seu. Como o pai da criança epiléptica, repitamos freqüentemente a jaculatória: "Senhor, eu creio; mas ajudai minha pouco fé!"

Fonte: Arautos do Evangelho

domingo, 18 de maio de 2008

LITURGIA DO DIA - 18/05

Santo do dia

DOMINGO DA SANTÍSSIMA TRINDADE. SOLENIDADE
Ano A
III Semana do Saltério
Ofício solene próprio.
Missa própria: Glória, Credo, Prefácio Próprio

Livro de Êxodo 34,4-6.8-9

Leitura do Livro do Êxodo:
Naqueles dias, 4bMoisés levantou-se, quando ainda era noite, e subiu ao monte Sinai, como o Senhor lhe havia mandado, levando consigo as duas tábuas de pedra.5O Senhor desceu na nuvem e permaneceu com Moisés, e este invocou o nome do Senhor. 6Enquanto o Senhor passava diante dele, Moisés gritou: "Senhor, Senhor! Deus misericordioso e clemente, paciente, rico em bondade e fiel".8Imediatamente, Moisés curvou-se até o chão 9e, prostrado por terra, disse: "Senhor, se é verdade que gozo de teu favor, peço-te, caminha conosco; embora este seja um povo de cabeça dura, perdoa nossas culpas e nossos pecados e acolhe-nos como propriedade tua".

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Dan. 3,52.53.54.55.56

Segunda Carta de São Paulo aos Coríntios:11Irmãos: Alegrai-vos, trabalhai no vosso aperfeiçoamento, encorajai-vos, cultivai a concórdia, vivei em paz, e o Deus do amor e da paz estará convosco. 12Saudai-vos uns aos outros com o beijo santo. Todos os santos vos saúdam. 13A graça do Senhor Jesus Cristo, o amor de Deus e a comunhão do Espírito Santo estejam com todos vós.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

2ª Carta aos Coríntios 13,11-13

- A vós louvor, honra e glória eternamente!
- A vós louvor, honra e glória eternamente!
- Sede bendito, Senhor Deus de nossos pais.
- A vós louvor, honra e glória eternamente!
- Sede bendito, nome santo e glorioso.
- A vós louvor, honra e glória eternamente!
- No templo santo onde refulge a vossa glória.
- A vós louvor, honra e glória eternamente!
- E em vosso trono de poder vitorioso.
- A vós louvor, honra e glória eternamente!
- Sede bendito, que sondais as profundezas
- A vós louvor, honra e glória eternamente!
- E superior aos querubins vos assentais.
- A vós louvor, honra e glória eternamente!
- Sede bendito no celeste firmamento.
- A vós louvor, honra e glória eternamente!

Evangelho de Jesus Cristo segundo S. João 3,16-18

Aclamação


- Aleluia, aleluia! aleluia, aleluia!
- Aleluia, aleluia! aleluia, aleluia!
- Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Divino/ Ao Deus que é, que era e que vem, pelos séculos. Amém.
- Aleluia, aleluia! aleluia, aleluia!

Anúncio do Evangelho (Jo 3,16-18)
- O Senhor esteja convosco!
- Ele está no meio de nós!
- PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo † segundo João.
- Glória a vós, Senhor!

16Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho unigênito, para que não morra todo o que nele crer, mas tenha a vida eterna. 17De fato, Deus não enviou o seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por ele.18Quem nele crê, não é condenado,

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

Fonte: Arautos do Evangelho