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sábado, 6 de setembro de 2008

LITURGIA DO DIA - 06/09

Santo do dia

XXII SEMANA DO TEMPO COMUM
Ofício do dia de semana e Missa à escolha ou(Branco) Nossa Senhora do Sábado, Memória Facultativa.Ofício e Missa da memória de Nossa Senhora.
Hoje a Igreja celebra : Santo Eleutério, abade, séc. VIS. Zacarias, profeta, séc. VI (a.C.)
Santo Eugénio, papa, mártir, +657

1ª Carta aos Coríntios 4,9-15

Leitura da Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios:
6bIrmãos, apliquei essa doutrina a mim e a Apolo, por causa de vós, para que o nosso exemplo vos ensine a não vos inchar de orgulho, tomando o partido de um contra o outro, e a "não ir além daquilo que está escrito". 7Com efeito, quem é que te faz melhor que os outros? Que tens que não tenhas recebido? Mas, se recebeste tudo o que tens, por que, então, te glorias, como se não o tivesses recebido? 8Vós já estais saciados? Já vos enriquecestes? Sem nós, já começastes a reinar! Oxalá estivéssemos mesmo reinando, para nós também reinarmos convosco! 9Na verdade, parece-me que Deus nos apresentou, a nós apóstolos, em último lugar, como pessoas condenadas à morte. Tornamo-nos um espetáculo para o mundo, para os anjos e os homens. 10Nós somos os tolos por causa de Cristo, vós, porém, os sábios nas coisas de Cristo. Nós somos os fracos; vós, os fortes. Vós sois tratados com toda a estima e atenção, e nós, com todo o desprezo. 11Até a presente hora, padecemos fome, sede e nudez; somos esbofeteados e vivemos errantes; 12fadigamo-nos, trabalhando com as nossas mãos; somos injuriados, e abençoamos; somos perseguidos, e suportamos; 13somos caluniados, e exortamos. Tornamo-nos como que o lixo do mundo, a escória do universo, até o presente.14Escrevo-vos tudo isto, não com a intenção de vos envergonhar, mas para vos admoestar como meus filhos queridos. 15De fato, mesmo que tivésseis dez mil educadores na vida em Cristo, não tendes muitos pais. Pois fui eu que, pelo anúncio do Evangelho, vos gerei em Jesus Cristo.
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Livro de Salmos 145(144),17-18.19-20.21

- O Senhor está perto de quem o invoca!
- O Senhor está perto de quem o invoca!
- É justo o Senhor em seus caminhos, é santo em toda obra que ele faz. Ele está perto da pessoa que o invoca, de todo aquele que o invoca lealmente.
- O Senhor está perto de quem o invoca!
- O Senhor cumpre os desejos dos que o temem, ele escuta os seus clamores e os salva. O Senhor guarda todo aquele que o ama, mas dispersa e extermina os que são ímpios.
- O Senhor está perto de quem o invoca!
- Que a minha boca cante a glória do Senhor e que bendiga todo ser seu nome santo desde agora, para sempre e pelos séculos.
- O Senhor está perto de quem o invoca!

Evangelho de Jesus Cristo segundo S. Lucas 6,1-5

Aclamação (Jo 14,6)
- Aleluia, aleluia, aleluia.
- Aleluia, aleluia, aleluia.
- Sou o Caminho, a Verdade e a Vida:/ ninguém vem ao Pai, senão por mim.
- Aleluia, aleluia, aleluia.

Evangelho (Lc 6,1-5)
- O Senhor esteja convosco.
- Ele está no meio de nós.
- Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Lucas.
- Glória a vós, Senhor.
1Num sábado, Jesus estava passando através de plantações de trigo. Seus discípulos arrancavam e comiam as espigas, debulhando-as com as mãos. 2Então alguns fariseus disseram: "Por que fazeis o que não é permitido em dia de sábado?"3Jesus respondeu-lhes: "Acaso vós não lestes o que Davi e seus companheiros fizeram, quando estavam sentindo fome? 4Davi entrou na casa de Deus, pegou dos pães oferecidos a Deus e os comeu, e ainda por cima os deu a seus companheiros. No entanto, só os sacerdotes podem comer desses pães". 5E Jesus acrescentou: "O Filho do Homem é senhor também do sábado".
- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

Comentários

«O Filho do Homem é senhor do sábado»

1. Sábado judeu. Lucas apresenta a redação mais curta dos três sinópticos a respeito do episódio evangélico de hoje, que reflete uma polêmica de Jesus com os fariseus sobre a observância do descanso sabático. Lucas escreve para cristãos convertidos do paganismo grego-romano. Nestes, tinham menos eco as questões estritamente judaicas, como a instituição sabática.
"Certo sábado atravessava Jesus um terreno semeado. Os seus discípulos arrancavam espigas e, debulhando-as com as mãos, comiam o grão". No lugar paralelo, Mateus indica a causa: "Porque tinham fome" (12, 1). Agindo assim, não infringiam nenhuma prescrição da lei mosaica, que permitia colher uvas ou espigas ao passar pelo campo de um vizinho, mas sim um das 39 proibições que a tradição rabínica aplicava ao descanso sabático. Daí que os fariseus lhes perguntem escandalizados: " Por que fazeis ao sábado o que não é permitido?".
Jesus, que ouviu, esclarece, recordando aos acusadores o exemplo de David e dos seus companheiros, que, também famintos e fugindo de Saúl, comeram os pães apresentados ao templo, os pães da proposição. Isto só os sacerdotes podiam fazer.
A este argumento histórico, que tem aplicação para qualquer lei, acrescenta Jesus a sua própria autoridade, vinculada à conduta dos seus discípulos: "O Filho do homem - título messiânico de Cristo - é o senhor do sábado". Aquele que veio aperfeiçoar a lei mosaica pode corrigir as precisões dos comentaristas da mesma lei e as tradições rabínicas sobre o descanso sabático, tal como fizera a respeito do jejum, como vimos no Evangelho de ontem.
Na sua origem, a lei do sábado foi uma lei humanitária e social, para todo o povo judeu, amos e assalariados, escravos e livres, celebrarem a libertação dos trabalhos da escravidão do Egito e o descanso do Criador ao sétimo dia. Mas os intérpretes da lei tinham-na convertido numa lei de tirania para o homem, que estava praticamente ao serviço da lei do sábado. Algo inadmissível, segundo Jesus, que na passagem paralela de Marcos afirma peremptoriamente: "O sábado foi feito para o homem, e não o homem para o sábado" (2,27). Sem dúvida, isto soou aos puritanos como uma blasfêmia, uma razão a mais para condenação capital que pronunciarão contra Jesus.
2. O domingo cristão. A passagem do sábado judeu para o domingo cristão não se fez de repente. Os primeiros cristãos, embora se reunissem para a "fração do pão", no princípio observavam o sábado. Pouco a pouco, foi-se relativizando a sua obrigação até ser substituído definitivamente pelo primeiro dia da semana, o domingo, em que o Senhor ressuscitou. Nesse dia reuniam-se para celebrar a sua ceia e a sua ressurreição. Assim o faz constar S. Justino mártir na sua Apologia (ano 150).
O domingo cristão não é, pois, uma mera transposição do sábado judeu. Mas, o perigo que nos ronda a nós cristãos, como aos fariseus do tempo de Jesus, é o legalismo que vê na santificação do dia do Senhor somente uma obrigação, e não uma necessidade vital de expressar e partilhar a fé em comunidade mediante o culto e o louvor a Deus. Porque também para o cristão o domingo ou fim-de-semana é um memorial da libertação definitiva, graças à ressurreição de Jesus Cristo nesse dia como vencedor do pecado e da morte.
A celebração cristã de fim-de-semana supõe uma libertação e uma oportunidade. Libertados da servidão do trabalho, podemos realizar-nos humana e cristãmente, convivendo com aqueles que amamos ou que necessitam de nós, fomentando a cultura e o ócio reparador e criativo e, sobretudo, dedicando parte do nosso tempo ao culto ao verdadeiro Deus. Infelizmente, muitos entendem o descanso dominical como um cheque em branco para o consumismo, o vício e a orgia. Mas, o homem não feito para o fim-de-semana, mas o fim-de-semana para o homem amar a Deus e aos seus irmãos.
Ser católico não se reduz a ser "uma pessoa que vai à missa aos domingos", e não dá atenção ao resto dos valores da vida. A fé cristã não sacraliza parcelas estanques e redutos de tempo, ante é feita para todo o tempo e lugar. Por isso, o sentido cristão do domingo não se esgota na celebração eucarística. Com centro nesta e conseqüência natural do culto a Deus, ele se desdobra na atenção à família, à comunidade cristã de que faz parte, à oração, à caridade e atenção aos doentes, pobres e abandonados, além de todo o resto da vida semanal com as suas canseiras.

* * *
Todos os dias da criação são grandes e admiráveis, mas nenhum pode comparar-se ao sétimo; nesse dia, não é a criação de um ou outro elemento natural que se propõe à nossa contemplação, é o repouso do próprio Deus e a perfeição de todas as criaturas. Lemos, com efeito: "Concluída, no sétimo dia, toda a obra que havia feito, Deus repousou, no sétimo dia, do trabalho por Ele realizado" (Gn 2, 2). Grande é este dia, insondável este repouso, magnífico este sabat! Ah, se pudesses compreender! Este dia não foi determinado pelo curso do sol visível, não começa quando este nasce, não termina quando este se põe; não tem manhã e tarde (cf. Gn 1, 5). [...]
Escutemos Aquele que nos convida ao repouso: "Vinde a Mim todos os que estais cansados e oprimidos, e aliviar-vos-ei" (Mt 11, 28): é a preparação para o sabat. E, sobre o sabat propriamente dito, diz-nos: "Tomai sobre vós o Meu jugo e aprendei de Mim que sou manso e humilde de coração, e achareis alívio para as vossas almas" (29). Eis o repouso e a tranqüilidade, eis o verdadeiro sabat.
Porque este jugo não pesa, este jugo une; este fardo não tem peso, tem asas. Este jugo é a caridade; este fardo é o amor fraterno. Nele encontramos repouso, nele celebramos o sabat; nele somos libertados da escravidão. [...] E mesmo que a nossa enfermidade nos leve a cometer algum pecado, nem por isso o sabat será interrompido, porque "a caridade cobre a multidão dos pecados" (1Ped 4, 8
Fonte: Site dos Arautos do Evangelho

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

LITURGIA DO DIA - 05/09

Santo do dia

XXII SEMANA DO TEMPO COMUM
Ofício do dia de semana e Missa à escolha.1ª Sexta-feira do mês: Desagravo ao Sagrado Coração de Jesus
Hoje a Igreja celebra : Beata Teresa de Calcutá, religiosa, +1997
S. Lourenço Justiniano, bispo, +1455
São Vitorino, bispo, mártir

1ª Carta aos Coríntios 4,1-5

Leitura da Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios:
Irmãos, 1que todo o mundo nos considere como servidores de Cristo e administradores dos mistérios de Deus. 2A este respeito, o que se exige dos administradores é que sejam fiéis. 3Quanto a mim, pouco me importa ser julgado por vós ou por algum tribunal humano. Nem eu me julgo a mim mesmo. 4É verdade que a minha consciência não me acusa de nada. Mas não é por isso que eu posso ser considerado justo. 5Quem me julga é o Senhor. Portanto, não queirais julgar antes do tempo. Aguardai que o Senhor venha. Ele iluminará o que estiver escondido nas trevas e manifestará os projetos dos corações. Então, cada um receberá de Deus o louvor que tiver merecido.
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Livro de Salmos 37(36),3-4.5-6.27-28.39-40

- A salvação de quem é justo vem de Deus.
- A salvação de quem é justo vem de Deus.
- Confia no Senhor e faze o bem, e sobre a terra habitarás em segurança. Coloca no Senhor tua alegria, e ele dará o que pedir teu coração.
- A salvação de quem é justo vem de Deus.
- Deixe aos cuidados do Senhor o teu destino; confia nele, e com certeza ele agirá. Fará brilhar tua inocência como a luz, o teu direito, como o sol do meio-dia.
- A salvação de quem é justo vem de Deus.
- A salvação de quem é justo vem de Deus.
- Afaste-se do mal e faze o bem, e terás tua morada para sempre. Porque o Senhor Deus ama a justiça, e jamais ele abandona os seus amigos.
- A salvação de quem é justo vem de Deus.
- A salvação dos piedosos vem de Deus; ele os protege nos momentos de aflição. O Senhor lhes dá ajuda e os liberta, defende-os e protege-os contra os ímpios, e os guarda porque nele confiaram.
- A salvação de quem é justo vem de Deus.

Evangelho de Jesus Cristo segundo S. Lucas 5,33-39

Aclamação (Jo 8,12)
- Aleluia, aleluia, aleluia.
- Aleluia, aleluia, aleluia.
- Eu sou a luz do mundo; aquele que me segue não caminha entre as trevas, mas terá a luz da vida.
- Aleluia, aleluia, aleluia.

Evangelho (Lc 5,33-39)
- O Senhor esteja convosco.
- Ele está no meio de nós.
- Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Lucas.
- Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, 33os fariseus e os mestres da Lei disseram a Jesus: "Os discípulos de João, e também os discípulos dos fariseus, jejuam com freqüência e fazem orações. Mas os teus discípulos comem e bebem". 34Jesus, porém, lhes disse: "Os convidados de um casamento podem fazer jejum enquanto o noivo está com eles? 35Dias virão em que o noivo será tirado do meio deles. Então, naqueles dias, eles jejuarão". 36Jesus contou-lhes ainda uma parábola: "Ninguém tira retalho de roupa nova para fazer remendo em roupa velha; senão vai rasgar a roupa nova, e o retalho novo não combinará com a roupa velha. 37Ninguém põe vinho novo em odres velhos; porque, senão, o vinho novo arrebenta os odres velhos e se derrama; e os odres se perdem. 38Vinho novo deve ser posto em odres novos. 39E ninguém, depois de beber vinho velho, deseja vinho novo; porque diz: o velho é melhor".
- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

Comentários

Para vinho novo, odres novos!

Jesus, a Sabedoria eterna e encarnada, em poucas palavras acoimou os fariseus e seus sofismas, bem como alguns discípulos de S. João, pois que S. Mateus (9,14) narra assim: "Depois, foram ter com Ele os discípulos de João, dizendo: "Porque é que nós e os fariseus jejuamos e os teus discípulos não jejuam?". É o velho dilema que se põe frontalmente desde aqueles tempos até hoje: "a lei e as estruturas, ou a vida e o espírito?"
No texto de hoje, Jesus afirma categoricamente que a novidade radical do Evangelho deve ter primazia sobre os velhos costumes e instituições mosaicas. Entrevê-se aqui um ponto de contenda entre a jovem Igreja e a velha Sinagoga (cf. Mc. 2, 18 ss; Mt. 9, 14 ss).
Para vinho novo, odres novos. Assim Jesus resolve a questão polêmica que os fariseus e escribas lhe apresentam: os discípulos de João e os fariseus jejuam amiúde, porém, os teus nunca jejuam.
Com duas imagens a ilustrar e justificar a resposta, Jesus diz que ninguém remenda um manto velho com pano novo, porque se deforma e se esgarça; nem se enchem de vinho novo odres velhos, porque se rebentam, já que a fermentação natural produz vapor e fervura, agitação e expele de si a impureza material. Com estas comparações Jesus diz que a vida nova que o Evangelho do Reino de Deus traz não é compatível com as velhas instituições, representadas aqui no jejum descabido.
Diz Santo Agostinho que o jejum se faz de dois modos: um, na tribulação, para obter de Deus o perdão dos pecados por meio da mortificação; e outro por meio do gozo, porque nos comprazem tanto menos as coisas da terra, quanto maior é o gosto que descobrimos nas coisas espirituais.
O Divino Mestre não pôs de lado nem o primeiro, mas acentuou vantajosamente o segundo jejum. Há tempo para um e para outro. No segundo, faz referência à imagem do esponsal, que aparece nos livros de diversos profetas, a partir de Oséias, em que as núpcias dos esposos simbolizavam as relações de Deus com o seu povo. Nas entrelinhas Jesus deixava transparecer que Ele era o Esposo esperado para as novas núpcias com o seu povo, com a fundação da Igreja. Ora, ninguém faz jejum em casamento. Pelas suas parábolas, milagres, curas e exorcismos, e sobretudo perdão dos pecados, Jesus remetia para o gozo das coisas espirituais, fazendo esquecer os ditames rígidos dos fariseus e escribas da lei aduzidos ao Talmude judaico.
Porém, quando O condenassem à morte "virão dias em que o Esposo lhes será tirado; então, nesses dias, hão-de jejuar". Este seria o primeiro jejum, o da tristeza pela Sua morte, perfeitamente cabível então, por causa de nossos pecados que provocaram a ausência de Jesus.
A passagem do Evangelho de hoje deve entender-se, pois, a partir da novidade que traz consigo a presença do Reino de Deus na Pessoa de Cristo, mensagens e milagres. Ele não estabelece o cristianismo como uma religião cujo eixo central seja a prática hirta do culto à velha maneira, mas como um novo estilo de relação com Deus e com os irmãos, baseada na fé no amor. A religião, naturalmente, inclui a prática como expressão da fé pessoal e comunitária, mas não como um fim em si e como o mais importante, pois a fé e o amor têm primazia sobre o culto.
Em outra passagem evangélica, a propósito das purificações habituais, entre os judeus "observantes", ao ser recriminado pelos fariseus: "Por que é que os teus discípulos comem com as mãos impuras e não seguem a tradição dos antigos?", Jesus respondeu remetendo-se, em primeiro lugar ao profeta Isaías: "Este povo honra-me com os lábios, mas o seu coração está longe de mim. O culto que me prestam é vão". E acrescentou: "Pondes de lado o mandamento de Deus para vos apegardes à tradição dos homens (Mc. R, 1ss).
De que maneira nos revestimos do tecido novo e bebemos o vinho novo? Robustecemos-nos interiormente com o vinho e nos cobrimos exteriormente com o vestido. O vestido são as boas obras que praticamos exteriormente, com as quais somos exemplos para os nossos irmãos. O vinho é o fervor da fé, da esperança e da caridade. O novo pano e o novo vinho são também os preceitos evangélicos.
São Paulo também nos fala do "vestido velho", quando diz: "deveis, no que toca à conduta de outrora, despir-vos do homem velho, corrompido por desejos enganadores" (Ef. 4, 22). No mesmo sentido nos aconselha a que não misturemos as ações do homem antigo com as do homem novo, mas a revestirmo-nos do Senhor Jesus Cristo (Rm 13,14); revestirmo-nos de Cristo (Gl 3,27); revestirmo-nos de incorruptibilidade, de imortalidade (1 Cor 15,53-54).
O Evangelho de hoje põe-nos diante de sérias interrogações: quantas e quantas vezes me cego voluntariamente com um otimismo estúpido, porque não tenho coragem de enfrentar a renúncia àquele velho prazer? Não é verdade que devo vencer aquele hábito que favorece minhas mais entranhadas paixões? Não é verdade que devo abandonar aquele ambiente, aquela amizade que minam e abalam toda a minha vida espiritual?
Peçamos a Jesus que nos ajude a deitar fora o vinho velho da preguiça, a despir-nos da má e condescendência para com nossos maus hábitos velhos e a abeirar-nos do confessionário, renovar a alma e alimentar-nos do vinho novo e do pão dos anjos, na Sagrada Eucaristia.

Fonte: Site dos Arautos do Evangelho

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

LITURGIA DO DIA - 04/09

Santo do dia

XXII SEMANA DO TEMPO COMUM
Ofício do dia de semana e Missa à escolha.
Hoje a Igreja celebra:
Nossa Senhora Consoladora ( ou Consolata dos Aflitos)
Santa Rosa de Viterbo, virgem, +1252

Rosa de Viterbo nasceu em Viterbo (Itália), cerce de 1233 e morreu provavelmente em 1252. Terciária franciscana desde 1250, empenhou-se na luta contra os cátaros protegidos pelo imperador Frederico II e, por isso, foi exilada de Viterbo, para onde só pôde retornar após a morte do imperador. Às duas festas da santa, a litúrgica (6 de março) e a popular (4 de setembro), estão ligadas manifestações folclóricas ena sua cidade natal, dentre as quais a dos 62 cavaleiros de Santa Rosa.

1ª Carta aos Coríntios 3,18-23

Leitura da Primeira Carta de São Paulo ao Coríntios:

Irmãos, 18ninguém se iluda: Se algum de vós pensa que é sábio nas coisas deste mundo, reconheça sua insensatez, para se tornar sábio de verdade; 19pois a sabedoria deste mundo é insensatez diante de Deus. Com efeito, está escrito: "Ele apanha os sábios em sua própria astúcia", 20e ainda: "O Senhor conhece os pensamentos dos sábios; sabe que são vãos". 21Portanto, que ninguém ponha a sua glória em homem algum. Com efeito, tudo vos pertence: 22Paulo, Apolo, Cefas, o mundo, a vida, a morte, o presente, o futuro, tudo é vosso, 23mas vós sois de Cristo, e Cristo é de Deus.


- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Livro de Salmos 24(23),1-2.3-4.5-6

- Ao Senhor pertence a terra e o que ela encerra.
- Ao Senhor pertence a terra e o que ela encerra.
- Ao Senhor pertence a terra e o que ela encerra, o mundo inteiro com os seres que o povoam; porque ele a tornou firme sobre os mares, e sobre as águas a mantém inabalável.
- Ao Senhor pertence a terra e o que ela encerra.
- "Quem subirá até o monte do Senhor, quem ficará em sua santa habitação?" "Quem tem mãos puras e inocente coração, quem não dirige sua mente para o crime.
- Ao Senhor pertence a terra e o que ela encerra.
- Sobre este desce a bênção do Senhor e a recompensa de seu Deus e Salvador." "É assim a geração dos que o procuram, e do Deus de Israel buscam a face."
- Ao Senhor pertence a terra e o que ela encerra.

Evangelho de Jesus Cristo segundo S. Lucas 5,1-11

Aclamação (Mt 4,19)
- Aleluia, aleluia, aleluia.
- Aleluia, aleluia, aleluia.
- Vinde após mim, disse o Senhor,/ e eu ensinarei a pescar gente.
- Aleluia, aleluia, aleluia.

Evangelho (Lc 5,1-11)
- O Senhor esteja convosco.
- Ele está no meio de nós.
- Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Lucas.
- Glória a vós, Senhor.

Naqueles tempo, 1Jesus estava na margem do lago de Genesaré, e a multidão apertava-se a seu redor para ouvir a palavra de Deus. 2Jesus viu duas barcas paradas na margem do lago. Os pescadores haviam desembarcado e lavavam as redes. 3Subindo numa das barcas, que era de Simão, pediu que se afastasse um pouco da margem. Depois sentou-se e, da barca, ensinava as multidões.4Quando acabou de falar, disse a Simão: "Avança para águas mais profundas, e lançai vossas redes para a pesca". 5Simão respondeu: "Mestre, nós trabalhamos a noite inteira e nada pescamos. Mas, em atenção à tua palavra, vou lançar as redes". 6Assim fizeram, e apanharam tamanha quantidade de peixes que as redes se rompiam. 7Então fizeram sinal aos companheiros da outra barca, para que viessem ajudá-los. Eles vieram, e encheram as duas barcas, a ponto de quase afundarem. 8Ao ver aquilo, Simão Pedro atirou-se aos pés de Jesus, dizendo: "Senhor, afasta-te de mim, porque sou um pecador!" 9É que o espanto se apoderara de Simão e de todos os seus companheiros, por causa da pesca que acabavam de fazer. 10Tiago e João, filhos de Zebedeu, que eram sócios de Simão, também ficaram espantados. Jesus, porém, disse a Simão: "Não tenhas medo! De hoje em diante tu serás pescador de homens". 11Então levaram as barcas para a margem, deixaram tudo e seguiram a Jesus.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

Comentários

Chamados ao seguimento de Cristo

O Evangelho de hoje apresenta três partes distintas e progressivamente vinculadas entre si. Há a pregação de Jesus à multidão, a pesca milagrosa e a vocação dos quatro primeiros discípulos: André e Pedro, Tiago e João.Poderemos imaginar a divina silhueta do Senhor pregando mansamente às multidões que o seguiam sofregamente, cheias de amor perante tanta bondade na cura de várias classes de enfermos e ávidos de suas consoladoras palavras. Queriam estar sempre em Sua companhia, perto dEle. Certamente, tinha uma palavrinha especial para cada um de seus ouvintes, uma bênção, uma troca de olhares, que a brevidade da narração não registrou. O Autor da graça dispensando graças a rodos sobre cada alma que conhecia e amava a fundo, como ninguém podia imaginar. Certamente, quando falava para o conjunto, todos O ouviam num silêncio, sem nunca O interromper.O lago de Genesareth é o mesmo que o de Tíberíades, e que tomou o nome de Galiléia em atenção à província que o rodeava. Galiléia, feita de cem colinas e de outras tantas planícies, bem irrigada, era, quase no sopé do Líbano, a província deliciosa entre todas, salpicada de arvoredos e de aldeias, onde Jesus passou sua infância feliz e onde se erguerá para anunciar ao mundo a boa nova do Amor.O relato de S. Lucas coincide com os dos outros sinóticos (Mc. 1, 16 ss; Mt. 4, 18 ss). Entretanto, S. Lucas acrescenta a pesca milagrosa, pretexto tão determinante para a vocação dos futuros apóstolos.Quando Jesus acabou de falar à multidão, viu duas barcas. São Beda, diz que, misticamente falando, as duas barcas bem poderiam representar o povo judeu e o gentio.Cheio de mansidão, pede a Simão: "Faz-te ao largo e lança as redes para pescar". Aquele, obediente em tudo, respondeu: Mestre, trabalhamos toda a noite, e não pescamos nada; mas, porque mandas, lançarei as redes. Obedeceu por Quem ordenava o fazia serenamente, mas com autoridade.Tendo obedecido sem questionar, Pedro foi recompensado de duas maneiras: com uma multidão de peixes e depois sendo admitido como discípulo do Senhor. Jesus usara aquela barca para falar às multidões e não deixara seu dono sem recompensa.Foi tamanha a pescaria, que teve de valer-se da outra barca dos companheiros, pois as redes se rompiam. Este dado vem explicar a sua reação positiva e a dos seus companheiros à chamada de Jesus, o jovem rabi a quem quase não conheciam: "A partir de agora serás pescador de homens", disse a Pedro e aos outros. Os quatro deixaram tudo e seguiram-no. Eram dois pares de irmãos Pedro e André, Tiago e João.Apesar de Pedro ter dito "afasta-te de mim, Senhor, porque sou um homem pecador", o Divino Mestre o escolheu para ser discípulo e , mais tarde, o primeiro Papa da verdadeira Igreja. Com isto conforta o Senhor o temor dos homens carnais, para que nenhum, tremendo por causa de sua consciência culpada ou desalentado à vista da inocência de outros, tema entrar no caminho da santidade.Com este fato, dá-se início à longa série do discipulado cristão que continuará até o fim dos tempos. Na vida individual de cada um de nós, como na cena do Evangelho de hoje, há uma chamada pessoal de Deus pelo nosso próprio nome à fé e ao seguimento de Cristo.É uma vocação feliz, por isso há que vivê-la não como uma triste carga, mas como uma missão que ilumina o próprio horizonte, a nossa vida familar, o nosso mundo do trabalho e a realidade social em que nos movemos. Cristo é a salvação, Jesus é a luz, e aquele que O segue, não tema, porque não caminhará nas trevas, nem deixará de ter pesca abundante.O discipulado cristão exige uma correspondência total ao chamado ou vocação, como os Pedro, André, Tiago e João. Nos Evangelhos mais de trinta vezes se conjuga o verbo "seguir" Jesus.A vocação cristã à fé e ao batismo é uma vocação universal e básica à santidade evangélica mediante o seguimento de Cristo, que se vai especificando nas diversas vocações, estados de vida e carismas que o Espírito Santo reparte como quer dentro do povo de Deus (LG. 39s). Apesar de nossos erros e mesquinhez, o Senhor renova-nos o seu amor e a sua chamada a todo o momento. É sempre o tempo de responder generosamente e de começar de novo cada manhã o seguimento de Cristo.A doutrina teológica é suficientemente clara afirmando que a missão eclesial dos leigos não é uma concessão da hierarquia para estar alinhada com as correntes de emancipação e maioridade laical, nem se deve a razões conjunturais de suplência para ocupar lugares vagos ou alcançar lugares e realidade inacessíveis à hierarquia eclesiástica. Não. O compromisso de todos os cristãos ao serviço do Evangelho e do Reino de Deus nasce da sua condição de batizados em Cristo e confirmados no Espírito. A todos nos diz hoje, como ontem, Jesus: Remai mar adentro e lançai as redes para pescar (almas).
Fonte: Site dos Arautos do Evangelho

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

LITURGIA DO DIA - 03/09

Santo do dia

SÃO GREGÓRIO MAGNO, PAPA E DOUTOR. MEMÓRIA
Hoje a Igreja celebra : S. Gregório Magno, Papa, Doutor da Igreja, +604
Ofício da memória. Missa própria: Prefácio Comum ou dos Pastores.

1ª Carta aos Coríntios 3,1-9

Leitura da Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios:

1Irmãos, não pude falar-vos como a pessoas espirituais. Tive de vos falar como a pessoas carnais, como a crianças na vida em Cristo. 2Pude oferecer-vos somente leite, não alimento sólido, pois ainda não éreis capazes de tomá-lo. E nem atualmente sois capazes de receber alimento sólido, 3visto que ainda sois carnais. As rivalidades e rixas que existem aí, no meio de vós, acaso não mostram que sois carnais e que procedeis de acordo com os impulsos naturais?4Quando um declara: "Eu sou de Paulo", e outro: "Eu sou de Apolo", não estais procedendo como pessoas simplesmente naturais? 5Pois, que é Apolo? que é Paulo? Não passam de servidores, pelos quais chegastes à fé. E cada um deles exerce seu serviço segundo o dom recebido de Deus. 6Eu plantei, Apolo regou, mas Deus é que fazia crescer. 7De modo que nem o que planta, nem o que rega são, propriamente, importantes. Quem é importante é aquele que faz crescer: Deus.8Aquele que planta e aquele que rega formam uma unidade, mas cada um receberá o seu próprio salário, proporcional ao seu trabalho. 9Com efeito, nós somos cooperadores de Deus, e vós sois lavoura de Deus, construção de Deus.


- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Livro de Salmos 33(32),12-13.14-15.20-21

- Feliz o povo que o Senhor escolheu por sua herança!
- Feliz o povo que o Senhor escolheu por sua herança!
- Feliz o povo cujo Deus é o Senhor, e a nação que escolheu por sua herança! Dos altos céus o Senhor olha e observa; ele se inclina para olhar todos os homens.
- Feliz o povo que o Senhor escolheu por sua herança!
- Ele contempla do lugar onde reside e vê a todos os que habitam sobre a terra. Ele formou o coração de cada um e por todos os seus atos se interessa.
- Feliz o povo que o Senhor escolheu por sua herança!
- No Senhor nós esperamos confiantes, porque ele é nosso auxílio e proteção! Por isso o nosso coração se alegra nele, seu santo nome é nossa única esperança.
- Feliz o povo que o Senhor escolheu por sua herança!

Evangelho de Jesus Cristo segundo S. Lucas 4,38-44

Aclamação (Lc 4,18)
- Aleluia, aleluia, aleluia.
- Aleluia, aleluia, aleluia.
- O Espírito do Senhor repousa sobre mim/ e enviou-me a anunciar aos pobres o Evangelho.
- Aleluia, aleluia, aleluia.

Evangelho (Lc 4,38-44)
- O Senhor esteja convosco.
- Ele está no meio de nós.
- Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Lucas.
- Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 38Jesus saiu da sinagoga e entrou na casa de Simão. A sogra de Simão estava sofrendo com febre alta, e pediram a Jesus em favor dela. 39Inclinando-se sobre ela, Jesus ameaçou a febre, e a febre a deixou. Imediatamente, ela se levantou e começou a servi-los. 40Ao pôr-do-sol, todos os que tinham doentes atingidos por diversos males, os levaram a Jesus. Jesus punha as mãos em cada um deles e os curava. 41De muitas pessoas também saíam demônios, gritando: "Tu és o Filho de Deus". Jesus os ameaçava, e não os deixava falar, porque sabiam que ele era o Messias.42Ao raiar do dia, Jesus saiu e foi para um lugar deserto. As multidões o procuravam e, indo até ele, tentavam impedi-lo de as deixar. 43Mas Jesus disse: "Eu devo anunciar a Boa-Nova do Reino de Deus também a outras cidades, porque para isso é que eu fui enviado". 44E pregava nas sinagogas da Judéia.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

Comentários

Numerosas curas de Jesus

Na linha narrativa do presente evangelho de S. Lucas, que segue aqui fielmente o de S. Marcos (1, 29), observamos nitidamente três partes: a cura da sogra de Pedro; cura de numerosos doentes; atividade missionária itinerante de Jesus.
Nas numerosas curas que esta passagem evangélica refere, realiza-se a missão messiânica de libertação confiada a Jesus, o ungido do Espírito, como pouco antes Ele mesmo expôs na sinagoga de Nazaré, depois de ter lido os rolos da passagem de Isaías.
Muitas são os Evangelhos que se referem a atos milagrosos de Jesus, como o da passagem de hoje. O gênero literário das narrações destes prodígios é popular e não científico, porque foi a tradição oral que surgiu da pregação e da catequese apostólica que os evangelistas depois recolheram, dando muita importância aos milagres. Por isso há passagens como: "profeta poderoso em obras e palavras diante de Deus e de todo o povo" (Lc. 24,19); "ungido por Deus com a força do Espírito Santo, passou fazendo o bem e curando os oprimidos pelo diabo, porque Deus estava com ele"; "realizando por seu intermédio os milagres, sinais e prodígios que conheceis", proclama o apóstolo Pedro nos seus discursos do livro dos Atos (10, 38; 2, 22).
Realmente foram inúmeros os milagres operados por Jesus. Não contando com os freqüentes sumários ou resumos em que se incluem milagres sem especificar, registrados são 35, dos quais 30 se encontram nos três evangelhos sinóticos e cinco em S. João. Dos sinóticos, é S. Marcos quem dá maior realce aos milagres do Senhor, dos quais menciona 20. Sinóticos é a designação que se dá aos três primeiros evangelhos do Novo Testamento (Mateus, Marcos e Lucas), que apresentam grandes semelhanças quanto aos fatos narrados.
A maior parte dos milagres são curas de doentes e "endemoninhados". Há também três ressurreições de mortos: o filho da viúva de Naim, Lázaro e a filha de Jairo, assim como alguns prodígios sobre a natureza: tempestade acalmada, pesca extraordinária, água convertida em vinho, multiplicação dos pães etc.
Fazer milagres não foi exclusivo de Jesus, se bem que Ele os realizou com poder próprio - porque é a Segunda Pessoa da Santíssima Trindade encarnada - e não delegado. Também, os apóstolos realizaram prodígios nas missões que o Divino Mestre lhes confiou e depois do Pentecostes, segundo se lê nos Atos, em especial dos milagres de S. Pedro e S. Paulo. No Antigo Testamento, conhecem-se os milagres dos profetas Moisés, Elias e Eliseu.
Então, como interpretar os milagres de Jesus? Ao realizar Seus milagres, Cristo não se propunha a fazer alarde de Sua categoria divina, algo a que já se opõe nas tentações do deserto e em numerosas ocasiões em que se nega a capitalizar o êxito da popularidade que tais prodígios lhe granjeavam, como, por exemplo, em Nazaré.
Se bem que se podem ver os milagres como prova apologética da Divindade de Cristo ou como prova da Sua bondade e compaixão, devem-se ver sobretudo na perspectiva em que Ele mesmo o fez por diversas ocasiões, como na sinagoga de Nazaré e na sua resposta a S. João Batista, isto é, a partir da libertação integral do pecado que o reino de Deus, inaugurado por Jesus e presente na Sua Pessoa, traz ao homem decaído a quem Deus ama.
Segundo a definição escolástica, o milagre é um ato contra ou sobre a natureza, como quem viola uma lei natural. Entretanto, para a Bíblia, milagre é manifestação do poder salvador de Deus, porque Jesus estava ungido com a força do Espírito. E como tal mostrou-se senhor da natureza (milagres sobre os elementos), senhor da vida e superior ao pecado (curas), vencedor do diabo (cura de endemoninhados) e da morte (ressurreições, à imagem de Sua própria Ressurreição).
Mais, a história evangélica dos milagres está intimamente vinculada à fé dos agraciados por Cristo, e estimula-nos a crescer nessa virtude, que é condição prévia para ele os operar. Era a fé dos que Lhe suplicavam e confiavam no poder de um homem de Deus que suscitava a intervenção extraordinária da energia divina que residia na a Pessoa, palavra e gestos de Jesus de Nazaré. Também é certo que, num segundo momento, o milagre vinha confirmar e afiançar essa fé inicial, como anota o evangelista S. João, depois de relatar a conversão da água em vinho nas bodas de Caná: "Jesus manifestou a Sua glória e cresceu a fé dos Seus discípulos nEle" (2, 11).
A tal ponto a fé era pressuposto essencial e condição indispensável para os milagres, que onde Jesus não encontrava fé, como sucedeu com os seus conterrâneos de Nazaré, "não podia" fazer nenhum milagre (Mc. 6,5). Uma e outra vez, Cristo repete às pessoas agraciadas por Ele com um favor prodigioso: A tua fé te curou, a tua fé te salvou.
Fonte: Site dos Arautos do Evangelho

terça-feira, 2 de setembro de 2008

LITURGIA DO DIA - 02/09

Santo do dia

22ª Semana Comum

Bem - aventurados João Francisco Burté, Severini Girault, Apolinário Morel de Posat, e seus companheiros, Mártires

Entre os numerosos mártires da revolução Francesa, são recordados em particular alguns intrépidos defensores da fé e heróis do sacerdócio católico, filhos da Ordem seráfica, condenados à guilhotina, no dia 2 de Setembro de 1792. Entre eles: João Francisco Burté, dos Frades Menores Conventuais; Apolinário Morel de Posat, Capuchinho; Severino Girault, da Terceira Ordem Regular. Estes refulgiram, primeiro pelo seu zelo sacerdotal e pela sua caridade para com os fugitivos e perseguidos, e depois pela heróica fortaleza com que suportaram o martírio, dando admirável testemunho da sua fé. João Batista Triqueção, embora seu martírio tenha acontecido dois anos depois, no dia 21 de Janeiro de 1794. Foram beatificados por Pio XI em1926, ano centenário da morte de São Francisco.ORAÇÃO - Fazei-nos imitar, senhor deus, a fé dos bem-aventurados João Francisco, Severino, Apolinário, e seus companheiros, mártires, que, servindo fielmente até o fim à vossa Igreja, mereceram alcançar a palma do martírio. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

1º Coríntios 2,10b-16

Leitura da Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios:

Irmãos, 10bo Espírito esquadrinha tudo, mesmo as profundezas de Deus. 11Quem dentre os homens conhece o que se passa no homem senão o espírito do homem que está nele? Assim também, ninguém conhece o que existe em Deus, a não ser o Espírito de Deus. 12Nós não recebemos o espírito do mundo, mas recebemos o Espírito que vem de Deus, para que conheçamos os dons da graça que Deus nos concedeu. 13Desses dons também falamos, não com palavras ensinadas pela sabedoria humana, mas com a sabedoria aprendida do Espírito: assim, ajustamos uma linguagem espiritual às realidades espirituais.14O homem psíquico — o que fica no nível de suas capacidades naturais — não aceita o que é do Espírito de Deus: pois isso lhe parece uma insensatez. Ele não é capaz de conhecer o que vem do Espírito, porque tudo isso só pode ser julgado com a ajuda do mesmo Espírito. 15Ao contrário, o homem espiritual — enriquecido com o dom do Espírito — julga tudo, mas ele mesmo não é julgado por ninguém. 16Com efeito, quem conheceu o pensamento do Senhor, de maneira a poder aconselhá-lo? Nós, porém, temos o pensamento de Cristo.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Livro de Salmos - 144

— É justo o Senhor em seus caminhos.
É justo o Senhor em seus caminhos.
— Misericórdia e piedade é o Senhor, ele é amor, é paciência, é compaixão. O Senhor é muito bom para com todos, sua ternura abraça toda criatura.
— Que vossas obras, ó Senhor, vos glorifiquem, e os vossos santos com louvores vos bendigam! Narrem a glória e o esplendor do vosso reino e saibam proclamar vosso poder!
— Para espalhar vossos prodígios entre os homens e o fulgor de vosso reino esplendoroso. O vosso reino é um reino para sempre, vosso poder, de geração em geração.
— O Senhor é amor fiel em sua palavra, é santidade em toda obra que ele faz. Ele sustenta todo aquele que vacila e levanta todo aquele que tombou.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Evangelho de Jesus Cristo segundo S. Lucas Lucas 4,31-37

— O Senhor esteja convosco.
Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Lucas.
Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 31Jesus desceu a Cafarnaum, cidade da Galiléia, e aí ensinava-os aos sábados. 32As pessoas ficavam admiradas com o seu ensinamento, porque Jesus falava com autoridade. 33Na sinagoga, havia um homem possuído pelo espírito de um demônio impuro, que gritou em alta voz: 34"Que queres de nós, Jesus Nazareno? Vieste para nos destruir? Eu sei quem tu és: tu és o Santo de Deus!"35Jesus o ameaçou, dizendo: "Cala-te, e sai dele!" Então o demônio lançou o homem no chão, saiu dele, e não lhe fez mal nenhum. 36O espanto se apossou de todos e eles comentavam entre si: "Que palavra é essa? Ele manda nos espíritos impuros, com autoridade e poder, e eles saem". 37E a fama de Jesus se espalhava em todos os lugares da redondeza.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

Homila do dia

Estamos diante de um texto que nos remete ao tempo de Jesus. Assim, como bom Judeu num dia de Sábado, entra no templo de Cafarnaum e começa a ensinar os seus discípulos, que por falta de conhecimento científico não só neles mas também para todas pessoas do seu tempo, a ignorância sobre o funcionamento do corpo humano, fazia com que se atribuísse aos demônios algumas enfermidades. Tal fenômeno acontecia, sobretudo, com os transtornos psíquicos, as enfermidades mentais, nas quais o modo de agir do enfermo gritos, falta de controle dos movimentos, ataques, era o que mais chamava a atenção.
É neste ambiente que surge o homem que Lucas nos descreve como sendo possuído por demônio e que levantando a voz grita: Ei, Jesus de Nazaré! O que você quer de nós? Você veio para nos destruir? Sei muito bem quem é você: é o Santo que Deus enviou!
A palavra louco era o equivalente a dizer endemoniado. Passando a ser o mesmo que dizer impuro ou seja possuído por um espírito impuro, o diabo.
O impuro é o que está carregado de forças perigosas e desconhecidas, como o puro é o que tem poderes positivos. Quem se aproxima do impuro, não pode aproximar-se de Deus. E por isso todos fugiam deste homem segundo a lei latente no livro do Levítico. À medida em que o povo foi evoluindo de uma religião mágica para uma religião de responsabilidades pessoais, essas idéias foram caindo em desuso. E Jesus aboli de uma vez por todas esta lei. E o que prova isto é que a cerimônia do exorcismo acontece dentro da sinagoga para fazer entender que também o excluído do povo tinha direito de se salvar porque é filho de Deus. Também poderia participar da mesa dos filhos, e poderia falar com Deus na oração. É membro do corpo místico de Cristo, é membro da igreja.
O fato de cena acontecer no interior da sinagoga é que é nela que se reunia todo o povo aos sábados para assistir à oração e escutar o rabino ou qualquer outro que quisesse fazer o comentário dos textos da Escritura que se havia lido. Era um lugar familiar, mais popular e mais leigo, já que nela se podia falar livremente, interromper, e não era necessária a presença de nenhum ministro sagrado. O rabino era um mestre-catequista.
E Jesus aproveita esta familiaridade para incluir o irmão através a expulsão do demônio: Cale a boca e saia deste homem! Diante de todos, ao que o demônio obedece e sai.
Sem querer chegar ao conceito puro-impuro dos tempos antigos, muitos enfermos do tipo subnormais, loucos, homossexuais, lésbicas, drogados, adúlteros, alcoólatras etc., estão hoje marginalizados da comunidade. Os sadios se safam deles, querem escondê-los como uma vergonha familiar, não se lhes dão oportunidades de reabilitação para que possam contribuir para a sociedade. São os verdadeiramente os novos impuros. Qual tem sido a tua posição ante o teu parente que vive esta situação? Não te esqueça que o sinal de Jesus neste Evangelho de hoje é sinal de que a casa de Deus, a comunidade cristã, está aberta também para esses homens e mulheres diminuídos. É sinal de Libertação: Deus valoriza e tem para eles um lugar e uma missão. Basta que tu lance a mão à obra e te convertas em verdadeiro discípulo e missionário de Jesus Cristo e a notícia de Jesus se espalhará por toda a parte, fazendo com que haja um só Pastor e um só rebanho no mundo inteiro.
Fonte: Cancaonova.com

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

LITURGIA DO DIA - 01/09

Santo do dia

22ª Semana Comum

A igreja celebra hoje:
Santa Beatriz da Silva

1º Coríntios 2,1-5

Leitura da Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios:

1Irmãos, quando fui à vossa cidade anunciar-vos o mistério de Deus, não recorri a uma linguagem elevada ou ao prestígio da sabedoria humana. 2Pois, entre vós, não julguei saber coisa alguma, a não ser Jesus Cristo, e este, crucificado.3Aliás, eu estive junto de vós, com fraqueza e receio, e muito tremor. 4Também a minha palavra e a minha pregação não tinham nada dos discursos persuasivos da sabedoria, mas eram uma demonstração do poder do Espírito, 5para que a vossa fé se baseasse no poder de Deus e não na sabedoria dos homens.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Livro de Salmos - 118

— Quanto eu amo, ó Senhor, a vossa lei!— Quanto eu amo, ó Senhor, a vossa lei!— Quanto eu amo, ó Senhor, a vossa lei! Permaneço o dia inteiro a meditá-la.— Vossa lei me faz mais sábio que os rivais, porque ela me acompanha eternamente.— Fiquei mais sábio do que todos os meus mestres, porque medito sem cessar vossa Aliança.— Quanto eu amo, ó Senhor, a vossa lei!— Sou mais prudente que os próprios anciãos, porque cumpro, ó Senhor, vossos preceitos.— De todo mau caminho afasto os passos, para que eu siga fielmente as vossas ordens.— De vossos julgamentos não me afasto, porque vós mesmo me ensinastes vossas leis.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Evangelho de Jesus Cristo segundo S. Lucas Lucas Lucas 4,16-30

— O Senhor esteja convosco.
Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Lucas.
Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 16veio Jesus à cidade de Nazaré, onde se tinha criado. Conforme seu costume, entrou na sinagoga no sábado, e levantou-se para fazer a leitura. 17Deram-lhe o livro do profeta Isaías. Abrindo o livro, Jesus achou a passagem em que está escrito: 18"O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me consagrou com a unção para anunciar a Boa Nova aos pobres; enviou-me para proclamar a libertação aos cativos e aos cegos a recuperação da vista; para libertar os oprimidos 19e para proclamar um ano da graça do Senhor".20Depois fechou o livro, entregou-o ao ajudante e sentou-se. Todos os que estavam na sinagoga tinham os olhos fixos nele. 21Então começou a dizer-lhes: "Hoje se cumpriu esta passagem da Escritura que acabastes de ouvir". 22Todos davam testemunho a seu respeito, admirados com as palavras cheias de encanto que saíam da sua boca. E diziam: "Não é este o filho de José?"23Jesus, porém, disse: "Sem dúvida, vós me repetireis o provérbio: Médico, cura-te a ti mesmo. Faze também aqui, em tua terra, tudo o que ouvimos dizer que fizeste em Cafarnaum". 24E acrescentou: "Em verdade eu vos digo que nenhum profeta é bem recebido em sua pátria. 25De fato, eu vos digo: no tempo do profeta Elias, quando não choveu durante três anos e seis meses e houve grande fome em toda a região, havia muitas viúvas em Israel. 26No entanto, a nenhuma delas foi enviado Elias, senão a uma viúva que vivia em Sarepta, na Sidônia. 27E no tempo do profeta Eliseu, havia muitos leprosos em Israel. Contudo, nenhum deles foi curado, mas sim Naamã, o sírio". 28Quando ouviram estas palavras de Jesus, todos na sinagoga ficaram furiosos. 29Levantaram-se e o expulsaram da cidade. Levaram-no até o alto do monte sobre o qual a cidade estava construída, com a intenção de lançá-lo no precipício. 30Jesus, porém, passando pelo meio deles, continuou o seu caminho.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

Homila do dia

É surpreendente que o texto comece com a leitura profética sem sequer mencionar a leitura da Lei, que era o elemento mais importante do ofício. De fato, a leitura profética era concebida como uma explicitação ou uma ilustração da Lei. Os 16b-17 contam os preparativos para a leitura profética, que Jesus tomou a iniciativa de fazer. Qualquer homem judeu podia fazê-la, assim como a homilia, contanto que fosse instruído e gozasse de boa reputação. Os 18-19 citam a passagem do livro de Isaias que Jesus leu. De fato, Lucas associa Is 61,1-2 e Is 58,6, segundo uma prática que era então corrente. Cita Is 61,1 e a primeira frase do v. 23c. Omite, sem razão aparente, a frase para curar os corações desanimados de Is 61,1, substituindo-a com a frase para pôr em liberdade os oprimidos, tirada de Is 58,63. O v. 20 menciona com precisão os gestos de Jesus e assinala a reação de curiosidade e de expectativa de parte da assembléia. No v. 21, Jesus toma a palavra para comentar a leitura. O v. 22 assinala uma primeira reação da assembléia. Ficam todos admirados com as palavras de Jesus. Elas ultrapassam tudo o que podiam esperar da boca de um conterrâneo que julgavam conhecer muito bem. Nos 23-27 Jesus responde à surpresa e à admiração dos seus ouvintes. Adiantando-se-lhes, começa por formular Ele próprio o desafio que eles deviam ter na ponta da língua: faz na tua terra o que ouvimos dizer que tens feito em Cafarnaum. Jesus responde ao desafio, primeiro, declarando que nenhum profeta é bem recebido na sua terra; depois, ilustrando a sua declaração com os exemplos de Elias e Eliseu.
Os v. 28-29 dão uma segunda reacção da assembleia totalmente diferente da primeira. Todos os ouvintes se enfurecem contra Jesus, expulsam-no da cidade e tentam assassiná-Io. O v. 30 conclui o relato com a reacção de Jesus. Imperturbável e sem uma beliscadura, Jesus segue o seu caminho.
Jesus sabia que era o Filho de Deus e se apresentou aos homens que estavam na sinagoga como sendo o cumprimento daquela promessa que estava na leitura de Isaías, a qual Ele tinha proclamado. Enquanto alguns o ouviam, maravilhados, outros desconfiavam dizendo: Não é este o filho de José? E, por isso, Jesus disse que um profeta não é bem aceito na sua terra.
Esta sena também pode acontecer conosco. Pense naquelas pessoas que conviveram contigo desde criança, que te viram crescer, sabem de onde tu viste, por onde passaste com quem aprendeste tudo o que sabes, e conseguem identificar até de onde tu tiraste cada idéia. Para elas tu continuarás sempre criança. Mesmo faças prodígios e milagres. Pense nos teus amigos de colégio, da universidade, do trabalho, da internet, do teu movimento, da igreja, da nova cidade onde foste morar enfim, das pessoas com quem tu te relacionaste quando já estavas com algumas idéias formadas. Essas pessoas não te conhecem, não sabem de onde vieram tuas influências, e o mais importante de tudo: acreditam que tens algo a adicionar ao que elas têm ou ao que elas são. O mais surpreendente: se tu acompanhaste o crescimento de alguém mais novo que tu, desde criança, observe como tu te consideras previsíveis as atitudes e palavras dessa pessoa. E sem saberes, acabas colocando uma barreira que dificulta que algo venha dela para ti. Foi assim que Jesus se sentiu em Nazaré. É assim que a maioria dos profissionais se sente em casa, principalmente quando a resolução de um problema, doméstico ou familiar, exige que as pessoas confiem na capacidade dele. Daí que surgiu o ditado:Em casa de ferreiro, o espeto é de pau.
Se Jesus nascesse nos dias de hoje, e fosse um desses garotos que brinca na sua rua, que tu praticamente viste nascer, e estás acompanhando o crescimento dele e daqui a uns 20 anos ele voltasse adulto, qual seria a sua reação? Esse garoto? Filho de seu Zé, o marceneiro? Que brincava com os meninos na rua? Só se for pra rir! Impossível! Nunca que ele teria essa capacidade! Eu vi onde ele estudou, as travessuras que aprontou, conheço os pais dele. E Ele iria dizer: De fato, um profeta não é bem recebido em sua terra. Então os prodígios não acontecerão aqui, mas nos lugares onde as pessoas acreditem em mim.
A lição prática do Evangelho de hoje é: não subestimemos a capacidade das pessoas que são próximas a nós. Muitas vezes elas realizam prodígios para os outros, mas não conseguem fazer nada em casa por não terem abertura.
Daqui o ditado: SANTO DE CASA NÃO FAZ MILAGRES.
Fonte: Cancaonova.com

domingo, 31 de agosto de 2008

LITURGIA DO DIA - 31/08

Santo do dia

XXII DOMINGO DO TEMPO COMUM
(Semana II do saltério)
Ofício dominical comum. Missa pr: Gl, Cr, Pf dos domingos cms
Hoje é dia de: São Raimundo Nonato, presbítero, +1240

Livro de Jeremias 20,7-9

Leitura do Livro do profeta Jeremias:
7Seduziste-me, Senhor, e deixei-me seduzir; foste mais forte, tiveste mais poder. Tornei-me alvo de irrisão o dia inteiro, todos zombam de mim. 8Todas as vezes que falo, levanto a voz, clamando contra a maldade e invocando calamidades; a palavra do Senhor tornou-se para mim fonte de vergonha e de chacota o dia inteiro. 9Disse comigo: "Não quero mais lembrar-me disso nem falar mais em nome dele". Senti, então, dentro de mim um fogo ardente a penetrar-me o corpo todo; desfaleci, sem forças para suportar.
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Livro de Salmos 63,2.3-4.5-6.8-9

- A minhalma tem sede de vós/ como a terra sedenta, ó meu Deus!
- A minhalma tem sede de vós/ como a terra sedenta, ó meu Deus!
- Sois vós, ó Senhor, o meu Deus!/ Desde a aurora ansioso vos busco!/ A minhalma tem sede de vós,/ minha carne também vos deseja,/ como terra sedenta e sem água!
- A minhalma tem sede de vós/ como a terra sedenta, ó meu Deus!
- Venho, assim, contemplar-vos no templo,/ para ver vossa glória e poder./ Vosso amor vale mais do que a vida:/ e por isso meus lábios vos louvam.
- A minhalma tem sede de vós/ como a terra sedenta, ó meu Deus!
- Quero, pois, vos louvar pela vida,/ e elevar para vós minhas mãos!/ A minhalma será saciada,/ como em grande banquete de festa;/ cantará a alegria em meus lábios,/ ao cantar para vós meu louvor!
- A minhalma tem sede de vós/ como a terra sedenta, ó meu Deus!
- Para mim fostes sempre um socorro;/ de vossas asas à sombra eu exulto!/ Minha alma se agarra em vós;/ com poder vossa mão me sustenta.
- A minhalma tem sede de vós/ como a terra sedenta, ó meu Deus!

Carta aos Romanos 12,1-2

Leitura da Carta de São Paulo aos Romanos:
1Pela misericórdia de Deus, eu vos exorto, irmãos, a vos oferecerdes em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus: este é o vosso culto espiritual. 2Não vos conformeis com o mundo, mas transformai-vos, renovando vossa maneira de pensar e de julgar, para que possais distinguir o que é da vontade de Deus, isto é, o que é bom, o que lhe agrada, o que é perfeito.
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Evangelho de Jesus Cristo segundo S. Mateus 16,21-27

Aclamação
- Aleluia, aleluia, aleluia, aleluia.
- Aleluia, aleluia, aleluia, aleluia.
Que o Pai do Senhor Jesus Cristo/ nos dê do saber o espírito,/ conheça-mos, assim, a esperança/ à qual nos chamou, como herança!
Anúncio do Evangelho
- O Senhor esteja convosco!
- Ele está no meio de nós.
- PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, † segundo Mateus.
- Glória a vós, Senhor!
Naquele tempo, 21Jesus começou a mostrar a seus discípulos que devia ir a Jerusalém e sofrer muito da parte dos anciãos, dos sumos sacerdotes e dos mestres da Lei, e que devia ser morto e ressuscitar no terceiro dia. 22Então Pedro tomou Jesus à parte e começou a repreendê-lo, dizendo: "Deus não permita tal coisa, Senhor! Que isso nunca te aconteça!"23Jesus, porém, voltou-se para Pedro e disse: "Vai para longe, Satanás! Tu és para mim uma pedra de tropeço, porque não pensas as coisas de Deus, mas sim as coisas dos homens!"24Então Jesus disse aos discípulos: "Se alguém quer me seguir, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e me siga. 25Pois, quem quiser salvar a sua vida vai perdê-la; e quem perder a sua vida por causa de mim, vai encontrá-la. 26De fato, que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro, mas perder a sua vida? O que poderá alguém dar em troca de sua vida? 27Porque o Filho do Homem virá na glória do seu Pai, com os seus anjos, e então retribuirá a cada um de acordo com a sua conduta".
- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

Fonte: Arautos do Evangelho