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sábado, 9 de maio de 2009

LITURGIA DO DIA - 09/05






Santo do dia

Sábado da 4ª semana da Páscoa

LEITURAS

Livro dos Actos dos Apóstolos 13,44-52.
No sábado seguinte, quase toda a cidade se reuniu para ouvir a palavra do Senhor. A presença da multidão encheu os judeus de inveja, e responderam com blasfémias ao que Paulo dizia. Então, desassombradamente, Paulo e Barnabé afirmaram: «Era primeiramente a vós que a palavra de Deus devia ser anunciada. Visto que a repelis e vós próprios vos julgais indignos da vida eterna, voltamo-nos para os pagãos, pois assim nos ordenou o Senhor: Estabeleci-te como luz dos povos, para levares a salvação até aos confins da Terra.» Ao ouvirem isto, os pagãos encheram-se de alegria e glorificavam a palavra do Senhor; e todos os que estavam destinados à vida eterna abraçaram a fé. Assim, a palavra do Senhor divulgava-se por toda aquela região. Mas os judeus incitaram as senhoras devotas mais distintas e os de maior categoria da cidade, desencadeando uma perseguição contra Paulo e Barnabé, e expulsaram-nos do seu território. Estes, sacudindo contra eles o pó dos pés, foram para Icónio. Quanto aos discípulos, estavam cheios de alegria e do Espírito Santo.
Livro de Salmos 98,1.2-3.4.
Cantai ao SENHOR um cântico novo, porque Ele fez maravilhas! A sua mão direita e o seu santo braço lhe deram a vitória.O SENHOR anunciou a sua vitória, revelou aos povos a sua justiça.Lembrou se do seu amor e da sua fidelidade em favor da casa de Israel. Todos os confins da terra presenciaram o triunfo libertador do nosso Deus .Aclamai o SENHOR, terra inteira, exultai de alegria e cantai.
Evangelho segundo S. João 14,7-14.
Se ficastes a conhecer-me, conhecereis também o meu Pai. E já o conheceis, pois estais a vê-lo.» Disse-lhe Filipe: «Senhor, mostra-nos o Pai, e isso nos basta!» Jesus disse-lhe: «Há tanto tempo que estou convosco, e não me ficaste a conhecer, Filipe? Quem me vê, vê o Pai. Como é que me dizes, então, 'mostra-nos o Pai'? Não crês que Eu estou no Pai e o Pai está em mim? As coisas que Eu vos digo não as manifesto por mim mesmo: é o Pai, que, estando em mim, realiza as suas obras. Crede-me: Eu estou no Pai e o Pai está em mim; crede, ao menos, por causa dessas mesmas obras. Em verdade, em verdade vos digo: quem crê em mim também fará as obras que Eu realizo; e fará obras maiores do que estas, porque Eu vou para o Pai, e o que pedirdes em meu nome Eu o farei, de modo que, no Filho, se manifeste a glória do Pai. Se me pedirdes alguma coisa em meu nome, Eu o farei.»
Comentário ao Evangelho do dia feito por São Cipriano (c. 200-258), Bispo de Cartago e mártir A Oração do Senhor, 2-3 (trad. DDB 1982, p. 41 rev.; cf. breviário)

Invocar o nome de Jesus ao pedir

Entre recomendações salutares e preceitos divinos através dos quais proveu à salvação do Seu povo, o Senhor deu-nos ainda o modelo de oração; Ele próprio nos ensinou o que devemos pedir nas nossas preces. Ele, que nos dá a vida, também nos ensina a rezar, com aquela mesma bondade que O levou a conceder-nos tantos outros benefícios. Assim, quando falamos ao Pai através da oração que o Senhor nos ensinou, somos mais facilmente escutados. Ele previra que viria a hora em que: «os verdadeiros adoradores hão-de adorar o Pai em espírito e verdade» (Jo 4, 23) e cumpriu o que anunciara. Santificados pelo Espírito e pela verdade que vêm Dele, podemos igualmente, graças ao que nos ensinou, adorar em espírito e verdade. Uma vez que foi graças a Cristo que recebemos o Espírito que oração poderia ser mais espiritual do que aquela que Ele nos deu? Que oração pode ser mais verdadeira do que aquela que saiu da boca do Filho, que é a própria Verdade? Por isso, irmãos bem-amados, rezemo-la como o Mestre no-la ensinou. Clamar a Deus com palavras Dele é súplica que Lhe é amável e filial; é fazer-Lhe chegar aos ouvidos a oração de Cristo. Que o Pai reconheça a voz do Filho quando Lhe dirigimos o nosso pedido. Que Aquele que vive no nosso coração seja também a nossa voz. Ele é nosso advogado junto do Pai: intercede pelos nossos pecados quando nós, pecadores, lhe pedimos perdão pelas nossas faltas. Pronunciemos, então, as palavras do nosso advogado, porque é Ele quem nos diz: «Se pedirdes alguma coisa ao Pai em Meu nome, Ele vo-la dará» (Jo 16, 23).

sexta-feira, 8 de maio de 2009

LITURGIA DO DIA - 08/05

Santo do dia
Sexta-feira da 4ª semana da Páscoa
Nossa Senhora, Saúde dos Enfermos
LEITURAS

Livro dos Actos dos Apóstolos 13,26-33.
Irmãos, filhos da estirpe de Abraão, e os que de entre vós são tementes a Deus, a nós é que foi dirigida a palavra de salvação. Sem dúvida, os habitantes de Jerusalém e os seus chefes não quiseram reconhecer Jesus, mas, condenando-o, cumpriram, sem disso se aperceberem, as profecias que são lidas todos os sábados. Embora não tivessem encontrado nele motivo algum de morte, exigiram a Pilatos que o mandasse matar. Quando cumpriram tudo o que acerca dele estava escrito, desceram-no do madeiro e sepultaram-no. Mas Deus ressuscitou-o dos mortos e, durante muitos dias, apareceu aos que tinham subido com Ele da Galileia a Jerusalém, os quais são agora suas testemunhas diante do povo. E nós estamos aqui para vos anunciar a Boa-Nova de que a promessa feita a nossos pais, Deus a cumpriu em nosso benefício, para nós, seus filhos, ressuscitando Jesus, como está escrito no Salmo segundo: Tu és meu filho, Eu hoje te gerei!
Livro de Salmos 2,6-7.8-9.10-11.
"Fui Eu que consagrei o meu rei sobre o meu monte santo de Sião!"Vou anunciar o decreto do SENHOR. Ele disse me: "Tu és meu filho, Eu hoje te gerei.Pede me e Eu te darei povos como herança e os confins da terra por domínio.Hás-de governá los com ceptro de ferro e destruí-los como um vaso de barro."E agora, prestai atenção, ó reis! Deixai vos instruir, juízes da terra!Servi o SENHOR com temor, prestai lhe homenagem com tremor.
Evangelho segundo S. João 14,1-6.
Não se perturbe o vosso coração. Credes em Deus; crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se assim não fosse, como teria dito Eu que vos vou preparar um lugar? E quando Eu tiver ido e vos tiver preparado lugar, virei novamente e hei-de levar-vos para junto de mim, a fim de que, onde Eu estou, vós estejais também. E, para onde Eu vou, vós sabeis o caminho.» Disse-lhe Tomé: «Senhor, não sabemos para onde vais, como podemos nós saber o caminho?» Jesus respondeu-lhe: «Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém pode ir até ao Pai senão por mim.
Comentário ao Evangelho do dia feito por São Cirilo de Alexandria (380-444), bispo e Doutor da Igreja Comentário ao Evangelho de João, 9 ; PG 74, 182-183 (trad. Delhougne, Les Pères commentent, p. 373)

«A fim de que, onde Eu estou, vós estejais também»

«Na casa de Meu Pai há muitas moradas. Se assim não fosse, como teria dito Eu que vos vou preparar um lugar?» [...] Se as moradas do Pai não fossem numerosas, o Senhor teria dito que falava como precursor, a fim de preparar as moradas dos santos. Mas Ele sabia que já estavam preparadas muitas moradas, à espera da chegada dos amigos de Deus. Apresenta, pois, outra justificação para a Sua partida: preparar o caminho da nossa ascensão para esses lugares do céu abrindo-nos uma passagem para lá chegarmos, quando anteriormente esta rota era impraticável para nós. Porque o céu estava absolutamente encerrado para os homens, e nunca ser algum de carne tinha penetrado neste santíssimo e puríssimo domínio dos anjos. Cristo inaugurou este caminho para as alturas. Oferecendo-Se a Si mesmo a Deus Pai como primícias dos que dormem nos túmulos da terra, permitiu à carne ascender ao céu e foi o primeiro homem a aparecer aos habitantes lá do alto. Os anjos não conheciam o augusto e grandioso mistério de uma entronização celeste da carne. Foi com espanto e admiração que assistiram a esta ascensão de Cristo. Quase perplexos por tão inaudito espectáculo, exclamaram: «Quem é Esse, que vem de Edom?» (Is 63, 1), ou seja, da terra. Assim, pois, Nosso Senhor Jesus Cristo abriu-nos um caminho novo e vivo (Heb 10, 20). «Cristo não entrou num santuário feito por mão de homem, figura do verdadeiro, mas no próprio céu, para Se apresentar agora diante de Deus por nós» (Heb 9, 24).

quinta-feira, 7 de maio de 2009

LITURGIA DO DIA - 07/05

Santo do dia

Quinta-feira da 4ª semana da Páscoa
Hoje a Igreja celebra : Santa Flávia Domitila, Virgem e Mártir, séc. I, Nossa Senhora dos Desamparados
LEITURAS
Livro dos Actos dos Apóstolos 13,13-25.
De Pafos, onde embarcaram Paulo e os companheiros, dirigiram-se a Perga da Panfília. João, porém, separando-se deles, voltou para Jerusalém. Quanto àqueles, deixaram Perga e, caminhando sempre, chegaram a Antioquia da Pisídia. A um sábado, entraram na sinagoga e sentaram-se. Depois da leitura da Lei e dos Profetas, os chefes da sinagoga mandaram-lhes dizer: «Irmãos, se tiverdes alguma exortação a dirigir ao povo, falai.» Então, Paulo, levantando-se, fez sinal com a mão e disse: «Homens de Israel e vós os tementes a Deus, escutai: O Deus deste povo, o Deus de Israel, escolheu os nossos pais e engrandeceu este povo durante a sua permanência no Egipto. Depois, com a força do seu braço, retirou-o de lá e, durante uns quarenta anos, sustentou-o no deserto. A seguir, exterminando sete nações na terra de Canaã, conferiu-lhes a posse do seu território, por cerca de quatrocentos e cinquenta anos. Depois disso, deu-lhes juizes até ao profeta Samuel. Em seguida, pediram um rei, e Deus concedeu-lhes, durante quarenta anos, Saul, filho de Quis, da tribo de Benjamim. Pondo este de parte, Deus elevou David como rei, e a seu respeito deu este testemunho: ‘Encontrei David, filho de Jessé, homem segundo o meu coração, que fará todas as minhas vontades.’ Da sua descendência, segundo a sua promessa, Deus proporcionou a Israel um Salvador, que é Jesus. João preparou a sua vinda, anunciando um baptismo de penitência a todo o povo de Israel. Quase a terminar a sua carreira, João dizia: ‘Eu não sou quem julgais; mas vem, depois de mim, alguém cujas sandálias não sou digno de desatar.’
Livro de Salmos 89(88),2-3.21-22.25.27.
Hei de cantar para sempre o amor do SENHOR; a todas as gerações anunciarei a sua fidelidade.Proclamarei que o teu amor é para sempre, e que a tua fidelidade é eterna como o céu.Encontrei David, meu servo, e ungi o com óleo santo.A minha mão estará sempre com ele e o meu braço há-de torná lo forte.A minha fidelidade e o meu amor estarão com ele; pelo meu nome crescerá o seu poder.Ele me invocará, dizendo: 'Tu és meu pai, és o meu Deus e o rochedo da minha salvação!'
Evangelho segundo S. João 13,16-20.
Em verdade, em verdade vos digo, não é o servo mais do que o seu Senhor, nem o enviado mais do que aquele que o envia. Uma vez que sabeis isto, sereis felizes se o puserdes em prática. Não me refiro a todos vós. Eu bem sei quem escolhi, e há-de cumprir-se a Escritura: Aquele que come do meu pão levantou contra mim o calcanhar. Desde já vo-lo digo, antes que isso aconteça, para que, quando acontecer, acrediteis que Eu sou. Em verdade, em verdade vos digo: quem receber aquele que Eu enviar é a mim que recebe, e quem me recebe a mim, recebe aquele que me enviou.»
Comentário ao Evangelho do dia feito por Concílio Vaticano II Constituição Dogmática sobre a Revelação, «Dei Verbum», §§ 7-8

«Quem receber aquele que Eu enviar é a Mim que recebe»

Deus dispôs amorosamente que permanecesse íntegro e fosse transmitido a todas as gerações tudo quanto tinha sido revelado para salvação de todos os povos. Por isso, Cristo Senhor, em Quem se consuma toda a revelação do Deus Altíssimo (2Cor 1, 20; 3, 16-4, 6), mandou aos Apóstolos que pregassem a todos, como fonte de toda a verdade salutar e de toda a disciplina de costumes, o Evangelho prometido antes pelos Profetas e por Ele cumprido e promulgado pessoalmente, comunicando-lhes assim os dons divinos. Isto foi realizado com fidelidade, tanto pelos Apóstolos que, na sua pregação oral, exemplos e instituições transmitiram aquilo que tinham recebido dos lábios, do trato e das obras de Cristo, e o que tinham aprendido por inspiração do Espírito Santo, como por aqueles Apóstolos e varões apostólicos que, sob a inspiração do mesmo Espírito Santo, escreveram a mensagem da salvação.Porém, para que o Evangelho fosse perenemente conservado íntegro e vivo na Igreja, os Apóstolos deixaram os Bispos como seus sucessores, «entregando-lhes o seu próprio ofício de magistério» (Santo Ireneu). Portanto, esta Sagrada Tradição e a Sagrada Escritura dos dois Testamentos são como um espelho no qual a Igreja peregrina na Terra contempla a Deus, de Quem tudo recebe, até ser conduzida a vê-Lo face a face tal qual Ele é (1Jo 3, 2). [...]Esta tradição apostólica progride na Igreja sob a assistência do Espírito Santo. Com efeito, progride a percepção, tanto das coisas como das palavras transmitidas, quer mercê da contemplação e do estudo dos crentes, que as meditam no seu coração (Lc 2, 19.51), quer mercê da íntima inteligência que experimentam das coisas espirituais, quer mercê da pregação daqueles que, com a sucessão do episcopado, receberam o carisma da verdade. Isto é, a Igreja tende continuamente, no decurso dos séculos, para a plenitude da verdade divina, até que nela se realizem as palavras de Deus.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

LITURGIA DO DIA - 06/05

Santo do dia



Livro dos Actos dos Apóstolos 12,24-25.13,1-5.

Entretanto, a palavra de Deus crescia e multiplicava-se. Barnabé e Saulo, depois de terem cumprido a sua missão, regressaram de Jerusalém, levando consigo João, de sobrenome Marcos. Havia na igreja, estabelecida em Antioquia, profetas e doutores: Barnabé, Simeão, chamado ‘Níger’, Lúcio de Cirene, Manaen, companheiro de infância do tetrarca Herodes, e Saulo. Estando eles a celebrar o culto em honra do Senhor e a jejuar, disse-lhes o Espírito Santo: «Separai Barnabé e Saulo para o trabalho a que Eu os chamei.» Então, depois de terem jejuado e orado, impuseram-lhes as mãos e deixaram-nos partir. Enviados, pois, pelo Espírito Santo, Barnabé e Saulo desceram a Selêucia e ali meteram-se num barco, rumo à ilha de Chipre. Chegados que foram a Salamina, começaram a anunciar a palavra de Deus nas sinagogas dos judeus. Tinham também João como auxiliar.
Livro de Salmos 67(66),2-3.5.6.8.
Deus se compadeça de nós e nos abençoe, faça brilhar sobre nós a luz do seu rosto.Sejam conhecidos na terra os teus caminhos e entre as nações, a tua salvação!Alegrem se e exultem as nações, porque julgas os povos com justiça e governas as nações sobre a terra.Que os povos te louvem, ó Deus! Todos os povos te louvem!Que Deus nos abençoe; e o seu temor chegue aos confins da terra!
Evangelho segundo S. João 12,44-50.
Jesus levantou a voz e disse: «Quem crê em mim não é em mim que crê, mas sim naquele que me enviou; e quem me vê a mim vê aquele que me enviou. Eu vim ao mundo como luz, para que todo o que crê em mim não fique nas trevas. Se alguém ouve as minhas palavras e não as cumpre, não sou Eu que o julgo, pois não vim para condenar o mundo, mas sim para o salvar. Quem me rejeita e não aceita as minhas palavras tem quem o julgue: a palavra que Eu anunciei, essa é que o há-de julgar no último dia; porque Eu não falei por mim mesmo, mas o Pai, que me enviou, é que me encarregou do que devo dizer e anunciar. E Eu bem sei que este seu mandato traz consigo a vida eterna; por isso, as coisas que Eu anuncio, anuncio-as tal como o Pai as disse a mim.»

Comentário ao Evangelho do dia feito por Papa Bento XVI Encíclica «Spe Salvi», § 26 (trad. © copyright Libreria Editrice Vaticana)

«Não vim para condenar o mundo, mas sim para o salvar»

Não é a ciência que redime o homem. O homem é redimido pelo amor. Isto vale já no âmbito do mundo humano. Quando alguém experimenta um grande amor na sua vida, trata-se de um momento de «redenção» que lhe dá um sentido novo à vida. Mas, muito rapidamente, dar-se-á conta também de que o amor que lhe foi dado não resolve, por si só, o problema da sua vida. É um amor que permanece frágil; pode ser destruído pela morte. O ser humano necessita do amor incondicional. Precisa daquela certeza que o faz dizer: «Nem a morte nem a vida, nem os anjos nem os principados, nem o presente nem o futuro, nem as potestades, nem a altura nem o abismo, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus que está em Cristo Jesus, Senhor nosso» (Rom 8, 38-39). Se este amor absoluto existe, com absoluta certeza, então – e somente então – o homem está «redimido», independentemente do que lhe possa acontecer em dada circunstância. É o que isto significa, quando dizemos: Jesus Cristo «redimiu-nos». Através d'Ele tornamo-nos seguros de Deus – de um Deus que não constitui uma remota «causa primeira» do mundo - porque o seu Filho unigénito fez-Se homem e d'Ele pode cada um dizer: «Vivo na fé do Filho de Deus que me amou e a Si mesmo Se entregou por mim» (Gal 2, 20).

Fonte: Evangelho Quotidiano

terça-feira, 5 de maio de 2009

LITURGIA DO DIA - 05/05

Santo do dia

Terça-feira da 4ª semana da Páscoa


LEITURAS
Livro dos Actos dos Apóstolos 11,19-26.
Entretanto, os que se tinham dispersado, devido à perseguição desencadeada por causa de Estêvão, adiantaram-se até à Fenícia, Chipre e Antioquia, mas não anunciavam a palavra senão aos judeus. Houve, porém, alguns deles, homens de Chipre e Cirene que, chegando a Antioquia, falaram também aos gregos, anunciando-lhes a Boa-Nova do Senhor Jesus. A mão do Senhor estava com eles e grande foi o número dos que abraçaram a fé e se converteram ao Senhor. A notícia chegou aos ouvidos da igreja de Jerusalém, e mandaram Barnabé a Antioquia. Assim que ele chegou e viu a graça concedida por Deus, regozijou-se com isso e exortou-os a todos a que se conservassem unidos ao Senhor, de coração firme; ele era um homem bom, cheio do Espírito Santo e de fé. Assim, uma grande multidão aderiu ao Senhor. Então, Barnabé foi a Tarso procurar Saulo. Encontrou-o e levou-o para Antioquia. Durante um ano inteiro, mantiveram-se juntos nesta igreja e ensinaram muita gente. Foi em Antioquia que, pela primeira vez, os discípulos começaram a ser tratados pelo nome de «cristãos.»
Livro de Salmos 87(86),1-3.4-5.6-7.
Fundada por Ele sobre o monte santo,o SENHOR ama a cidade de Sião mais que todas as moradas de Jacob.Gloriosas coisas se dizem de ti, ó cidade de Deus.Incluirei Raab e Babilónia na lista dos que me conhecem; a Filisteia, Tiro e a Etiópia, uns e outros ali nasceram.Mas de Sião há de dizer se: "Todos lá nasceram; o próprio Altíssimo a fortaleceu."O SENHOR escreverá no registo dos povos, anotando: "Este nasceu em Sião."E eles dirão, cantando e dançando: "A minha única fonte está em ti."
Evangelho segundo S. João 10,22-30.
Em Jerusalém celebrava-se, então, a festa da Dedicação do templo. Era Inverno. Jesus passeava pelo templo, debaixo do pórtico de Salomão. Rodearam-no, então, os judeus e começaram a perguntar-lhe: «Até quando nos deixarás na incerteza? Se és o Messias, di-lo claramente.» Jesus respondeu-lhes: «Já vo-lo disse, mas não credes. As obras que Eu faço em nome de meu Pai, essas dão testemunho a meu favor; mas vós não credes, porque não sois das minhas ovelhas. As minhas ovelhas escutam a minha voz: Eu conheço-as e elas seguem-me. Dou-lhes a vida eterna, e nem elas hão-de perecer jamais, nem ninguém as arrancará da minha mão. O que o meu Pai me deu vale mais que tudo e ninguém o pode arrancar da mão do Pai. Eu e o Pai somos Um.»
Comentário ao Evangelho do dia feito por Leão XIII, Papa de 1878 a 1903 Encíclica «Divinum Illud Munus» de 9 de Maio de 1897

«Eu e o Pai somos Um»

O mistério da Santíssima Trindade é chamado pelos doutores da Igreja a substância do Novo Testamento, quer dizer o maior de todos os mistérios, a origem e o fundamento dos outros. Foi para o conhecerem e o contemplarem que os anjos foram criados no céu e os homens na terra. [...] Foi para manifestar este mistério mais claramente que o próprio Deus desceu da Sua morada com os anjos para junto dos homens. [...]O apóstolo Paulo anuncia a Trindade das pessoas e a unidade da sua natureza quando escreve: «Da parte d'Ele, por meio d'Ele e para Ele são todas as coisas. Glória a Ele pelos séculos» (Rom 11, 36). [...] Santo Agostinho escreveu, comentando esta passagem: «Estas palavras não são devidas ao acaso. «Da parte d'Ele» designa o Pai, «por meio d'Ele» designa o Filho e «para Ele» designa o Espírito Santo.» Com justeza a Igreja tem o hábito de atribuir ao Pai as obras da Divindade onde resplandece o poder, ao Filho aquelas onde resplandece a sabedoria e ao Espírito Santo aquelas onde resplandece o amor. Não que todas as perfeições e obras exteriores não sejam comuns às pessoas divinas: «as obras da Trindade são indivisíveis, como a essência da Trindade é indivisível [...]» (Sto Agostinho).Mas, por uma certa comparação, uma certa afinidade entre estas obras e as propriedades das pessoas, as obras são atribuídas ou «apropriadas» como se diz, a uma das pessoas mais do que às outras. [...] De algum modo, o Pai, que é «o princípio de toda a divindade» (Sto Agostinho), é também a causa eficiente de todas as coisas, da incarnação do Verbo, e da santificação das almas: «tudo Lhe pertence». Mas o Filho, o Verbo, a Palavra de Deus e a imagem de Deus, é também a causa-modelo, o arquétipo; d'Ele tudo o que foi criado recebe a sua forma e a sua beleza, a ordem e a harmonia. Ele é para nós «o caminho, a verdade e a vida» (Jo 14, 6), o reconciliador do homem com Deus: «tudo é por meio d'Ele». O Espírito Santo é a causa última de todas as coisas [...], a bondade divina e o amor mútuo do Pai e do Filho; pelo Seu poder mais doce, completa o amor mútuo do Pai e do Filho; pelo Seu poder mais doce, completa a obra escondida da salvação eterna do homem e leva-a à perfeição: «tudo é para Ele».

segunda-feira, 4 de maio de 2009

LITURGIA DO DIA - 04/05

Santo do dia

Segunda-feira da 4ª semana da Páscoa



LEITURAS

Livro dos Atos dos Apóstolos 11,1-18.

Os Apóstolos e os irmãos da Judeia ouviram, entretanto, dizer que também os pagãos tinham recebido a palavra de Deus. E, quando Pedro subiu a Jerusalém, os circuncisos começaram a censurá-lo, dizendo-lhe: «Tu entraste em casa de incircuncisos e comeste com eles.» Pedro expôs-lhes, então, o caso, do princípio ao fim, dizendo: «Estava eu em oração na cidade de Jope quando, em êxtase, tive uma visão: um objecto semelhante a uma grande toalha, descia do céu, preso pelas quatro pontas, e chegou até junto de mim. Fitando os olhos nele, pus-me a observar e vi os quadrúpedes da terra, os animais ferozes, os répteis e as aves do céu. Ouvi também uma voz que me dizia: ‘Vamos, Pedro, mata e come.’ Mas eu respondi: ‘De modo algum, Senhor! Nunca entrou na minha boca nada de profano ou impuro!’ A voz fez-se ouvir do Céu, pela segunda vez: ‘O que Deus purificou não o consideres tu impuro.’ Isto repetiu-se três vezes; depois, tudo foi novamente elevado ao Céu. Nesse instante, apresentaram-se três homens na casa em que estávamos, enviados de Cesareia à minha presença. O Espírito disse-me que os acompanhasse, sem hesitar. Vieram também comigo os seis irmãos, aqui presentes, e entrámos em casa do homem. Ele contou-nos que tinha visto um anjo apresentar-se em sua casa, dizendo-lhe: ‘Envia alguém a Jope e manda chamar Simão, cujo sobrenome é Pedro; ele dir-te-á palavras que te hão-de trazer a salvação, a ti e a toda a tua casa.’ Ora, quando principiei a falar, o Espírito Santo desceu sobre eles, como sobre nós, ao princípio. Recordei-me, então, da palavra do Senhor, quando Ele dizia: ‘João baptizou em água; vós, porém, sereis baptizados no Espírito Santo.’ Se Deus, portanto, lhes concedeu o mesmo dom que a nós, por terem acreditado no Senhor Jesus Cristo, quem era eu para me opor a Deus?» Estas palavras apaziguaram-nos, e eles deram glória a Deus, dizendo: «Deus também concedeu aos pagãos o arrependimento que conduz à Vida!»

Livro de Salmos 42(41),2-3.43,3.4.

Como suspira a corça pelas águas correntes, assim a minha alma suspira por ti, ó Deus.A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo! Quando poderei contemplar a face de Deus?Envia a tua luz e a tua verdade, para que elas me guiem e conduzam à tua montanha santa, à tua morada.Eu irei ao altar de Deus, ao Deus que é a alegria da minha vida. Ao som da harpa te louvarei, ó Deus, meu Deus.

Evangelho segundo S. João 10,1-10.

«Em verdade, em verdade vos digo: quem não entra pela porta no redil das ovelhas, mas sobe por outro lado, é um ladrão e salteador. Aquele que entra pela porta é o pastor das ovelhas. A esse o porteiro abre-a e as ovelhas escutam a sua voz. E ele chama as suas ovelhas uma a uma pelos seus nomes e fá-las sair. Depois de tirar todas as que são suas, vai à frente delas, e as ovelhas seguem-no, porque reconhecem a sua voz. Mas, a um estranho, jamais o seguiriam; pelo contrário, fugiriam dele, porque não reconhecem a voz dos estranhos.» Jesus propôs-lhes esta comparação, mas eles não compreenderam o que lhes dizia. Então, Jesus retomou a palavra: «Em verdade, em verdade vos digo: Eu sou a porta das ovelhas. Todos os que vieram antes de mim eram ladrões e salteadores, mas as ovelhas não lhes prestaram atenção. Eu sou a porta. Se alguém entrar por mim estará salvo; há-de entrar e sair e achará pastagem. O ladrão não vem senão para roubar, matar e destruir. Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância.
Comentário ao Evangelho do dia feito por São Tomás de Aquino (1225-1274), teólogo dominicano, Doutor da Igreja Comentário ao Evangelho de João 10, 3 (trad. cf. bréviaire)

«Se alguém entrar por Mim estará salvo.»

«Eu sou o bom pastor». É evidente que o título de pastor convém a Cristo. Porque, assim como um pastor leva o seu rebanho a pastar, assim também Cristo restaura os fiéis através do alimento espiritual, que é o Seu corpo e o Seu sangue. [...] Por outro lado, Cristo afirmou que o pastor entra pela porta e que Ele próprio é essa porta; temos de compreender, pois, que é Ele que entra, e que entra por Si mesmo. E é bem verdade: é por Si mesmo que Ele entra; manifesta-Se a Si mesmo e mostra que conhece o Pai por Si mesmo, enquanto que nós entramos por Ele e é Ele que nos dá a felicidade perfeita.Mais ninguém é a porta, porque mais ninguém é «a luz verdadeira que a todo o homem ilumina» (Jo 1, 9). [...] É por isso que nenhum homem afirma ser a porta; Cristo reservou para Si este nome, como pertencendo-Lhe com propriedade. O título de pastor, porém, comunicou-o a outros, deu-o a alguns dos Seus membros. Com efeito, também Pedro o foi (Jo 21, 15) e os outros apóstolos, e todos os bispos. «Dar-vos-ei pastores segundo o Meu coração», diz a Escritura (Jer 3, 15). [...] Nenhum pastor é bom se não estiver unido a Cristo pela caridade, tornando-se assim membro do verdadeiro pastor.Porque o serviço do Bom Pastor é a caridade. É por isso que Jesus afirma que dá a vida pelas Suas ovelhas (Jo 10, 11). [...] Cristo deu-nos o exemplo: «Ele deu a Sua vida por nós, e nós devemos dar a vida pelos nossos irmãos» (1Jo 3, 16).

domingo, 3 de maio de 2009

LITURGIA DO DIA - 03/05

Santo do dia

4º Domingo da Páscoa - Ano B



LEITURAS
Livro dos Actos dos Apóstolos 4,8-12.

Então Pedro, cheio do Espírito Santo, disse-lhes: «Chefes do povo e anciãos, já que hoje somos interrogados sobre um benefício feito a um enfermo e sobre o modo como ele foi curado, ficai sabendo todos vós e todo o povo de Israel: É em nome de Jesus Nazareno, que vós crucificastes e Deus ressuscitou dos mortos, é por Ele que este homem se apresenta curado diante de vós. Ele é a pedra que vós, os construtores, desprezastes e que se transformou em pedra angular. E não há salvação em nenhum outro, pois não há debaixo do céu qualquer outro nome, dado aos homens, que nos possa salvar.»

Livro de Salmos 118,1.8-9.21-23.26.28.29.

Louvai o SENHOR, porque Ele é bom, porque o seu amor é eterno. melhor confiar no SENHOR do que fiar-se nos homens; melhor confiar no SENHOR do que fiar-se nos poderosos. Eu te darei graças, porque me respondeste, porque foste o meu salvador. pedra que os construtores rejeitaram veio a tornar-se pedra angular. Isto foi obra do SENHOR e é um prodígio aos nossos olhos. Bendito o que vem em nome do SENHOR! Da casa do SENHOR nós vos abençoamos. Tu és o meu Deus e eu te dou graças. Sim, Tu és o meu Deus e eu te exaltarei. Louvai o SENHOR, porque Ele é bom, porque o seu amor é eterno.

1ª Carta de S. João 3,1-2.

Vede que amor tão grande o Pai nos concedeu, a ponto de nos podermos chamar filhos de Deus; e, realmente, o somos! É por isso que o mundo não nos conhece, uma vez que o não conheceu a Ele. Caríssimos, agora já somos filhos de Deus, mas não se manifestou ainda o que havemos de ser. O que sabemos é que, quando Ele se manifestar, seremos semelhantes a Ele, porque o veremos tal como Ele é.

Evangelho segundo S. João 10,11-18.

Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a sua vida pelas ovelhas. O mercenário, e o que não é pastor, a quem não pertencem as ovelhas, vê vir o lobo e abandona as ovelhas e foge e o lobo arrebata-as e espanta-as, porque é mercenário e não lhe importam as ovelhas. Eu sou o bom pastor; conheço as minhas ovelhas e as minhas ovelhas conhecem-me, assim como o Pai me conhece e Eu conheço o Pai; e ofereço a minha vida pelas ovelhas. Tenho ainda outras ovelhas que não são deste redil. Também estas Eu preciso de as trazer e hão-de ouvir a minha voz; e haverá um só rebanho e um só pastor. É por isto que meu Pai me tem amor: por Eu oferecer a minha vida, para a retomar depois. Ninguém ma tira, mas sou Eu que a ofereço livremente. Tenho poder de a oferecer e poder de a retomar. Tal é o encargo que recebi de meu Pai.»

Comentário ao Evangelho do dia feito por Santo António de Lisboa (c. 1195-1231), franciscano, Doutor da Igreja Sermões para os domingos e as festas dos santos (trad. Bayart, Eds. franciscanas 1944, p. 140)

«O bom pastor dá a sua vida pelas ovelhas»

«Eu sou o bom pastor». Cristo pode dizer com propriedade «Eu sou». Para Ele nada pertence ao passado nem ao futuro: tudo Nele é presente. É o que Ele diz de Si mesmo no Apocalipse: «Eu sou o Alfa e o Ómega, Aquele que é, que era e que há-de vir, o Todo-Poderoso» (Ap 1, 8). E no Êxodo: «Eu sou Aquele que sou. Assim dirás aos filhos de Israel: «'Eu sou' enviou-me a vós»» (Ex 3, 14).«Eu sou o bom pastor». A palavra «pastor» vem do termo «pastar». Cristo serve-nos o repasto da Sua carne e do Seu sangue, em cada dia, no sacramento do altar. Jessé, pai de David, disse a Samuel: «Resta ainda o [filho] mais novo, que anda a apascentar as ovelhas» (1Sam 16, 11). Também o nosso David, pequeno e humilde como um bom pastor, apascenta as suas ovelhas. [...] Lemos ainda em Isaías: «É como um pastor que apascenta o rebanho [...], leva os cordeiros ao colo e faz repousar as ovelhas que têm crias» (Is 40, 11). [...] Com efeito, ao conduzir o seu rebanho à pastagem, ou ao regressar de lá, o bom pastor reúne todos os cordeirinhos que ainda não conseguem andar; toma-os nos braços e leva-os junto ao peito; leva também as ovelhas que vão dar à luz e as que acabaram de ter os filhos. Assim faz Jesus Cristo: dia após dia alimenta-nos com os ensinamentos do Evangelho e os sacramentos da Igreja. Reúne-nos nos Seus braços, estendidos sobre a cruz, «para congregar na unidade os filhos de Deus que estavam dispersos» (Jo 11, 52). Aconchega-nos no seio da Sua misericórdia, como uma mãe aconchega o seu filho.