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sábado, 1 de agosto de 2009

LITURGIA DO DIA - 01/08

Santo do dia

LEITURAS

Livro de Levítico 25,1.8-17.
O Senhor falou a Moisés, no monte Sinai, nestes termos: «Contarás sete semanas de anos, isto é, sete vezes sete anos; de forma que a duração de estas sete semanas de anos corresponderá a quarenta e nove anos. Depois, farás ressoar fortemente a trombeta, no décimo dia do sétimo mês. No dia do grande Perdão, fareis ressoar o som da trombeta através de toda a vossa terra. Santificareis o quinquagésimo ano, proclamando na vossa terra a liberdade de todos os que a habitam. Este ano será para vós um Jubileu; cada um de vós voltará à sua propriedade, e à sua família. O quinquagésimo ano é o ano do Jubileu: não semeareis, não colhereis do que cresce espontaneamente, nem vindimareis as vinhas que não foram podadas. Porque é o Jubileu, deve ser uma coisa santa para vós e comereis o produto dos campos. Neste Jubileu, cada um de vós recobrará a sua propriedade. Quando fizeres uma venda ao teu próximo, ou se comprares alguma coisa, não vos prejudiqueis um ao outro. Farás essa compra ao próximo, tendo em conta os anos decorridos depois do Jubileu, e ele fará essa venda tendo em conta os anos das colheitas. Conforme os anos forem mais ou menos numerosos, assim tu pagarás mais ou menos pelo que adquirires, porque é um número de colheitas que ele te vende. Não vos prejudiqueis uns aos outros. Teme o teu Deus, porque Eu sou o Senhor, vosso Deus.»
Livro de Salmos 67(66),2-3.5.7-8.
Deus se compadeça de nós e nos abençoe, faça brilhar sobre nós a luz do seu rosto.Sejam conhecidos na terra os teus caminhos e entre as nações, a tua salvação!Alegrem se e exultem as nações, porque julgas os povos com justiça e governas as nações sobre a terra.O campo dá os seus frutos. Deus, o nosso Deus, nos abençoa.Que Deus nos abençoe; e o seu temor chegue aos confins da terra!
Evangelho segundo S. Mateus 14,1-12.
Por aquele tempo, a fama de Jesus chegou aos ouvidos de Herodes, o tetrarca, e ele disse aos seus cortesãos: «Esse homem é João Baptista! Ressuscitou dos mortos e, por isso, se manifestam nele tais poderes miraculosos.» De facto, Herodes tinha prendido João, algemara-o e metera-o na prisão, por causa de Herodíade, mulher de seu irmão Filipe. Porque João dizia-lhe: «Não te é lícito possuí-la.» Quisera mesmo dar-lhe a morte, mas teve medo do povo, que o considerava um profeta. Ora, quando Herodes festejou o seu aniversário, a filha de Herodíade dançou perante os convidados e agradou a Herodes, pelo que ele se comprometeu, sob juramento, a dar lhe o que ela lhe pedisse. Induzida pela mãe, respondeu: «Dá-me, aqui num prato, a cabeça de João Baptista.» O rei ficou triste, mas, devido ao juramento e aos convidados, ordenou que lha trouxessem e mandou decapitar João Baptista na prisão. Trouxeram, num prato, a cabeça de João e deram-na à jovem, que a levou à sua mãe. Os discípulos de João vieram buscar o corpo e sepultaram-no; depois, foram dar a notícia a Jesus.

Comentário ao Evangelho do dia feito por Diádoco de Foticeia (c. 400-?), bispo Sobre a Perfeição Espiritual, 12 (a partir da tradução de Solesmes, Leccionário II, p. 149 rev.)

«Quem se despreza a si mesmo, neste mundo assegura para si a vida eterna» (Jo 12, 25)

Quem ama a sua própria vida (Jo 12, 25) não pode amar a Deus, mas quem não se apega a si mesmo por causa das riquezas transbordantes do amor divino, esse ama a Deus. Uma pessoa assim jamais procura a própria glória, mas a de Deus, porque quem ama a própria vida procura a própria glória. Aquele que se dedica a Deus ama a glória do Criador. Na verdade, é próprio de uma alma sensível ao amor de Deus procurar constantemente a Sua glória, cumprindo os mandamentos, e alegrando-se com a sua própria depreciação. Porque a glória convém a Deus devido à Sua grandeza, e a humildade convém ao homem porque o torna da família de Deus. Se formos humildes seremos alegres e, à semelhança de São João Baptista, passaremos a repetir sem cessar: «Ele é que deve crescer, e eu diminuir» (Jo 3, 30).

Fonte: Evangelho Quotidiano

sexta-feira, 31 de julho de 2009

LITURGIA DO DIA - 31/07

Santo do dia
Sexta-feira da 17ª semana do Tempo Comum
LEITURAS
Livro de Levítico 23,1.4-11.15-16.27.34-37.
O Senhor falou assim a Moisés, dizendo: Eis aqui as festas do Senhor, as assembleias sagradas que proclamareis na devida data. No décimo quarto dia do primeiro mês, ao crepúsculo, é a Páscoa do Senhor. E no décimo quinto dia desse mês, terá lugar a festa do Pão Ázimo em honra do Senhor; durante sete dias comereis pão sem fermento. No primeiro dia, fareis uma assembleia sagrada. Não fareis nenhum trabalho servil. Oferecereis ao Senhor uma oferta queimada em cada um dos sete dias. No sétimo dia, haverá uma assembleia sagrada. Não fareis nenhum trabalho servil.’» O Senhor falou assim a Moisés: «Fala aos filhos de Israel e diz-lhes: ‘Quando chegardes à terra que vos concedo, e procederdes à ceifa, levareis ao sacerdote o primeiro molho da vossa colheita, e ele fará o ritual de apresentação diante do Senhor, para que vos seja aceite; o sacerdote fará essa apresentação no dia seguinte ao sábado. «Depois, contareis sete semanas completas, a partir do dia seguinte ao do sábado, isto é, do dia em que tiverdes feito o rito da apresentação do molho de espigas. Contareis até ao dia seguinte da sétima semana, isto é, cinquenta dias, e oferecereis ao Senhor uma nova oblação. «No décimo dia deste sétimo mês, que é o dia do perdão, fareis uma assembleia sagrada; fareis penitência, e apresentareis uma oferta queimada em honra do Senhor. «Fala assim aos filhos de Israel: ‘No décimo quinto dia deste sétimo mês, celebrar-se-á a festa das Tendas, em honra do Senhor, durante sete dias. No primeiro dia haverá uma assembleia sagrada, não fareis nenhum trabalho servil. Em cada um dos sete dias, apresentareis uma oferta queimada ao Senhor. No oitavo dia, fareis ainda uma assembleia sagrada e apresentareis uma oferta queimada ao Senhor: é uma reunião festiva e não fareis nenhum trabalho servil.’» «São estas as festas em honra do Senhor, em que deveis convocar assembleias sagradas, apresentando uma oferta queimada ao Senhor, um holocausto e uma oblação, sacrifícios e libações, segundo o ritual de cada dia.
Livro de Salmos 81(80),3-4.5-6.10-11.
Cantai ao som do tamborim, da cítara harmoniosa e da lira.Tocai a trombeta na festa da Lua-nova e na Lua-cheia, dia da nossa festa.Isto é um preceito para Israel, uma ordem do Deus de Jacob.Lei que Ele deu a José, quando saiu da terra do Egipto. Ouço uma língua desconhecida, que diz:'Não terás contigo um deus estrangeiro, nem te prostrarás diante de um deus estranho.Eu sou o SENHOR, teu Deus, que te tirou da terra do Egipto. Abre a tua boca e Eu enchê-la-ei.'
Evangelho segundo S. Mateus 13,54-58.
Tendo chegado à sua terra, ensinava os habitantes na sinagoga deles, de modo que todos se enchiam de assombro e diziam: «De onde lhe vem esta sabedoria e o poder de fazer milagres? Não é Ele o filho do carpinteiro? Não se chama sua mãe Maria, e seus irmãos Tiago, José, Simão e Judas? Suas irmãs não estão todas entre nós? De onde lhe vem, pois, tudo isto?» E estavam escandalizados por causa dele. Mas Jesus disse-lhes: «Um profeta só é desprezado na sua pátria e em sua casa.» E não fez ali muitos milagres, por causa da falta de fé daquela gente.

Comentário ao Evangelho do dia feito por Papa Bento XVI Encíclica «Spe Salvi», nº 47 (trad. © copyright Libreria Editrice Vaticana)

«Por causa da falta de fé daquela gente»

Alguns teólogos recentes são de parecer de que o fogo que simultaneamente queima e salva é o próprio Cristo, Juiz e Salvador. O encontro com Ele é o acto decisivo do Juízo. Ante o Seu olhar, funde-se toda a falsidade. É o encontro com Ele que, queimando-nos, nos transforma e liberta para nos tornar verdadeiramente nós mesmos. As coisas edificadas durante a vida podem então revelar-se palha seca, pura superficialidade, e desmoronar-se. Porém, na dor deste encontro, em que se torna evidente tudo o que é impuro e nocivo no nosso ser, está a salvação. O Seu olhar, o toque do Seu coração cura-nos, através de uma transformação, que é certamente dolorosa, «como pelo fogo». Contudo, é uma dor feliz, em que o poder santo do Seu amor nos penetra como chama, consentindo-nos no final sermos totalmente nós mesmos e, por isso mesmo totalmente de Deus. Deste modo, torna-se evidente também a compenetração entre justiça e graça: o nosso modo de viver é relevante, mas a nossa sujidade não nos mancha para sempre, se continuarmos inclinados para Cristo, para a verdade e para o amor. No fim de contas, esta sujidade já foi queimada na Paixão de Cristo. No momento do Juízo, experimentamos e acolhemos esta prevalência do Seu amor sobre todo o mal, no mundo e em nós. A dor do amor torna-se a nossa salvação e a nossa alegria.
Fonte: Evangelho Quotidiano

quinta-feira, 30 de julho de 2009

LITURGIA DO DIA - 30/07

Santo do dia

Quinta-feira da 17ª semana do Tempo Comum

LEITURAS
Livro de Êxodo 40,16-21.34-38.
Moisés obedeceu; fez tudo quanto o Senhor lhe ordenara. No primeiro dia do primeiro mês do segundo ano, foi erigido o santuário. Moisés erigiu o santuário: assentou as bases, as pranchas, as travessas e ergueu as colunas; estendeu a tenda sobre o santuário e, por cima, a cobertura da tenda, como o Senhor lhe tinha ordenado. Tomou o testemunho e depositou-o na Arca; meteu os varais na Arca, sobre a qual colocou o propiciatório. Transportou a Arca para o santuário, fixando o véu de protecção, para vedar o acesso à Arca do testemunho, como o Senhor lhe tinha ordenado. Então, a nuvem cobriu a tenda da reunião, e a majestade do Senhor encheu o santuário. Moisés já não pôde entrar na tenda da reunião, porque a nuvem pairava sobre ela, e a glória do Senhor enchia o santuário. Quando a nuvem se retirava de cima do santuário, os filhos de Israel partiam de viagem, e quando a nuvem não se retirava, não partiam, até ao instante em que ela se elevava. Porque uma nuvem do Senhor cobria o santuário durante o dia, e um fogo brilhava ali durante a noite, aos olhos de toda a casa de Israel, em todas as suas caminhadas.
Livro de Salmos 84,3.4.5-6.8.11.
A minha alma suspira e tem saudades dos átrios do SENHOR; o meu coração e a minha carne cantam de alegria ao Deus vivo!Até os pássaros encontram abrigo e as andorinhas um ninho, para os seus filhos, junto dos teus altares, SENHOR do universo, meu rei e meu Deus.Felizes os que habitam na tua casa e te louvam sem cessar.Felizes os que em ti encontram a sua força, e os que desejam peregrinar até ao monte Sião.Eles avançam com entusiasmo crescente, até se apresentarem em Sião diante de Deus.Um dia em teus átrios vale por mil; antes quero ficar no limiar da casa do meu Deus, do que habitar nas tendas dos maus.
Evangelho segundo S. Mateus 13,47-53.
«O Reino do Céu é ainda semelhante a uma rede que, lançada ao mar, apanha toda a espécie de peixes. Logo que ela se enche, os pescadores puxam-na para a praia, sentam-se e escolhem os bons para as canastras, e os ruins, deitam-nos fora. Assim será no fim do mundo: sairão os anjos e separarão os maus do meio dos justos, para os lançarem na fornalha ardente: ali haverá choro e ranger de dentes.» «Compreendestes tudo isto?» «Sim» responderam eles. Jesus disse-lhes, então: «Por isso, todo o doutor da Lei instruído acerca do Reino do Céu é semelhante a um pai de família, que tira coisas novas e velhas do seu tesouro.» Depois de terminar estas parábolas, Jesus partiu dali.
Comentário ao Evangelho do dia feito por Papa Bento XVI Encíclica «Spe Salvi», nos. 45-46 (trad. © copyright Libreria Editrice Vaticana)

«Puxam-na para a praia»

Com a morte, a opção de vida feita pelo homem torna-se definitiva; a sua vida está diante do Juiz. A sua opção, que tomou forma ao longo de toda a vida, pode ter características diversas. Pode haver pessoas que destruíram totalmente em si próprias o desejo da verdade e a disponibilidade para o amor; pessoas nas quais tudo se tornou mentira; pessoas que viveram para o ódio e espezinharam o amor em si mesmas. Trata-se de uma perspectiva terrível, mas algumas figuras da nossa história deixam entrever, de forma assustadora, perfis deste género. Em tais indivíduos, não haverá nada de remediável e a destruição do bem parece ser irrevogável: é já isto que se indica com a palavra «inferno».Por outro lado, podem existir pessoas puríssimas, que se deixaram penetrar inteiramente por Deus e, consequentemente, estão totalmente abertas ao próximo – pessoas em quem a comunhão com Deus orienta desde já todo o seu ser e cuja chegada a Deus apenas leva a cumprimento aquilo que já são.Mas, segundo a nossa experiência, nem um nem outro são o caso normal da existência humana. Na maioria dos homens – como podemos supor – perdura, no mais profundo da sua essência, uma derradeira abertura interior para a verdade, para o amor, para Deus. Nas opções concretas da vida, porém, aquela é sepultada sob repetidos compromissos com o mal. [...] O que acontece a tais indivíduos quando comparecem diante do Juiz? [...] Na Primeira Carta aos Coríntios, São Paulo dá-nos uma ideia da distinta repercussão do juízo de Deus sobre o homem, conforme as suas condições: «Se alguém edifica sobre este fundamento com ouro, prata, pedras preciosas, madeiras, feno ou palha, a obra de cada um ficará patente, pois o dia do Senhor a fará conhecer. Pelo fogo será revelada, e o fogo provará o que vale a obra de cada um. Se a obra construída subsistir, o construtor receberá a paga. Se a obra de alguém se queimar, sofrerá a perda. Ele, porém, será salvo, como que através do fogo» (3, 12-15).
Fonte: Evangelho Quotidiano

quarta-feira, 29 de julho de 2009

LITURGIA DO DIA - 29/07

Santo do dia
S. Marta – Memória

Hoje a Igreja celebra : Santa Marta, amiga de Jesus, Santos Maria e Lázaro, hospedeiros do Senhor

LEITURAS
1ª Carta de S. João 4,7-16.
Caríssimos, amemo-nos uns aos outros, porque o amor vem de Deus, e todo aquele que ama nasceu de Deus e chega ao conhecimento de Deus. Aquele que não ama não chegou a conhecer a Deus, pois Deus é amor. E o amor de Deus manifestou-se desta forma no meio de nós: Deus enviou ao mundo o seu Filho Unigénito, para que, por Ele, tenhamos a vida. É nisto que está o amor: não fomos nós que amámos a Deus, mas foi Ele mesmo que nos amou e enviou o seu Filho como vítima de expiação pelos nossos pecados. Caríssimos, se Deus nos amou assim, também nós devemos amar-nos uns aos outros. A Deus nunca ninguém o viu; se nos amarmos uns aos outros, Deus permanece em nós e o seu amor chegou à perfeição em nós. Damos conta de que permanecemos nele, e Ele em nós, por nos ter feito participar do seu Espírito. Nós o contemplámos e damos testemunho de que o Pai enviou o seu Filho como Salvador do mundo. Quem confessar que Jesus Cristo é o Filho de Deus, Deus permanece nele e ele em Deus. Nós conhecemos o amor que Deus nos tem, pois cremos nele. Deus é amor, e quem permanece no amor permanece em Deus, e Deus nele.
Livro de Salmos 33(32),2-11.
Louvai o SENHOR com a cítara; cantai lhe salmos com a harpa de dez cordas.Cantai lhe um cântico novo, tocai com arte por entre aclamações.As palavras do SENHOR são verdadeiras, as suas obras nascem da fidelidade.Ele ama a rectidão e a justiça; a terra está cheia da sua bondade.A palavra do SENHOR criou os céus, e o sopro da sua boca, todos os astros.Ele juntou as águas do mar como numa represa e guardou as torrentes do Abismo nos seus depósitos.A terra inteira tema o SENHOR, tremam diante dele os habitantes do mundo.Porque Ele disse e tudo foi feito, Ele ordenou e tudo foi criado.O SENHOR desfez os planos das nações, frustrou os projectos dos povos.Só o plano do SENHOR permanece para sempre, e os desígnios do seu coração, por todas as idades.
Evangelho segundo S. João 11,19-27.
E muitos judeus tinham ido visitar Marta e Maria para lhes darem os pêsames pelo seu irmão. Logo que Marta ouviu dizer que Jesus estava a chegar, saiu a recebê-lo, enquanto Maria ficou sentada em casa. Marta disse, então, a Jesus: «Senhor, se Tu cá estivesses, o meu irmão não teria morrido. Mas, ainda agora, eu sei que tudo o que pedires a Deus, Ele to concederá.» Disse-lhe Jesus: «Teu irmão ressuscitará.» Marta respondeu-lhe: «Eu sei que ele há-de ressuscitar na ressurreição do último dia.» Disse-lhe Jesus: «Eu sou a Ressurreição e a Vida. Quem crê em mim, mesmo que tenha morrido, viverá. E todo aquele que vive e crê em mim não morrerá para sempre. Crês nisto?» Ela respondeu-lhe: «Sim, ó Senhor; eu creio que Tu és o Cristo, o Filho de Deus que havia de vir ao mundo.»
Comentário ao Evangelho do dia feito por São Francisco de Sales (1567-1622), Bispo de Genebra e Doutor da Igreja Introdução à vida devota, III, 19

«Jesus era muito amigo de Marta, da sua irmã e de Lázaro» (Jo 11, 5)

Amai toda a gente com grande amor de caridade, mas reservai a vossa amizade profunda para os que podem partilhar convosco as coisas boas. [...] Se partilham no domínio dos conhecimentos, a vossa amizade é certamente louvável; mais ainda se comungam da prudência, da discrição, da força e da justiça. Mas, se a vossa relação é fundada na caridade, na devoção e na perfeição cristã, ó Deus, a vossa amizade é preciosa! É admirável porque vem de Deus, admirável porque tende para Deus, admirável porque o seu laço, é Deus, porque é eterna em Deus. Como é bom amar na terra como se ama no céu, aprendei a amar neste mundo como o faremos para sempre no outro!Não falo aqui do amor simples da caridade, porque esse deve ser levado a todos os homens; falo da amizade espiritual, pela qual dois, três ou vários comungam na vida espiritual e têm um só coração e uma só alma (cf. Act 4, 32). É verdadeiramente justo que tais almas cantem felizes: «Vede como é bom e agradável que os irmãos vivam unidos!» (Sl 132, 1). [...] Parece-me que todas as outras amizades não são mais do que a sombra desta. [...] É fundamental que os cristãos que vivem no mundo se ajudem uns aos outros através de santas amizades; por este meio incentivam-se, apoiam-se, conduzem-se mutuamente para o bem. [...] Ninguém pode negar que Nosso Senhor amou com uma amizade mais doce e muito especial São João, Lázaro, Marta e Madalena, pois o Evangelho o testemunha.
Fonte: Evangelho Quotidiano

terça-feira, 28 de julho de 2009

LITURGIA DO DIA - 28/07

Santo do dia

Terça-feira da 17ª semana do Tempo Comum


LEITURAS

Livro de Êxodo 33,7-11.34,5-9.28.

Moisés pegou na tenda e foi colocá-la a certa distância do acampamento. Deu-lhe o nome de tenda da reunião. E todos aqueles que desejavam consultar o Senhor iam à tenda da reunião, fora do acampamento. Quando Moisés se dirigia para a tenda, todo o povo se levantava, permanecendo cada um à entrada da própria tenda, para o seguir com os olhos, até Moisés entrar na tenda. Logo que Moisés entrava na tenda, a coluna de nuvem descia e mantinha-se à entrada, e o Senhor falava com Moisés. E, ao ver a coluna de nuvem que permanecia à entrada da tenda, todo o povo se levantava e se prostrava, cada um à entrada da sua tenda. O Senhor falava com Moisés, frente a frente, como um homem fala com o seu amigo. Moisés voltava, em seguida, para o acampamento; mas Josué, filho de Nun, o seu servidor, homem ainda novo, não se afastava do interior da tenda. O Senhor desceu na nuvem e, passando junto dele, pronunciou o nome do Senhor. O Senhor passou em frente dele e exclamou: «Senhor! Senhor! Deus misericordioso e clemente, vagaroso na ira, cheio de bondade e de fidelidade, que mantém a sua graça até à milésima geração, que perdoa a iniquidade, a rebeldia e o pecado, mas não declara inocente o culpado e pune o crime dos pais nos filhos, e nos filhos dos seus filhos até à terceira e à quarta geração.» Moisés curvou-se imediatamente até ao chão e prostrou-se em adoração, dizendo: «Se, entretanto, alcancei graça aos teus olhos, ó Senhor, vem, por favor, caminhar no meio de nós, pois este é um povo de cerviz dura. Mas perdoa-nos as nossas iniquidades e os nossos pecados e aceita-nos como propriedade tua.» Moisés permaneceu junto do Senhor quarenta dias e quarenta noites, sem comer pão nem beber água. E escreveu nas tábuas as palavras da aliança, os dez mandamentos.
Livro de Salmos 103(102),6-7.8-9.10-11.12-13.
SENHOR defende, com justiça, o direito de todos os oprimidos. Revelou os seus caminhos a Moisés e as suas maravilhas aos filhos de Israel. SENHOR é misericordioso e compassivo, é paciente e cheio de amor. Não está sempre a repreender-nos, nem a sua ira dura para sempre. Não nos tratou segundo os nossos pecados, nem nos castigou segundo as nossas culpas. Como é grande a distância dos céus à terra, assim são grandes os seus favores para os que o temem. Como o Oriente está afastado do Ocidente, assim Ele afasta de nós os nossos pecados. Como um pai se compadece dos filhos, assim o SENHOR se compadece dos que o temem.
Evangelho segundo S. Mateus 13,36-43.
Afastando-se, então, das multidões, Jesus foi para casa. E os seus discípulos, aproximando-se dele, disseram-lhe: «Explica-nos a parábola do joio no campo.» Ele, respondendo, disse-lhes: «Aquele que semeia a boa semente é o Filho do Homem; o campo é o mundo; a boa semente são os filhos do Reino; o joio são os filhos do maligno; o inimigo que a semeou é o diabo; a ceifa é o fim do mundo e os ceifeiros são os anjos. Assim, pois, como o joio é colhido e queimado no fogo, assim será no fim do mundo: o Filho do Homem enviará os seus anjos, que hão-de tirar do seu Reino todos os escandalosos e todos quantos praticam a iniquidade, e lançá-los na fornalha ardente; ali haverá choro e ranger de dentes. Então os justos resplandecerão como o Sol, no Reino de seu Pai. Aquele que tem ouvidos, oiça!»

Comentário ao Evangelho do dia feito por Catecismo da Igreja Católica §§ 823 – 827

Creio na Igreja una, santa, católica e apostólica

A Igreja é Santa, aos olhos da fé, indefectivelmente santa. Com efeito, Cristo, Filho de Deus, que é proclamado «o único Santo», com o Pai e o Espírito, amou a Igreja como sua esposa, entregou-Se por ela para a santificar, uniu-a a Si como seu Corpo e cumulou-a com o dom do Espírito Santo para glória de Deus». A Igreja é, pois, «o povo santo de Deus», e os seus membros são chamados «santos» (1Cor 6, 1). [...] A Igreja, unida a Cristo, é santificada por Ele. Por Ele e n'Ele toma-se também santificante. [...] É nela que «nós adquirimos a santidade pela graça de Deus». [...] Nos seus membros, a santidade perfeita é ainda algo a adquirir. [...]«Enquanto que Cristo, santo e inocente, sem mancha, não conheceu o pecado, mas veio somente expiar os pecados do povo, a Igreja, que no seu próprio seio encerra pecadores, é simultaneamente santa e chamada a purificar-se, prosseguindo constantemente no seu esforço de penitência e renovação» (LG 42) Todos os membros da Igreja, inclusive os seus ministros, devem reconhecer-se pecadores. Em todos eles, o joio do pecado encontra-se ainda misturado com a boa semente do Evangelho até ao fim dos temposA Igreja reúne, pois, em si, pecadores abrangidos pela salvação de Cristo, mas ainda a caminho da santificação. A Igreja «é santa, não obstante compreender no seu seio pecadores, porque ela não possui em si outra vida senão a da graça: é vivendo da sua vida que os seus membros se santificam; e é subtraindo-se à sua vida que eles caem em pecado e nas desordens que impedem a irradiação da sua santidade. É por isso que ela sofre e faz penitência por estas faltas, tendo o poder de curar delas os seus filhos, pelo Sangue de Cristo e pelo dom do Espírito Santo.
Fonte: Evangelho Quotidiano

segunda-feira, 27 de julho de 2009

LITURGIA DO DIA - 27/07

Santo do dia

Segunda-feira da 17ª semana do Tempo Comum

Hoje a Igreja celebra : Santa Natália e companheiros, mártires, +852, S. Pantaleão, mártir, séc. III

LEITURAS

Livro de Êxodo 32,15-24.30-34.

Moisés desceu do monte, trazendo nas mãos as duas tábuas do testemunho, escritas nos dois lados, numa e noutra face. As tábuas eram obra de Deus e o que estava gravado nas tábuas fora escrito por Deus. Ao ouvir o barulho que o povo fazia, gritando, Josué disse a Moisés: «Há no acampamento alaridos de batalha.» Moisés respondeu: «Não são nem gritos de vitória, nem gritos de derrota. O que oiço são vozes de gente a cantar.» Ao chegar junto do acampamento, viu o bezerro e as danças. Acendeu-se a sua cólera, atirou com as tábuas e partiu-as ao pé do monte. Depois, agarrando no bezerro que tinham feito, queimou-o e reduziu-o a pó fino que espalhou na água. E deu-a a beber aos filhos de Israel. Moisés disse a Aarão: «Que te fez este povo para o deixares cometer um tão grande pecado?» Aarão respondeu: «Que o meu senhor não se irrite. Tu próprio sabes como este povo é inclinado para o mal. Disseram-me: ‘Faz-nos um deus que caminhe à nossa frente, pois a Moisés, esse homem que nos fez sair do Egipto, não sabemos o que lhe terá acontecido.’ Eu disse- -lhes: ‘Quem tem ouro?’ Despojaram-se dele e entregaram-mo; lancei-o ao fogo e saiu este bezerro.» No dia seguinte, Moisés disse ao povo: «Cometestes um enorme pecado. No entanto, vou subir para junto do Senhor. Talvez alcance o perdão para o vosso pecado.» Moisés voltou para junto do Senhor e disse: «Ah, este povo cometeu um grande pecado. Fizeram para si um deus de ouro. Apesar disso, perdoa-lhes este pecado, ou então apaga-me do livro que escreveste.» O Senhor disse a Moisés: «Apagarei do meu livro aquele que pecou contra mim. Vai agora, e conduz o povo para onde te disser. O meu anjo caminhará diante de ti. Mas no dia da prestação de contas, puni-los-ei pelo seu pecado.»

Livro de Salmos 106(105),19-20.21-22.23.

Fizeram um bezerro de ouro no Horeb e adoraram um ídolo de metal fundido. Trocaram assim o seu Deus glorioso pela figura de um animal que come feno. Esqueceram a Deus, que os salvara, que realizara prodígios no Egipto, maravilhas do país de Cam, feitos gloriosos no Mar dos Juncos. Deus decidiu aniquilá-los. Moisés, porém, seu escolhido, intercedeu junto dele, para acalmar a sua ira destruidora.

Evangelho segundo S. Mateus 13,31-35.

Jesus propôs-lhes outra parábola: «O Reino do Céu é semelhante a um grão de mostarda que um homem tomou e semeou no seu campo. É a mais pequena de todas as sementes; mas, depois de crescer, torna-se a maior planta do horto e transforma-se numa árvore, a ponto de virem as aves do céu abrigar-se nos seus ramos.» Jesus disse-lhes outra parábola: «O Reino do Céu é semelhante ao fermento que uma mulher toma e mistura em três medidas de farinha, até que tudo fique fermentado.» Tudo isto disse Jesus, em parábolas, à multidão, e nada lhes dizia sem ser em parábolas. Deste modo cumpria-se o que fora anunciado pelo profeta: Abrirei a minha boca em parábolas e proclamarei coisas ocultas desde a criação do mundo.

Comentário ao Evangelho do dia feito por São Macário (?-405), monge no Egipto Homilia n° 24 (a partir da trad. Bellefontaine 1984, coll. Spi. Or. N° 40, p. 239 rev.)

«Até que tudo fique fermentado»

Desde a transgressão de Adão, os pensamentos da alma dispersaram-se, afastando-se do amor de Deus, na direcção do mundo presente, e misturaram-se com pensamentos materiais e terrestres. Porque Adão, com a sua transgressão, recebeu em si o fermento das más tendências, e assim, por participação, também todos os que dele nasceram e toda a raça de Adão recebeu uma parte desse fermento. Seguidamente, as disposições más cresceram e desenvolveram-se entre os homens, a ponto de eles fazerem todo o tipo de desordens. Finalmente, o fermento da malícia penetrou em toda a humanidade [...].De maneira análoga, durante a sua estada na terra, o Senhor quis voluntariamente sofrer por todos os homens: resgatá-los com o Seu próprio sangue, introduzir o fermento celeste da Sua bondade nas almas crentes humilhadas pelo jugo do pecado. Quis completar nelas a justiça dos preceitos e todas as virtudes, de maneira a que, ao penetrar nelas este fermento, fiquem unidas no bem e formem com o Senhor «um só Espírito», segundo as palavras de Paulo (1Co 6, 17). A alma que for totalmente penetrada pelo fermento do Espírito Santo nem poderá já ter a ideia do mal e da malícia, como está escrito: «O amor não se irrita nem guarda ressentimento» (1Co 13, 5). Sem este fermento celeste, ou, por outras palavras, sem a força do Espírito Santo, a alma não poderá ser amassada pela doçura do Senhor nem alcançar a verdadeira vida.

Fonte: Evangelho Quotidiano

domingo, 26 de julho de 2009

LITURGIA DO DIA - 26/07

Santo do dia
17º Domingo do Tempo Comum - Ano B
LEITURAS
Livro de 2º Reis 4,42-44.
Veio um homem de Baal-Salisa, que trazia ao homem de Deus, como oferta de primícias, vinte pães de cevada e trigo novo, no seu saco. Disse Eliseu: «Dá-os a esses homens para que comam.» O seu servo respondeu: «Como poderei dar de comer a cem pessoas com isto?» Insistiu Eliseu: «Dá-os a esses homens para que comam. Pois isto diz o Senhor: ‘Comerão e ainda sobrará.’» Ele colocou os pães diante deles. Todos comeram e ainda sobejou, como o Senhor tinha dito.
Livro de Salmos 145(144),10-11.15-16.17-18.
Louvem-te, SENHOR, todas as tuas criaturas; todos os teus fiéis te bendigam. Dêem a conhecer a glória do teu reino e anunciem os teus feitos poderosos, Todos têm os olhos postos em ti, e, a seu tempo, Tu lhes dás o alimento. Abres com largueza a tua mão e sacias os desejos de todos os viventes. SENHOR é justo em todos os seus caminhos e misericordioso em todas as suas obras. SENHOR está perto de todos os que o invocam, dos que o invocam sinceramente.
Carta aos Efésios 4,1-6.
Eu, o prisioneiro no Senhor, exorto-vos, pois, a que procedais de um modo digno do chamamento que recebestes; com toda a humildade e mansidão, com paciência: suportando-vos uns aos outros no amor, esforçando-vos por manter a unidade do Espírito, mediante o vínculo da paz. Há um só Corpo e um só Espírito, assim como a vossa vocação vos chamou a uma só esperança; um só Senhor, uma só fé, um só baptismo; um só Deus e Pai de todos, que reina sobre todos, age por todos e permanece em todos.
Evangelho segundo S. João 6,1-15.
Depois disto, Jesus foi para a outra margem do lago da Galileia, ou de Tiberíades. Seguia-o uma grande multidão, porque presenciavam os sinais miraculosos que realizava em favor dos doentes. Jesus subiu ao monte e sentou-se ali com os seus discípulos. Estava a aproximar-se a Páscoa, a festa dos judeus. Erguendo o olhar e reparando que uma grande multidão viera ter com Ele, Jesus disse então a Filipe: «Onde havemos de comprar pão para esta gente comer?» Dizia isto para o pôr à prova, pois Ele bem sabia o que ia fazer. Filipe respondeu-lhe: «Duzentos denários de pão não chegam para cada um comer um bocadinho.» Disse-lhe um dos seus discípulos, André, irmão de Simão Pedro: «Há aqui um rapazito que tem cinco pães de cevada e dois peixes. Mas que é isso para tanta gente?» Jesus disse: «Fazei sentar as pessoas.» Ora, havia muita erva no local. Os homens sentaram-se, pois, em número de uns cinco mil. Então, Jesus tomou os pães e, tendo dado graças, distribuiu-os pelos que estavam sentados, tal como os peixes, e eles comeram quanto quiseram. Quando se saciaram, disse aos seus discípulos: «Recolhei os pedaços que sobraram, para que nada se perca». Recolheram-nos, então, e encheram doze cestos de pedaços dos cinco pães de cevada que sobejaram aos que tinham estado a comer. Aquela gente, ao ver o sinal milagroso que Jesus tinha feito, dizia: «Este é realmente o Profeta que devia vir ao mundo!» Por isso, Jesus, sabendo que viriam arrebatá-lo para o fazerem rei, retirou-se de novo, sozinho, para o monte.
Comentário ao Evangelho do dia feito por Santo Hilário (c. 315-367), Bispo de Poitiers e Doutor da Igreja Comentário ao Evangelho de S. Mateus, 14, 11; PL 9, 999 (a partir da trad. Matthieu commenté, DDB 1985, p. 98 rev.; cf SC 258, p. 23)

«Este é na verdade o Profeta que devia vir ao mundo!»

Os discípulos dizem que têm apenas cinco pães e dois peixes. Os cinco pães significavam que estavam ainda submetidos aos cinco livros da Lei, e os dois peixes que eram alimentados pelos ensinamentos dos profetas e de João Baptista. [...] Eis o que os apóstolos tinham para oferecer em primeiro lugar, uma vez que ainda se encontravam ali; e foi dali que partiu a pregação do Evangelho. [...]O Senhor tomou os pães e os peixes. Ergueu os olhos ao céu, abençoou-os e partiu-os. Dava graças ao Pai por estar encarregado de os alimentar com a Boa Nova, após os séculos da Lei e dos profetas. [...] Os pães também são dados aos apóstolos: era por eles que os dons da graça divina deviam ser espalhados. Em seguida, as pessoas são alimentadas com os cinco pães e os dois peixes. Uma vez saciados os convivas, os bocados de pão e de peixe que sobejaram eram de tal forma abundantes que encheram doze cestos. Isto significa que a multidão fica saciada com a palavra de Deus, que provém do ensinamento da Lei e dos profetas. É a abundância do poder divino, reservado para os povos pagãos, que transborda na sequência do serviço do alimento eterno. Ela realiza uma plenitude, a do número doze, como o número dos apóstolos. Ora acontece que o número dos que comeram é o mesmo que o dos crentes vindouros: cinco mil homens (Mt 14, 21; Act 4, 4).
Fonte: Evangelho Quotidiano