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sábado, 9 de janeiro de 2010

LITURGIA DO DIA - 09/01

Santo do dia

Sábado depois da Epifania

Hoje a Igreja celebra : Santo André Corsini, bispo, +1374, Santo Adriano de Cantuária, abade, +710, Beato Pedro José Clorivière, religioso, +1820

LEITURAS

1ª Carta de S. João 5,14-21.

Esta é a plena confiança que nele temos: se lhe pedimos alguma coisa segundo a sua vontade, Ele ouve-nos. E, dado que sabemos que nos vai ouvir em tudo o que lhe pedirmos, estamos seguros de que obteremos o que lhe pedimos. Se alguém vir que o seu irmão comete um pecado que não leva à morte, peça, e dar-lhe-á vida. Não me refiro aos que cometem um pecado que não leva à morte; é que existe um pecado que conduz à morte; por esse pecado não digo que se reze. Toda a iniquidade é pecado, mas há pecados que não conduzem à morte. Nós bem sabemos que todo aquele que nasceu de Deus não peca, mas o Filho de Deus o guarda, e o Maligno não o apanha. E bem sabemos que somos de Deus, ao passo que o mundo inteiro está sob o poder do Maligno. Bem sabemos também que o Filho de Deus veio e nos deu entendimento para conhecermos o Verdadeiro; e nós estamos no Verdadeiro, no seu Filho, Jesus Cristo. Este é o Verdadeiro, é Deus e é vida eterna. Meus filhinhos, guardai-vos dos ídolos.

Livro de Salmos 149(148),1-2.3-4.5-6.9.

Cantai ao SENHOR um cântico novo; louvai-o na assembleia dos fiéis! Alegre-se Israel no seu criador; regozije-se o povo de Sião no seu rei! Louvem o seu nome com danças; cantem-lhe ao som de harpas e tambores! SENHOR ama o seu povo e honra os humildes com a vitória! Exultem de alegria os fiéis pelo triunfo de Deus e cantem jubilosos em seus leitos! Entoem bem alto os louvores de Deus, com a espada de dois gumes na mão, para lhes aplicarem a sentença que estava determinada. Esta é a glória de todos os seus fiéis.

Evangelho segundo S. Jo30. ão 3,22-

Depois disto, Jesus foi com os seus discípulos para a região da Judeia e ali convivia com eles e baptizava. Também João estava a baptizar em Enon, perto de Salim, porque havia ali águas abundantes e vinha gente para ser baptizada. João, de facto, ainda não tinha sido lançado na prisão. Então levantou-se uma discussão entre os discípulos de João e um judeu, acerca dos ritos de purificação. Foram ter com João e disseram-lhe: «Rabi, aquele que estava contigo na margem de além-Jordão, aquele de quem deste testemunho, está a baptizar, e toda a gente vai ter com Ele.» João declarou: «Um homem não pode tomar nada como próprio, se isso não lhe for dado do Céu. Vós mesmos sois testemunhas de que eu disse: 'Eu não sou o Messias, mas apenas o enviado à sua frente.' O esposo é aquele a quem pertence a esposa; mas o amigo do esposo, que está ao seu lado e o escuta, sente muita alegria com a voz do esposo. Pois esta é a minha alegria! E tornou-se completa! Ele é que deve crescer, e eu diminuir.»

Comentário ao Evangelho do dia feito por Diádoco de Foticeia (c. 400-?), bispo A Perfeição Espiritual, 12-14; PG 65, 1171 (a partir da trad. de Solesmes, Leccionário, t. 2, p. 151 rev.)

«Mas o amigo do esposo, que está ao seu lado [...], sente muita alegria»

A glória convém a Deus devido à Sua grandeza e a humildade convém ao homem porque faz dele família de Deus. Se assim agirmos, ficaremos alegres a exemplo de São João Baptista, e começaremos a repetir sem descanso: «Ele é que deve crescer e eu diminuir».Conheço uma pessoa que ama tanto a Deus – embora se aflija por não O amar tanto como gostaria –, que a sua alma experimenta sem cessar este desejo ardente: que Deus seja glorificado nele e que ele próprio se apague. Um homem assim não sabe quem é, ainda que receba elogios, porque, no seu grande desejo de se humilhar, não pensa na sua própria dignidade. Cumpre o culto divino [...] mas, na sua extrema disposição de amor para com Deus, enterra a lembrança da sua própria dignidade no abismo do seu amor a Deus [...], apaga o orgulho que daí retiraria para nunca parecer, ao seu próprio julgamento, senão como um servo inútil (Lc 17,10). [...] É o que devemos fazer também: evitar todas as honrarias e todas as glórias por causa da riqueza transbordante de amor do Senhor que tanto nos amou. Aquele que ama a Deus do fundo do coração é por Ele reconhecido. Com efeito, na medida em que acolhemos o amor de Deus no fundo da nossa alma, nessa mesma medida, temos o amor de Deus. É por isso que, de agora em diante, um tal homem vive numa paixão ardente pela iluminação do conhecimento, até que venha a saborear uma grande plenitude interior. Nesse momento, já não se reconhece a si mesmo, fica inteiramente transformado pelo amor de Deus. Um homem assim está nesta vida sem cá estar. Embora continue a habitar o corpo, sai dele continuamente, pelo movimento do amor da alma, que o transporta para Deus. Daí em diante, nunca mais pára: com o coração a arder no fogo do amor, permanece agarrado a Deus de forma irresistível porque, pelo amor de Deus, foi arrancado definitivamente à amizade para consigo mesmo.

Fonte: Evangelho Quotidiano

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

LITURGIA DO DIA - 08/01

Santo do dia
Sexta-feira depois da Epifania

Hoje a Igreja celebra :
S. Severino, abade, +482, S. Pedro Tomás, patriarca, mártir, +1366





LEITURAS

1ª Carta de S. João 5,5-13.

E quem é que vence o mundo senão aquele que crê que Jesus é Filho de Deus? Este, Jesus Cristo, é aque le que veio com água e com sangue; e não só com a água, mas com a água e com o sangue. E é o Espírito quem dá testemunho, porque o Espírito é a verdade.
Pois são três os que dão testemunho:
o Espírito, a água e o sangue; e os três coincidem no mesmo testemunho.
Se aceitamos o testemunho dos homens, maior é o testemunho de Deus; e o testemunho de Deus está em que foi Ele a dar testemunho a respeito do seu Filho. Quem crê no Filho de Deus tem esse testemunho consigo. Quem não crê em Deus faz de Deus mentiroso, uma vez que não crê no testemunho que Deus deixou a favor do seu Filho.
E este é o testemunho: Deus deu-nos a vida eterna, e esta vida está no seu Filho. Quem tem o Filho de Deus tem a vida; quem não tem o Filho também não tem a vida.
Escrevi-vos estas coisas, a vós que credes no Nome do Filho de Deus, para que tenhais a certeza de ter convosco a vida eterna.

Livro de Salmos 147,12-13.14-15.19-20.

Glorifica, Jerusalém, o SENHOR; louva, Sião, o teu Deus.
Ele reforçou os ferrolhos das tuas portas e abençoou os teus filhos dentro de ti;
Ele estabeleceu a paz nas tuas fronteiras e saciou-te com a flor do trigo.
Ele manda as suas ordens à terra, e a sua palavra corre velozmente;
Ele revela os seus planos a Jacob, os seus preceitos e as suas sentenças a Israel. Não fez assim com nenhum outro povo, não lhes deu a conhecer os seus mandamentos.

Evangelho segundo S. Lucas 5,12-16.

Encontrando-se Jesus numa das cidades, apareceu um homem coberto de lepra. Ao ver Jesus, caiu com a face por terra e dirigiu-lhe esta súplica: «Senhor, se quiseres, podes purificar-me.»
Jesus estendeu a mão e tocou-lhe, dizendo: «Quero, fica purificado.» E imediatamente a lepra o deixou.
Ordenou-lhe, então, que a ninguém o dissesse; no entanto, acrescentou: «Vai mostrar-te ao sacerdote e oferece pela tua purificação o que Moisés ordenou, para lhe servir de prova.»
A sua fama espalhava-se cada vez mais, juntando se grandes multidões para o ouvirem e para que os curasse dos seus males.
Mas Ele retirava-se para lugares solitários e aí se entregava à oração.

Comentário ao Evangelho do dia feito por São João Crisóstomo (c. 345-407), presbítero em Antioquia e posteriormente Bispo de Constantinopla, Doutor da Igreja Homilias sobre São Mateus, n.º 25, 1-3 (a partir da trad. Véricel, l'Evangile commenté, pp.100-101)

«Jesus estendeu a mão e tocou-lhe, dizendo: «Quero, fica purificado.»»

Jesus não disse simplesmente: «Quero, fica purificado.» Fez mais e melhor: «Estendeu a mão e tocou-lhe.» Este é um facto digno de atenção. Dado que podia curá-lo por um acto da Sua vontade e pela palavra, porque lhe tocou com a mão? Pela única razão de mostrar, quero crer, que não era inferior mas superior à Lei; e também para mostrar que, dali em diante, nada é impuro para quem é puro [...]. A mão de Jesus não ficou impura no contacto com o leproso; ao invés, o corpo do leproso ficou purificado pela santidade dEssa mão. Cristo veio não apenas para curar os corpos, mas para elevar as almas à santidade; Ele ensina-nos aqui a cuidarmos da nossa alma, a purificá-la, sem nos preocuparmos com abluções exteriores. A única lepra a temer é a da alma, isto é, o pecado [...].Quanto a nós, devemos dar continuamente a Deus acções de graças. Agradeçamos-Lhe não apenas pelos bens que nos concedeu, mas ainda pelos que concedeu aos outros: poderemos assim destruir a inveja, manter e fazer crescer o nosso amor ao próximo [...].


Fonte: Evangelho Quotidiano

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

LITURGIA DO DIA - 07/01

Santo do dia
Quinta-feira depois da Epifania
Hoje a Igreja celebra : S. Raimundo de Penhaforte, confessor, +1275, S. Luciano, mártir, +312
LEITURAS
1ª Carta de S. João 4,19-21.5,1-4.
Nós amamos, porque Ele nos amou primeiro. Se alguém disser: «Eu amo a Deus», mas tiver ódio ao seu irmão, esse é um mentiroso; pois aquele que não ama o seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê. E nós recebemos dele este mandamento: quem ama a Deus, ame também o seu irmão. Todo aquele que crê que Jesus é o Cristo nasceu de Deus; e todo aquele que ama quem o gerou ama também quem por Ele foi gerado. É por isto que reconhecemos que amamos os filhos de Deus: se amamos a Deus e cumprimos os seus mandamentos; pois o amor de Deus consiste precisamente em que guardemos os seus mandamentos; e os seus mandamentos não são uma carga, porque todo aquele que nasceu de Deus vence o mundo. E este é o poder vitorioso que venceu o mundo: a nossa fé.
Livro de Salmos 72,2.14-15.17.
Para que julgue o teu povo com justiça e os teus pobres com equidade.Há de livrá los da opressão e da violência, porque o seu sangue é precioso a seus olhos.Enquanto viver, ser lhe á dado ouro de Sabá! Por ele hão de rezar sempre e todos os dias será abençoado.O seu nome permanecerá pelos séculos e durará enquanto o Sol brilhar; todos nele se sentirão abençoados.
Evangelho segundo S. Lucas 5,12-16.
Encontrando-se Jesus numa das cidades, apareceu um homem coberto de lepra. Ao ver Jesus, caiu com a face por terra e dirigiu-lhe esta súplica: «Senhor, se quiseres, podes purificar-me.» Jesus estendeu a mão e tocou-lhe, dizendo: «Quero, fica purificado.» E imediatamente a lepra o deixou. Ordenou-lhe, então, que a ninguém o dissesse; no entanto, acrescentou: «Vai mostrar-te ao sacerdote e oferece pela tua purificação o que Moisés ordenou, para lhe servir de prova.» A sua fama espalhava-se cada vez mais, juntando se grandes multidões para o ouvirem e para que os curasse dos seus males. Mas Ele retirava-se para lugares solitários e aí se entregava à oração.
Comentário ao Evangelho do dia feito por Catecismo da Igreja Católica, § 695

«O Espírito do Senhor está sobre Mim, porque o Senhor Me ungiu»

A unção. O simbolismo da unção com óleo é também significativo do Espírito Santo, a ponto de se tomar o seu sinónimo (1Jo 2, 20.27; 2Cor 1, 21). Na iniciação cristã, ela é o sinal sacramental da Confirmação, que justamente nas Igrejas Orientais se chama «Crismação». Mas, para lhe apreender toda a força, temos de voltar à primeira unção realizada pelo Espírito Santo: a de Jesus. Cristo («Messias» em hebraico) significa «ungido» pelo Espírito de Deus. Houve «ungidos» do Senhor na antiga Aliança (Ex 30, 22-32), sobretudo o rei David (1Sm 16, 13). Mas Jesus é o ungido de Deus de maneira única: a humanidade que o Filho assume é totalmente «ungida pelo Espírito Santo». Jesus é constituído «Cristo» pelo Espírito Santo (Lc 4, 18-19; Is 61, 1). A Virgem Maria concebe Cristo do Espírito Santo, que pelo anjo O anuncia como Cristo aquando do Seu nascimento (Lc 2, 11) e leva Simeão a ir ao templo ver o Cristo do Senhor (Lc 2, 26-27). É Ele que enche Cristo (Lc 4, 1) e cujo poder emana de Cristo, nos Seus actos de cura e salvamento (Lc 6, 19; 8, 46). Finalmente, é Ele que ressuscita Jesus de entre os mortos (Rom 1, 4; 8, 11). Então, plenamente constituído «Cristo» na Sua humanidade vencedora da morte (Act 2, 36), Jesus difunde em profusão o Espírito Santo, até que «os santos» constituam, na sua união à humanidade do Filho de Deus, o «homem adulto à medida completa da plenitude de Cristo» (Ef 4, 13), «o Cristo total», para empregar a expressão de Santo Agostinho (Sermão 341, 1, 1).
Fonte: Evangelho Quotidiano

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

LITURGIA DO DIA - 06/01

Santo do dia

Quarta-feira depois da Epifania

LEITURAS
1ª Carta de S. João 4,11-18.
Caríssimos, se Deus nos amou assim, também nós devemos amar-nos uns aos outros. A Deus nunca ninguém o viu; se nos amarmos uns aos outros, Deus permanece em nós e o seu amor chegou à perfeição em nós. Damos conta de que permanecemos nele, e Ele em nós, por nos ter feito participar do seu Espírito. Nós o contemplámos e damos testemunho de que o Pai enviou o seu Filho como Salvador do mundo. Quem confessar que Jesus Cristo é o Filho de Deus, Deus permanece nele e ele em Deus. Nós conhecemos o amor que Deus nos tem, pois cremos nele. Deus é amor, e quem permanece no amor permanece em Deus, e Deus nele. É nisto que em nós o amor se mostra perfeito: em estarmos cheios de confiança no dia do juízo, pelo facto de sermos neste mundo como Ele foi. No amor não há temor; pelo contrário, o perfeito amor lança fora o temor; de facto, o temor pressupõe castigo, e quem teme não é perfeito no amor.
Livro de Salmos 72,2.10-13.
Para que julgue o teu povo com justiça e os teus pobres com equidade.Os reis de Társis e das ilhas oferecerão tributos; os reis de Sabá e de Seba trarão suas ofertas.Todos os reis se prostrarão diante dele; todas as nações o servirão.Ele socorrerá o pobre que o invoca e o indigente que não tem quem o ajude.Terá compaixão do humilde e do pobre e salvará a vida dos oprimidos.
Evangelho segundo S. Marcos 6,45-52.
Jesus obrigou logo os seus discípulos a subirem para o barco e a irem à frente, para o outro lado, rumo a Betsaida, enquanto Ele próprio despedia a multidão. Depois de os ter despedido, foi orar para o monte. Era já noite, o barco estava no meio do mar e Ele sozinho em terra. Vendo-os cansados de remar, porque o vento lhes era contrário, foi ter com eles de madrugada, andando sobre o mar; e fez menção de passar adiante. Mas, vendo-o andar sobre o mar, julgaram que fosse um fantasma e começaram a gritar, pois todos o viram e se assustaram. Mas Ele logo lhes falou: «Tranquilizai-vos, sou Eu: não temais!» A seguir, subiu para o barco, para junto deles, e o vento amainou. E sentiram um enorme espanto, pois ainda não tinham entendido o que se dera com os pães: tinham o coração endurecido.
Comentário ao Evangelho do dia feito por Santo Hilário (c. 315-367), Bispo de Poitiers e Doutor da Igreja Comentário ao Evangelho de Mateus, 14, 13-14 (a partir da trad. SC 258, p. 27)

«Foi ter com eles de madrugada»

«Jesus obrigou logo os seus discípulos a subirem para o barco e a irem à frente, para o outro lado, rumo a Betsaida, enquanto Ele próprio despedia a multidão. Depois de os ter despedido, foi orar para o monte. Era já noite, o barco estava no meio do mar e Ele sozinho em terra» (Mt 14, 22-23). Para dar a razão destes factos, é preciso fazer distinções de tempos. Se Ele está só à noite, isso mostra a Sua solidão na hora da Paixão, quando o pânico dispersou todos. Se ordena aos seus discípulos que entrem no barco e atravessem o mar, enquanto Ele próprio despede as multidões e, uma vez despedidas, sobe a um monte, é que lhes ordena que estejam na Igreja e naveguem no mar, quer dizer, neste mundo, até que, retornando no dia da Sua vinda gloriosa, Ele dê a salvação a todo o povo, que será o resto de Israel (cf. Rom 11, 5) [...], e que esse povo dê graças a Deus seu Pai e se estabeleça na Sua glória e na Sua majestade. [...]«Na quarta vigília da noite, Jesus foi ter com eles». Na expressão «quarta vigília da noite» encontra-se o número correspondente às marcas da Sua solicitude. Com efeito, a primeira vigília foi a da Lei, a segunda a dos profetas, a terceira a da Sua vinda corporal, a quarta coloca-se no Seu regresso glorioso. Mas Ele encontrará a Igreja decadente e cercada pelo espírito do Anticristo e por todas as agitações deste mundo; virá num momento de extrema ansiedade e de tormentos. [...] Os discípulos estarão aterrorizados pela vinda do Senhor, temendo as imagens da realidade deformadas pelo Anticristo e pelas ficções que se insinuam no olhar. Mas o Senhor, que é bom, falar-lhes-á imediatamente, afastará o seu medo e lhes dirá: «Sou eu», dissipando, pela fé na Sua vinda, o temor do naufrágio ameaçador.
Fonte: Evangelho Quotidiano

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

LITURGIA DO DIA - 05/01

Santo do dia
Terça-feira depois da Epifania
LEITURAS
1ª Carta de S. João 4,7-10.
Caríssimos, amemo-nos uns aos outros, porque o amor vem de Deus, e todo aquele que ama nasceu de Deus e chega ao conhecimento de Deus. Aquele que não ama não chegou a conhecer a Deus, pois Deus é amor. E o amor de Deus manifestou-se desta forma no meio de nós: Deus enviou ao mundo o seu Filho Unigénito, para que, por Ele, tenhamos a vida. É nisto que está o amor: não fomos nós que amámos a Deus, mas foi Ele mesmo que nos amou e enviou o seu Filho como vítima de expiação pelos nossos pecados.
Livro de Salmos 72(71),2-4.7-8.
Para que julgue o teu povo com justiça e os teus pobres com equidade.Que os montes tragam a paz ao povo, e as colinas, a justiça.Que o rei proteja os humildes do povo, ajude os necessitados e esmague os opressores!Em seus dias florescerá a justiça e uma grande paz até ao fim dos tempos.Dominará de um ao outro mar, do grande rio até aos confins da terra.
Evangelho segundo S. Marcos 6,34-44.
Ao desembarcar, Jesus viu uma grande multidão e teve compaixão deles, porque eram como ove-lhas sem pastor. Começou, então, a ensinar-lhes muitas coisas. A hora já ia muito adiantada, quando os discípulos se aproximaram e disseram: «O lugar é deserto e a hora vai adiantada. Manda-os embora, para irem aos campos e aldeias comprar de comer.» Jesus respondeu: «Dai-lhes vós mesmos de comer.» Eles disseram-lhe: «Vamos comprar duzentos denários de pão para lhes dar de comer?» Mas Ele perguntou: «Quantos pães tendes? Ide ver.» Depois de se informarem, responderam: «Cinco pães e dois peixes.» Ordenou-lhes que os mandassem sentar por grupos na erva verde. E sentaram-se, por grupos de cem e cinquenta. Jesus tomou, então, os cinco pães e os dois peixes e, erguendo os olhos ao céu, pronunciou a bênção, partiu os pães e dava-os aos seus discípulos, para que eles os repartissem. Dividiu também os dois peixes por todos. Comeram até ficarem saciados. E havia ainda doze cestos com os bocados de pão e os restos de peixe. Ora os que tinham comido daqueles pães eram cinco mil homens.
Comentário ao Evangelho do dia feito por São João Crisóstomo (c. 345-407), presbítero em Antioquia e posteriormente Bispo de Constantinopla, Doutor da Igreja Homilias sobre a 1.ª Carta aos Coríntios, n.° 24, 4 ; PG 61, 204 (a partir da trad. Delhougne, Les Pères commentent, p. 383)
«Tomou, então, o pão e, depois de dar graças, partiu-o e distribuiu-o por eles, dizendo: 'Isto é o Meu corpo, que vai ser entregue por vós'» (Lc 22, 19)

Para nos levar a amá-l'O mais ainda, Cristo deu-nos a Sua carne como alimento. Aproximemo-nos então d'Ele com muito amor e fervor. [...] Os magos adoraram-n'O, esse pequeno corpo deitado na manjedoura. [...] Ao verem o Menino, Cristo, numa manjedoura, debaixo de um pobre tecto, e não vendo nada do que vós vedes, aproximaram-se d'Ele com grande respeito. Já não O vereis numa manjedoura, mas no altar. Já não vereis uma mulher que em seus braços O segura, mas o padre que O oferece; e o Espírito de Deus, em toda a Sua generosidade, plana sobre as oferendas. Porém, não só é o mesmo corpo que os magos viram que agora vedes, como para além disso conheceis a Sua força e sabedoria, e nada ignorais do que Ele cumpriu. [...] Despertemos então, e despertemos em nós o temor a Deus. Tenhamos pois muito mais piedade do que esses estrangeiros, para podermos ser dignos de nos aproximarmos do altar [...].Essa mesa fortifica-nos a alma, unifica-nos o pensamento, sustenta-nos a certeza, a segurança; é a nossa esperança, a salvação, a vida. Se deixarmos a terra depois deste sacrifício, entraremos com perfeita segurança nos átrios celestes, como se estivéssemos protegidos, por todos os lados, por uma armadura de ouro. Mas porquê falar do futuro ? Já aqui neste mundo, o sacramento transforma a terra em céu. Abri pois as portas do céu, e vede o que acabo de dizer. O que há de mais precioso no céu, mostrar-vo-lo-ei na terra. O que vos mostro, não são nem os anjos, nem os arcanjos, nem os céus dos céus, mas Aquele que é o seu Mestre. Vós vedes então de uma certa maneira, na terra, o que há de mais precioso. E não somente O vedes, como O tocais, O comeis. Purificai pois a alma, preparai o espírito para receber estes mistérios.
Fonte: Evangelho Quotidiano

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

LITURGIA DO DIA - 04/01

Santo do dia
Segunda-feira depois da Epifania

1ª Carta de S. João 3,22-24.4,1-6.
E recebemos dele tudo o que pedirmos, porque guardamos os seus mandamentos e fazemos o que lhe é agradável. E este é o seu mandamento: que acreditemos no Nome de seu Filho, Jesus Cristo e que nos amemos uns aos outros, conforme o mandamento que Ele nos deu. Aquele que guarda os seus mandamentos permanece em Deus e Deus nele; e é por isto que reconhecemos que Ele permanece em nós: graças ao Espírito que nos deu. Caríssimos, não deis fé a qualquer espírito, mas examinai se os espíritos são de Deus, pois muitos falsos profetas apareceram no mundo. Reconheceis que o espírito é de Deus por isto: todo o espírito que confessa Jesus Cristo que veio em carne mortal é de Deus; e todo o espírito que não faz esta confissão de fé acerca de Jesus não é de Deus. Esse é o espírito do Anticristo, do qual ouvistes dizer que tem de vir; pois bem, ele já está no mundo. Meus filhinhos, vós sois de Deus e venceste-los, porque é mais poderoso o espírito que está em vós do que aquele que está no mundo. Eles são do mundo; por isso falam a linguagem do mundo, e o mundo ouve-os. Nós somos de Deus. Quem conhece a Deus ouve-nos; quem não é de Deus não nos ouve. É por isto que nós reconhecemos o espírito da verdade e o espírito do erro.
Livro de Salmos 2,7-8.10-11.
Vou anunciar o decreto do SENHOR. Ele disse me: "Tu és meu filho, Eu hoje te gerei.Pede me e Eu te darei povos como herança e os confins da terra por domínio.E agora, prestai atenção, ó reis! Deixai vos instruir, juízes da terra!Servi o SENHOR com temor, prestai lhe homenagem com tremor.
Evangelho segundo S. Mateus 4,12-17.23-25.
Tendo ouvido dizer que João fora preso, Jesus retirou-se para a Galileia. Depois, abandonando Nazaré, foi habitar em Cafarnaúm, cidade situada à beira-mar, na região de Zabulão e Neftali, para que se cumprisse o que o profeta Isaías anunciara: Terra de Zabulão e Neftali, caminho do mar, região de além do Jordão, Galileia dos gentios. O povo que jazia nas trevas viu uma grande luz; e aos que jaziam na sombria região da morte surgiu uma luz. A partir desse momento, Jesus começou a pregar, dizendo: «Convertei-vos, porque está próximo o Reino do Céu.» Depois, começou a percorrer toda a Galileia, ensinando nas sinagogas, proclamando o Evangelho do Reino e curando entre o povo todas as doenças e enfermidades. A sua fama estendeu-se por toda a Síria e trouxeram-lhe todos os que sofriam de qualquer mal, os que padeciam doenças e tormentos, os possessos, os epilépticos e os paralíticos; e Ele curou-os. E seguiram-no grandes multidões, vindas da Galileia, da Decápole, de Jerusalém, da Judeia e de além do Jordão.

Comentário ao Evangelho do dia feito por Rupert de Deutz (c. 1075-1130), monge beneditino Da Trindade e Suas obras, I. 42: Sobre Isaías, 2 (a partir da trad. Sr. Isabelle de la Source, Lire la Bible, t. 6, p. 43)

«E aos que jaziam na sombria região da morte surgiu uma luz»

«Jesus retirou-se para a Galileia. Depois, abandonando Nazaré, foi habitar em Cafarnaum, cidade situada à beira-mar, na região de Zabulão e Neftali. Assim se cumpriu o que o profeta Isaías anunciara: [...] O povo que jazia nas trevas viu uma grande luz». Ao falar da visão, ou antes, do aparecimento de uma grande luz, Mateus quer fazer-nos compreender a pregação luminosa do Salvador, o brilho da Boa Nova do Reino de Deus; primeiro que qualquer outra, a região de Zabulão e Neftali ouviu-a da própria boca do Senhor. [...]Com efeito, foi nesta região que o Senhor começou a pregar, foi aqui que Ele iniciou a Sua pregação. [...] E os apóstolos que, antes de todos, viram esta luz verdadeira na região de Zabulão e Neftali, tornaram-se eles próprios «luz do mundo». [...] «Eles regozijar-se-ão perante Ti, continua o texto de Isaías, como nos regozijamos ao fazer a ceifa, como exultamos ao partilhar os despojos dos vencidos». Esta alegria será efectivamente a alegria dos apóstolos, uma «alegria multiplicada» quando «eles vierem como ceifeiros trazendo os seus feixes de centeio» «e como os vencedores partilhando os despojos dos vencidos», isto é, do diabo vencido. [...]Foste Tu, com efeito, Senhor e Salvador, que removeste dos seus ombros «o jugo que pesava sobre eles», aquele jugo do diabo que outrora triunfava no mundo quando reinava sobre todas as nações e fazia as nucas vergarem sob o jugo de uma escravidão muito pesada. [...] Foste Tu que, sem exército e sem derramamento de sangue, no segredo do Teu poder, libertaste os homens para os pores ao Teu serviço. [...] Sim, o diabo será «queimado, devorado pelo fogo eterno», porque «nasceu um menino», o humilde Filho de Deus, «que traz no Seu ombro a insígnia do poder» pois que, sendo Deus, pode pelas Suas próprias forças possuir a primazia. [...] E «o Seu poder estender-se-á» pois Ele reinará não apenas sobre os judeus, como fez David, mas sobre todas as nações «daqui em diante e para sempre».
Fonte: Evangelho Quotidiano

domingo, 3 de janeiro de 2010

LITURGIA DO DIA - 03/01

Santo do dia
Domingo, dia 03 de Janeiro de 2010

Epifania do Senhor

Epifania (ofício próprio)

Epifania do Senhor

A liturgia deste Domingo leva-nos à manifestação de Jesus como "a luz" que atrai a si todos os povos da terra. Essa "luz" incarnou na nossa história, a fim de iluminar os caminhos dos homens com uma proposta de salvação/libertação.A primeira leitura, anuncia a chegada da luz salvadora de Jahwéh, que alegrará Jerusalém e que atrairá à cidade de Deus povos de todo o mundo.No Evangelho, vemos a concretização dessa promessa: ao encontro de Jesus vêm os "magos", atentos aos sinais da chegada do Messias, que o aceitam como "salvação de Deus" e o adoram. A salvação, rejeitada pelos habitantes de Jerusalém, torna-se agora uma oferta universal.A segunda leitura apresenta o projecto salvador de Deus como uma realidade que vai atingir toda a humanidade, juntando judeus e pagãos numa mesma comunidade de irmãos - a comunidade de Jesus.


LEITURAS

Livro de Isaías 60,1-6.

Levanta-te e resplandece, Jerusalém, que está a chegar a tua luz! A glória do SENHOR amanhece sobre ti! Olha: as trevas cobrem a terra, e a escuridão, os povos, mas sobre ti amanhecerá o SENHOR. A sua glória vai aparecer sobre ti. As nações caminharão à tua luz, e os reis ao esplendor da tua aurora. Levanta os olhos e vê à tua volta: todos esses se reuniram para vir ao teu encontro. Os teus filhos chegam de longe, e as tuas filhas são transportadas nos braços. Quando vires isto, ficarás radiante de alegria; o teu coração palpitará e se dilatará, porque para ti afluirão as riquezas do mar, e a ti virão os tesouros das nações. Serás invadida por uma multidão de camelos, pelos dromedários de Madian e de Efá. De Sabá virão todos trazendo ouro e incenso, e proclamando os louvores do SENHOR.

Livro de Salmos 72,2.7-8.10-11.12-13.

Para que julgue o teu povo com justiça e os teus pobres com equidade.Em seus dias florescerá a justiça e uma grande paz até ao fim dos tempos.Dominará de um ao outro mar, do grande rio até aos confins da terra.Os reis de Társis e das ilhas oferecerão tributos; os reis de Sabá e de Seba trarão suas ofertas.Todos os reis se prostrarão diante dele; todas as nações o servirão.Ele socorrerá o pobre que o invoca e o indigente que não tem quem o ajude.Terá compaixão do humilde e do pobre e salvará a vida dos oprimidos.

Carta aos Efésios 3,2-3.5-6.

Com certeza, ouvistes falar da graça de Deus que me foi dada para vosso benefício, a fim de realizar o seu plano: que, por revelação, me foi dado conhecer o mistério, tal como antes o descrevi resumidamente. que, não foi dado a conhecer aos filhos dos homens, em gerações passadas, como agora foi revelado aos seus santos Apóstolos e Profetas, no Espírito: os gentios são admitidos à mesma herança, membros do mesmo Corpo e participantes da mesma promessa, em Cristo Jesus, por meio do Evangelho.

Evangelho segundo S. Mateus 2,1-12.

Tendo Jesus nascido em Belém da Judeia, no tempo do rei Herodes, chegaram a Jerusalém uns magos vindos do Oriente. E perguntaram: «Onde está o rei dos judeus que acaba de nascer? Vimos a sua estrela no Oriente e viemos adorá-lo.» Ao ouvir tal notícia, o rei Herodes perturbou-se e toda a Jerusalém com ele. E, reunindo todos os sumos sacerdotes e escribas do povo, perguntou-lhes onde devia nascer o Messias. Eles responderam: «Em Belém da Judeia, pois assim foi escrito pelo profeta: E tu, Belém, terra de Judá, de modo nenhum és a menor entre as principais cidades da Judeia; porque de ti vai sair o Príncipe que há-de apascentar o meu povo de Israel.» Então Herodes mandou chamar secretamente os magos e pediu-lhes informações exactas sobre a data em que a estrela lhes tinha aparecido. E, enviando-os a Belém, disse-lhes: «Ide e informai-vos cuidadosamente acerca do menino; e, depois de o encontrardes, vinde comunicar-mo para eu ir também prestar-lhe homenagem.» Depois de ter ouvido o rei, os magos puseram-se a caminho. E a estrela que tinham visto no Oriente ia adiante deles, até que, chegando ao lugar onde estava o menino, parou. Ao ver a estrela, sentiram imensa alegria; e, entrando na casa, viram o menino com Maria, sua mãe. Prostrando-se, adoraram-no; e, abrindo os cofres, ofereceram-lhe presentes: ouro, incenso e mirra. Avisados em sonhos para não voltarem junto de Herodes, regressaram ao seu país por outro caminho.
Comentário ao Evangelho do dia feito por Santo Afonso Maria de Ligório (1696-1787), bispo e Doutor da Igreja Meditações para a oitava da Epifania, n°1 (a partir da trad. Noël, Eds. Saint-Paul 1993, p. 302 rev.)

«Viram o menino com Maria sua mãe. Prostrando-se, adoraram-No»

Os magos encontram uma pobre jovem com uma pobre criança coberta de pobres faixas [...] mas, ao entrarem naquela gruta, sentem uma alegria que nunca tinham experimentado. [...] A divina Criança demonstra alegria: sinal da satisfação afectuosa com que os acolhe, como primeiras conquistas da Sua obra redentora. Os santos reis olham em seguida para Maria, que não fala; mantém-se em silêncio, mas o seu rosto reflecte a alegria e respira uma doçura celeste, prova de que lhes presta bom acolhimento e lhes agradece por serem os primeiros a vir reconhecer o seu Filho naquilo que Ele é: o seu Mestre soberano. [...]Criança digna de amor, vejo-Te nessa gruta, deitado na palha, pobre e desprezado; mas a fé ensina-me que Tu és o meu Deus, descido do céu para minha salvação. Reconheço-Te como meu Senhor soberano e meu Salvador; proclamo-Te como tal, mas nada tenho para Te oferecer. Não tenho o ouro do amor, porque amei as coisas deste mundo; amei apenas os meus caprichos em vez de Te amar a Ti, que és infinitamente digno de amor. Não tenho o incenso da oração, pois infelizmente vivi sem pensar em Ti. Não tenho a mirra da mortificação, porque, por não me ter abstido de miseráveis prazeres, tantas vezes contristei a Tua infinita bondade. Que Te oferecerei então? Meu Jesus, ofereço-Te o meu coração, manchado e despojado: aceita-o e transforma-o, uma vez que vieste cá abaixo para lavar com o Teu sangue os nossos corações culpados e transformar-nos assim de pecadores em santos. Dá-me, pois, esse ouro, esse incenso, essa mirra que me faltam. Dá-me o ouro do Teu santo amor; dá-me o incenso, o espírito de oração; dá-me a mirra, o desejo e a força de me mortificar em tudo o que te desagrada. [...]Virgem santa, tu acolheste os piedosos reis magos com uma viva afeição e eles ficaram cheios de felicidade; digna-te também acolher-me e consolar-me, a mim que venho, seguindo o seu exemplo, visitar e oferecer-me ao teu Filho.
Fonte: Evangelho Quotidiano