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sábado, 25 de setembro de 2010

LITURGIA DO DIA - 25/09



Santo do dia
Sábado da 25ª semana do Tempo Comum
LEITURAS
Livro de Eclesiastes 11,9-10.12,1-8.
Jovem, regozija-te na tua mocidade e alegra o teu coração na flor dos teus anos. Segue os impulsos do teu coração e o que agradar aos teus olhos, mas sabe que, de tudo isso, Deus te pedirá contas. Lança fora do teu coração a tristeza, poupa o sofrimento ao teu corpo: também a meninice e a juventude são ilusão. Lembra-te do teu Criador nos dias da tua juventude,antes que venham os dias maus e cheguem os anos, dos quais dirás: «Não sinto neles prazer algum»; antes que escureçam o Sol e a luz, a Lua e as estrelas, e voltem as nuvens depois da chuva; quando os guardas da tua casa começarem a tremer, e os homens robustos, a vergar; quando as mós deixarem de moer por serem poucas, e se escurecer a vista dos que olham pela janela; quando se fecham as portas da rua, quando enfraquece a voz do moinho, quando se acorda com o piar de um pássaro e emudecem as canções. Então, também haverá o medo das subidas, e haverá sobressaltos no caminho, enquanto a amendoeira abre em flor, o gafanhoto engorda, e a alcaparra perde as suas propriedades. Então, o homem encaminha-se para a sua casa da eternidade, e as carpideiras percorrem as ruas; antes que se rompa o cordão de prata e se quebre a bacia de oiro; antes que se parta a bilha na fonte, e se desenrole a roldana sobre a cisterna. Então o pó voltará à terra de onde saiu e o espírito voltará para Deus que o concedeu. Ilusão das ilusões - disse Qohélet - tudo é ilusão.
Livro de Salmos 90(89),3-4.5-6.12-13.14.17.
Tu podes reduzir o homem ao pó, dizendo apenas: "Voltai ao pó, seres humanos!"Mil anos, diante de ti, são como o dia de ontem, que passou, ou como uma vigília da noite.Tu os arrebatas como um sonho, ou como a erva que de manhã verdeja,como a erva que de manhã brota vicejante, mas à tarde está murcha e seca.Ensina nos a contar assim os nossos dias, para podermos chegar ao coração da sabedoria.Volta, SENHOR! Até quando...? Tem compaixão dos teus servos.Sacia nos pela manhã com os teus favores, para podermos cantar e exultar todos os dias.Venham sobre nós as graças do Senhor, nosso Deus! Confirma em nosso favor a obra das nossas mãos; faz prosperar a obra das nossas mãos.
Evangelho segundo S. Lucas 9,43-45.
E todos estavam maravilhados com a grandeza de Deus. Estando todos admirados com tudo o que Ele fazia, Jesus disse aos seus discípulos : «Prestai bem atenção ao que vou dizer-vos: O Filho do Homem vai ser entregue nas mãos dos homens.» Eles, porém, não entendiam aquela linguagem, porque lhes estava velada, de modo que não compreendiam e tinham receio de o interrogar a esse respeito.
Comentário ao Evangelho do dia feito por São Basílio (c. 330-379), monge e Bispo de Cesareia, na Capadócia, Doutor da Igreja Homilia sobre a humildade, 5-6 (a partir da trad? Brésard, 2000 ans B, p. 232 rev.)

«O Filho do Homem vai ser entregue nas mãos dos homens»

«Quem se exalta será humilhado e quem se humilha será exaltado» (Mt 23, 12. [...] Imitemos o Senhor, que desceu do céu até ao mais radical abaixamento, para ser depois exaltado, do último lugar até às alturas que Lhe convêm. Descubramos tudo aquilo que o Senhor nos ensina para nos conduzir à humildade.Acabado de nascer, ei-Lo numa gruta, deitado, não num berço, mas numa manjedoura. Na casa de um artesão e de uma mãe sem recursos, é submisso a Sua mãe e ao esposo desta. Deixou-Se ensinar, ouvindo aqueles dos quais não tinha a mais pequena precisão, interrogando-os de tal maneira que os deixou espantados com a Sua sabedoria. Submete-Se a João e o Senhor recebe o baptismo das mãos do servo. Nunca opôs resistência aos que O atacavam, nem recorreu ao Seu poder invencível para se libertar das mãos que O prendiam, antes Se deixou levar como que impotente, e na medida em que tal Lhe pareceu adequado, concedeu poder sobre Si a um poder efémero. Compareceu perante o sumo-sacerdote na qualidade de acusado; levado à presença do governador, submeteu-Se ao juízo deste, e podendo perfeitamente responder aos caluniadores, sofreu as calúnias em silêncio. Coberto de escarros por escravos e servos indignos, foi por fim entregue à morte, a uma morte infamante aos olhos dos homens. E foi assim que decorreu a Sua vida desde o nascimento até ao fim. Mas, depois de tal abaixamento, fez brilhar a Sua glória. [...] Imitemo-Lo a fim de que, também nós, alcancemos a glória eterna.
Fonte: Evangelho Quotidiano

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

LITURGIA DO DIA - 24/09

Santo do dia

Sexta-feira da 25ª semana do Tempo Comum


Nossa Senhora das Mercês

Em 621, os visigodos tornaram-se senhores de toda a Espanha. Em 711, vieram os árabes que os repeliram para as montanhas das Astúrias e conquistaram quase toda a Península. Foram precisos seis séculos para os expulsar. Durante este período foram levados para África grande número de cristãos. Os que abraçavam o islamismo eram tratados como homens livres; os outros eram vendidos como escravos. Para os libertar era necessário pagar o resgate. Como nem todas as famílias tinham posses para libertar seus familiares, S. Pedro Nolasco fundou, em 1218, a Ordem das Mercês ou da Redenção dos Cativos. A própria Virgem, numa aparição, incitou a isso. Pedro contou a sua visão a S. Raimundo de Penhaforte e ao rei Jaime I, de Aragão. Os três conseguiram pôr em prática o projecto. Graças ao seu heroísmo e à generosidade dos cristãos, a obra foi fecunda em resultados e só terminou com o desaparecimento da pirataria. Dizia o Breviário Romano que "foi com o fim de agradecer a Deus e à Santíssima Virgem os benefício de tal Instituição que se estabeleceu a festa de Nossa Senhora das Mercês". O nome feminino, Mercedes, vem deste título especial da Virgem Maria.

LEITURAS

Livro de Eclesiastes 3,1-11.

Para tudo há um momento e um tempo para cada coisa que se deseja debaixo do céu: tempo para nascer e tempo para morrer, tempo para plantar e tempo para arrancar o que se plantou, tempo para matar e tempo para curar, tempo para destruir e tempo para edificar, tempo para chorar e tempo para rir, tempo para se lamentar e tempo para dançar, tempo para atirar pedras e tempo para as ajuntar, tempo para abraçar e tempo para evitar o abraço, tempo para procurar e tempo para perder, tempo para guardar e tempo para atirar fora, tempo para rasgar e tempo para coser, tempo para calar e tempo para falar, tempo para amar e tempo para odiar, tempo para guerra e tempo para paz. Que proveito tira das suas fadigas aquele que trabalha? Eu vi a tarefa que Deus impôs aos filhos dos homens para que dela se ocupem. Todas as coisas que Deus fez, são boas a seu tempo. Até a eternidade colocou no coração deles, sem que nenhum ser humano possa compreender a obra divina do princípio ao fim.

Livro de Salmos 144(143),1-2.3-4.

Bendito seja o SENHOR, meu rochedo, que adestra as minhas mãos para a luta e os meus dedos para o combate! Ele é o meu auxílio e fortaleza, o meu baluarte e o meu refúgio; Ele é o meu escudo e o meu abrigo, que subjuga os povos aos meus pés. SENHOR, que é o homem, para cuidares dele, e o filho do homem, para nele pensares? homem é semelhante ao sopro da brisa; os seus dias passam como uma sombra.

Evangelho segundo S. Lucas 9,18-22.

Um dia, quando orava em particular, estando com Ele apenas os discípulos, perguntou-lhes: «Quem dizem as multidões que Eu sou?» Responderam-lhe: «João Baptista; outros, Elias; outros, um dos antigos profetas ressuscitado.» Disse-lhes Ele: «E vós, quem dizeis que Eu sou?» Pedro tomou a palavra e respondeu: «O Messias de Deus.» Ele proibiu-lhes formalmente de o dizerem fosse a quem fosse; e acrescentou: «O Filho do Homem tem de sofrer muito, ser rejeitado pelos anciãos, pelos sumos sacerdotes e pelos doutores da Lei, tem de ser morto e, ao terceiro dia, ressuscitar.»

Comentário ao Evangelho do dia feito por Teodoreto de Cyr (393-460), bispo Tratado sobre a Encarnação, 26-27; PG 75, 1465 (a partir da trad. breviário)

«O Filho do Homem tem de sofrer muito, ser rejeitado [...], ser morto e, ao terceiro dia, ressuscitar.»

Jesus aceitou, exclusivamente por Sua vontade, os sofrimentos anunciados pela Escritura. Tinha-os predito muitas vezes aos discípulos e tinha mesmo repreendido Pedro severamente por ter acolhido este anúncio com desagrado (Mt 16, 23); por fim, tinha-lhes mostrado que seriam para salvação do mundo. Foi por isso que Se designou a Si mesmo aos que vinham buscá-Lo: «Sou Eu» (Jo 18, 5.8). [...] Esbofetearam-No, cuspiram-Lhe em cima, foi ultrajado, torturado, flagelado, e por fim crucificado. Aceitou que dois ladrões, um à direita e outro à esquerda, fossem associados ao Seu suplício; colocado ao nível de assassinos e criminosos, recolhe o vinagre e o fel, frutos de uma vinha perversa; troçam Dele, atingindo-O com uma cana, perfuram-Lhe o lado com uma lança, e por fim depositam-No no túmulo.E sofreu tudo isto para nos dar a salvação. [...] Por meio dos espinhos, pôs fim aos castigos infligidos a Adão, que devido ao seu pecado tinha escutado a seguinte sentença: «Maldita seja a terra por tua causa! Há-de produzir para ti espinhos e cardos» (Gn 3, 17-18). Com o fel, tomou para Si o que há de amargo e penoso na vida mortal e dolorosa dos homens; com o vinagre, aceitou a degenerescência da natureza humana e concedeu-lhe a restauração num estado melhor. Por meio da púrpura, simbolizou a Sua realeza; pela cana, sugeriu quão fraco e frágil é o poder do demónio. Pela bofetada, proclamou a nossa libertação [como se fazia aos escravos]; suportou as violências, as correcções e as chicotadas que nos eram devidas.Foi atingido no lado, fazendo lembrar Adão. Porém, ao invés da fazer sair dele a mulher que, por meio do pecado, deu à luz a morte, fez jorrar uma fonte de vida (Gn 2, 21; Jo 19, 34), que vivifica o mundo através de uma dupla corrente: a primeira renova-nos e reveste-nos da veste da imortalidade no baptistério; a segunda, após este nascimento, alimenta-nos à mesa de Deus, como se dá de mamar aos recém-nascidos.

Fonte: Evangelho Quotidiano

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

LITURGIA DO DIA - 23/09

Santo do dia

Quinta-feira da 25ª semana do Tempo Comum

Hoje a Igreja celebra : São Pio de Petrelcina (Padre Pio), presbítero, +1968


Padre Pio

Nasceu no dia 25 de Maio de 1887 em Pietrelcina, na arquidiocese de Benevento, filho de Grazio Forgione e de Maria Giuseppa de Nunzio.
Foi baptizado no dia seguinte, recebendo o nome de Francisco. Recebeu o sacramento do Crisma e a Primeira Comunhão, quando tinha 12 anos.Aos 16 anos, no dia 6 de Janeiro de 1903, entrou no noviciado da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos, em Morcone, tendo aí vestido o hábito franciscano no dia 22 do mesmo mês, e ficou a chamar-se Frei Pio.

Depois da Ordenação Sacerdotal, recebida no dia 10 de Agosto de 1910 em Benevento, precisou de ficar com sua família até 1916, por motivos de saúde. Em Setembro desse ano de 1916, foi mandado para o convento de São Giovanni Rotondo, onde permaneceu até à morte.

Desde a juventude, a sua saúde não foi muito brilhante e, sobretudo nos últimos anos da sua vida, declinou rapidamente. A irmã morte levou-o, preparado e sereno, no dia 23 de Setembro de 1968; tinha ele 81 anos de idade. O seu funeral caracterizou-se por uma afluência absolutamente extraordinária de gente.

LEITURAS

Livro de Eclesiastes 1,2-11.

Ilusão das ilusões - disse Qohélet - ilusão das ilusões: tudo é ilusão. Que proveito pode tirar o homem de todo o esforço que faz debaixo do Sol? Uma geração passa, outra vem; e a terra permanece sempre. O Sol nasce e o Sol põe-se e visa o ponto donde volta a despontar. O vento vai em direcção ao sul, depois ruma ao norte; e gira, torna a girar e passa, e recomeça as suas idas e vindas. Todos os rios correm para o mar, e o mar não se enche. Para onde sempre correram, continuam os rios a correr. Todas as palavras estão gastas, o homem não consegue já dizê-las. A vista não se sacia com o que vê, nem o ouvido se contenta com o que ouve. Aquilo que foi é aquilo que será; aquilo que foi feito, há-de voltar a fazer-se: e nada há de novo debaixo do Sol! Se de alguma coisa alguém diz: «Eis aí algo de novo!», ela já existia nas eras que nos precederam. Não há memória das coisas antigas; e também não haverá memória do que há-de suceder depois; nem ficará disso memória entre aqueles que hão-de vir mais tarde.

Livro de Salmos 90(89),3-4.5-6.12-13.14.17.

Tu podes reduzir o homem ao pó, dizendo apenas: "Voltai ao pó, seres humanos!"Mil anos, diante de ti, são como o dia de ontem, que passou, ou como uma vigília da noite.Tu os arrebatas como um sonho, ou como a erva que de manhã verdeja,como a erva que de manhã brota vicejante, mas à tarde está murcha e seca.Ensina nos a contar assim os nossos dias, para podermos chegar ao coração da sabedoria.Volta, SENHOR! Até quando...? Tem compaixão dos teus servos.Sacia nos pela manhã com os teus favores, para podermos cantar e exultar todos os dias.Venham sobre nós as graças do Senhor, nosso Deus! Confirma em nosso favor a obra das nossas mãos; faz prosperar a obra das nossas mãos.

Evangelho segundo S. Lucas 9,7-9.

O tetrarca Herodes ouviu dizer tudo o que se passava; e andava perplexo, pois alguns diziam que João ressuscitara dos mortos; outros, que Elias aparecera, e outros, que um dos antigos profetas ressuscitara. Herodes disse: «A João mandei-o eu decapitar, mas quem é este de quem oiço dizer semelhantes coisas?» E procurava vê-lo.

Comentário ao Evangelho do dia feito por Santo Agostinho (354-430), Bispo de Hipona (África do Norte) e Doutor da Igreja Sermões sobre a primeira carta de São João, I, 3 (a partir da trad. SC 75, p. 117)
«E procurava vê-lO»

Escreve São João: «Anunciamos-vos a Vida eterna que estava junto do Pai e que se manifestou a nós; o que nós vimos e ouvimos, isso vos anunciamos» (1Jo 1, 2-3). Estai bem atentos: «Anunciamos-vos o que nós vimos e ouvimos». Eles viram o próprio Senhor presente em carne, ouviram da boca do Senhor as Suas palavras e anunciaram-no-las. E nós ouvimos, seguramente, mas não vimos. Seremos então menos felizes do que os que viram e ouviram? Por que razão, então, acrescenta São João estas palavras: «Anunciamo-la também a vós para que, vós também, estejais em comunhão connosco». Eles viram, mas nós não, e no entanto estamos em comunhão com eles, porque temos a mesma fé.Ao discípulo que pediu para tocar para poder crer [...] disse o Senhor, para nos consolar, a nós que não podemos tocar mas que podemos, pela fé, alcançar a Cristo: «Felizes os que crêem sem terem visto!» (Jo 20, 29). É de nós que Ele fala, é a nós que Ele designa. Que se cumpra então em nós esta bem-aventurança prometida pelo Senhor! Acreditemos com todas as nossas forças naquilo que não vemos; os que viram anunciam-nO a nós para que com eles estejamos em comunhão e tenhamos a «plenitude da alegria» (v. 4).

Fonte: Evangelho Quotidiano

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

LITURGIA DO DIA - 22/09

Santo do dia
Quarta-feira da 25ª semana do Tempo Comum
Hoje a Igreja celebra : S. Maurício e companheiros (soldados romanos), mártires, séc. III, Beato José Calasanz e companheiros, mártires, +1648
LEITURAS
Livro de Provérbios 30,5-9.
Toda a palavra de Deus é provada ao fogo, é um escudo para aqueles que confiam nele. Nada acrescentes às suas palavras, para que não te repreenda e sejas achado mentiroso. Peço-te duas coisas, não mas negues antes da minha morte: Afasta de mim a falsidade e a mentira, não me dês pobreza nem riqueza, concede-me o pão que me é necessário, para que, saciado, não te renegue, e não diga: «Quem é o Senhor?» Ou, empobrecido, não roube e não profane o nome do meu Deus.
Livro de Salmos 119,29.72.89.101.104.163.
Afasta-me dos caminhos da mentira; concede-me a graça da tua lei. Prezo mais a lei da tua boca do que milhões em ouro e prata. Yod SENHOR, a tua palavra permanece para sempre, mais estável do que os céus. Desviei os meus pés de todo o mau caminho para obedecer às tuas palavras. Dos teus preceitos recebi entendimento; por isso detesto os caminhos da mentira. Nun Odeio e detesto a mentira, mas amo a tua lei.
Evangelho segundo S. Lucas 9,1-6.
Tendo convocado os Doze, deu-lhes poder e autoridade sobre todos os demónios e para curarem doenças. Depois, enviou-os a proclamar o Reino de Deus e a curar os doentes, e disse-lhes: «Nada leveis para o caminho: nem cajado, nem alforge, nem pão, nem dinheiro; nem tenhais duas túnicas. Em qualquer casa em que entrardes, ficai lá até ao vosso regresso. Quanto aos que vos não receberem, saí dessa cidade e sacudi o pó dos vossos pés, para servir de testemunho contra eles.» Eles puseram-se a caminho e foram de aldeia em aldeia, anunciando a Boa-Nova e realizando curas por toda a parte.
Comentário ao Evangelho do dia feito por João Paulo II Redemptoris Missio

Enviou-os a proclamar o Reino de Deus

O nosso tempo, com uma humanidade em movimento e insatisfeita, exige um renovado impulso na actividade missionária da Igreja. Os horizontes e as possibilidades da missão alargam-se, e é-nos pedida, a nós cristãos, a coragem apostólica, apoiada sobre a confiança no Espírito. Ele é o protagonista da missão! Na história da humanidade, houve numerosas viragens que estimularam o dinamismo missionário, e a Igreja, guiada pelo Espírito, sempre respondeu com generosidade e clarividência. Também não faltaram os frutos! Há pouco tempo, celebrou-se o milénio da evangelização da Rússia e dos povos eslavos, estando para se celebrar o quinto centenário da evangelização das Américas; foram entretanto comemorados, de forma solene, os centenários das primeiras missões em vários Países da Ásia, da África e da Oceânia. A Igreja deve hoje enfrentar outros desafios, lançando-se para novas fronteiras, quer na primeira missão ad gentes, quer na nova evangelização dos povos que já receberam o anúncio de Cristo. A todos os cristãos, às Igrejas particulares e à Igreja universal, pede-se a mesma coragem que moveu os missionários do passado, a mesma disponibilidade para escutar a voz do Espírito.
Fonte: Evangelho Quotidiano

terça-feira, 21 de setembro de 2010

LITURGIA DO DIA - 21/09

Santo do dia

S. Mateus, Apóstolo e Evangelista – Festa
Hoje a Igreja celebra : S. Mateus, apóstolo e evangelista

S. Mateus

Trata-se de um dos apóstolos, homem decidido e generoso desde o primeiro momento da sua vocação. É também evangelista - o primeiro que, por inspiração divina, pôs por escrito a mensagem messiânica de Jesus. Foi Judeu. Exercia as funções de cobrador de direitos de portagem, ao serviço de Herodes Antipas. Um dia, Jesus saía de Cafarnaum em direcção ao Lago, olhou para ele com atenção e disse-lhe: "Mateus, segue-me". E Mateus seguiu-o e foi generoso ao seguir o chamamento e agradecido ao mesmo tempo. Acompanhou sempre o Salvador. Foi testemunha da Ressurreição, assistiu à Ascensão e recebeu o Espírito Santo no dia de Pentecostes. A glória principal de S. Mateus é o seu Evangelho, escrito primeiro em aramaico e traduzido pouco depois para o grego.

LEITURA

Carta aos Efésios 4,1-7.11-13.

Eu, o prisioneiro no Senhor, exorto-vos, pois, a que procedais de um modo digno do chamamento que recebestes; com toda a humildade e mansidão, com paciência: suportando-vos uns aos outros no amor, esforçando-vos por manter a unidade do Espírito, mediante o vínculo da paz. Há um só Corpo e um só Espírito, assim como a vossa vocação vos chamou a uma só esperança; um só Senhor, uma só fé, um só baptismo; um só Deus e Pai de todos, que reina sobre todos, age por todos e permanece em todos. Mas, a cada um de nós foi dada a graça, segundo a medida do dom de Cristo. E foi Ele que a alguns constituiu como Apóstolos, Profetas, Evangelistas, Pastores e Mestres, em ordem a preparar os santos para uma actividade de serviço, para a construção do Corpo de Cristo, até que cheguemos todos à unidade da fé e do conhecimento do Filho de Deus, ao homem adulto, à medida completa da plenitude de Cristo.

Livro de Salmos 19(18),2-3.4-5.

Os céus proclamam a glória de Deus; o firmamento anuncia a obra das suas mãos.Um dia passa ao outro esta mensagem e uma noite dá conhecimento à outra noite.Não são palavras nem discursos cujo sentido se não perceba.O seu eco ressoou por toda a terra, e a sua palavra, até aos confins do mundo. Deus fez, lá no alto, uma tenda para o Sol.

Evangelho segundo S. Mateus 9,9-13.

Partindo dali, Jesus viu um homem chamado Mateus, sentado no posto de cobrança, e disse-lhe: «Segue-me!» E ele levantou se e seguiu-o. Encontrando-se Jesus à mesa em sua casa, numerosos cobradores de impostos e outros pecadores vieram e sentaram-se com Ele e seus discípulos. Os fariseus, vendo isto, diziam aos discípulos: «Porque é que o vosso Mestre come com os cobradores de impostos e os pecadores?» Jesus ouviu-os e respondeu-lhes: «Não são os que têm saúde que precisam de médico, mas sim os doentes. Ide aprender o que significa: Prefiro a misericórdia ao sacrifício. Porque Eu não vim chamar os justos, mas os pecadores.»

Comentário ao Evangelho do dia feito por Santo Ireneu de Lyon (c. 130-c. 208), bispo, teólogo e mártir Contra as heresias, III, 11,8; 9,1 (a partir da trad. Bouchet, Leccionário, p. 493)

Uma das primeiras afirmações históricas dos evangelistas

Os apóstolos foram até ao fim do mundo proclamar a boa nova das graças que Deus nos concede e anunciar aos homens a paz do céu (Lc 2, 14), eles que detinham – todos igualmente e cada um em particular – a Boa Nova de Deus. Encontrando-se entre hebreus, Mateus publicou precisamente uma das versões escritas de evangelho nessa língua, enquanto Pedro e Paulo evangelizavam Roma e aí fundavam a Igreja. Depois da morte destes, Marcos, o discípulo e intérprete de Pedro (1Pe 5, 13), transmitiu-nos também por escrito a pregação de Pedro. Da mesma forma, Lucas, companheiro de Paulo, consignou em livro o evangelho por este pregado. Seguidamente João, discípulo do Senhor, o mesmo que apoiou a cabeça sobre o Seu peito (Jo 13,25), publicou também o evangelho durante a sua permanência em Éfeso. Mateus, no seu evangelho, regista a genealogia de Cristo como homem: «genealogia de Jesus Cristo, filho de David, filho de Abraão» (Mt 1, 1-18). Este evangelho apresenta pois Cristo na Sua forma humana; é por isso que aí Cristo é um homem permanentemente animado de sentimentos de humildade e de mansidão. [...] O apóstolo Mateus conhece um único Deus, o mesmo que prometeu a Abraão multiplicar a sua descendência como as estrelas do céu (Gn 15, 5) e que, pelo Seu Filho Cristo Jesus, nos chamou do culto às pedras ao Seu conhecimento (Mt 3, 9), de forma que [se cumprisse a Escritura que diz]: «àquele que não é meu povo, hei-de chamar meu povo, e minha amada, àquela que não é minha amada» (Os 2, 25; Rom 9, 25).

Fonte: Evangelho Quotidiano

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

LITURGIA DO DIA - 20/09

Santo do dia

Segunda-feira da 25ª semana do Tempo Comum
LEITURAS
Livro de Provérbios 3,27-34.
Não negues um benefício a quem dele precisa, se estiver nas tuas mãos poder concedê-lo. Não digas ao teu próximo: «Vai, e volta depois, amanhã te darei», quando o puderes logo atender. Não maquines o mal contra teu próximo, quando ele deposita confiança em ti. Não litigues contra ninguém, sem motivo, quando não te fez mal algum. Não invejes o homem violento, nem adoptes o seu procedimento, porque o Senhor abomina o homem perverso, mas reserva para os rectos a sua intimidade. A maldição do Senhor cai sobre a casa do ímpio, mas Ele abençoa a morada dos justos. Ele escarnece dos escarnecedores, mas concede a sua graça aos humildes.
Livro de Salmos 15(14),2-3.4.5.
Aquele que leva uma vida sem mancha, pratica a justiça e diz a verdade com todo o coração;aquele cuja língua não levanta calúnias e não faz mal ao seu próximo, nem causa prejuízo a ninguém;aquele que despreza o que é desprezível, mas estima os que temem o SENHOR; aquele que não falta ao juramento, mesmo em seu prejuízo;aquele que não empresta o seu dinheiro com usura, nem se deixa subornar contra o inocente. Quem assim proceder não há-de sucumbir para sempre.
Evangelho segundo S. Lucas 8,16-18.
«Ninguém acende uma candeia para a cobrir com um vaso ou para a esconder debaixo da cama; mas coloca-a no candelabro, para que vejam a luz aqueles que entram. Porque não há coisa oculta que não venha a manifestar-se, nem escondida que não se saiba e venha à luz. Vede, pois, como ouvis, porque àquele que tiver, ser-lhe-á dado; mas àquele que não tiver, ser-lhe-á tirado mesmo o que julga possuir.»
Comentário ao Evangelho do dia feito por São Josemaría Escrivá de Balaguer (1902-1975), presbítero, fundador Homilia «Trabalho de Deus», em «Amigos de Deus», §§ 61-62

Pôr a candeia no candelabro

«Cristo», escreve um Padre da Igreja, «escolheu-nos para que fôssemos como lâmpadas; para que nos convertêssemos em mestres dos demais; para que actuássemos como fermento; para que vivêssemos como anjos entre os homens, como adultos entre crianças, como espirituais entre gente somente racional; para que fôssemos semente; para que produzíssemos fruto. Não seria necessário abrir a boca, se a nossa vida resplandecesse desta maneira. Sobrariam as palavras, se mostrássemos as obras. Não haveria um só pagão, se nós fôssemos verdadeiramente cristãos.»Temos de evitar o erro de considerar que o apostolado se reduz ao testemunho de algumas práticas piedosas. Tu e eu somos cristãos mas, ao mesmo tempo e sem solução de continuidade, cidadãos e trabalhadores, com obrigações bem nítidas que temos de cumprir exemplarmente, se deveras queremos santificar-nos. É Jesus Cristo que nos estimula: «Vós sois a luz do mundo. Não se pode ocultar uma cidade situada sobre um monte. Nem se acende uma candeia para a colocar debaixo do alqueire, mas sim sobre o candelabro, e assim alumia quantos estão em casa. Brilhe do mesmo modo a vossa luz diante dos homens, a fim de que, vendo as vossas boas obras, glorifiquem vosso Pai que está nos céus» (Mt 5, 14-16).Seja qual for, o trabalho profissional converte-se numa luz que ilumina os vossos colegas e amigos. Por isso, costumo repetir [...]: que me importa que me digam que fulano de tal é um bom filho meu - um bom cristão -, se é mau sapateiro?! Se não se esforçar por aprender bem o seu ofício, ou por executar o seu trabalho com esmero, não poderá santificá-lo nem oferecê-lo ao Senhor. Ora, a santificação do trabalho ordinário constitui como que o fundamento da verdadeira espiritualidade para aqueles que, como nós, estão decididos a viver na intimidade de Deus, imersos nas realidades temporais.
Fonte: Evangelho Quotidiano

domingo, 19 de setembro de 2010

LITURGIA DO DIA - 19/08

Santo do dia

25º Domingo do Tempo Comum - Ano C
Livro de Amós 8,4-7.
Ouvi isto, vós que esmagais o pobre e fazeis perecer os desvalidos da terra, dizendo: "Quando passará a Lua-nova, para vendermos o nosso trigo, e o sábado, para abrirmos os nossos celeiros, diminuindo o efá, aumentando o siclo e falseando a balança para defraudar? Compraremos os necessitados por dinheiro e o pobre por um par de sandálias, e venderemos até as alimpas do nosso trigo." O SENHOR jurou contra a soberba de Jacob: "Não esquecerei jamais nenhuma das suas obras."
Livro de Salmos 113(112),1-2.4-6.7-8.
Louvai, servos do SENHOR, louvai o nome do SENHOR. Bendito seja o nome do SENHOR, agora e para sempre. SENHOR reina sobre todas as nações, a sua majestade está acima dos céus. Quem é como o SENHOR, nosso Deus, que tem o seu trono nas alturas? Ele se inclina, lá do alto, para observar o céu e a terra. Ele levanta do pó o indigente e tira o pobre da miséria, para o fazer sentar entre os grandes, entre os grandes do seu povo.
1ª Carta a Timóteo 2,1-8.
Recomendo, pois, antes de tudo, que se façam preces, orações, súplicas e acções de graças por todos os homens, pelos reis e por todos os que estão constituídos em autoridade, a fim de que levemos uma vida serena e tranquila, com toda a piedade e dignidade. Isto é bom e agradável diante de Deus, nosso Salvador, que quer que todos os homens sejam salvos e cheguem ao conhecimento da verdade. Pois, há um só Deus, e um só mediador entre Deus e os homens, um homem: Cristo Jesus, que se entregou a si mesmo como resgate por todos. Tal é o testemunho dado para os tempos estabelecidos. Foi para isto que fui constituído arauto e apóstolo –digo a verdade, não minto – mestre das nações, na fé e na verdade. Quero, pois, que os homens orem em todo o lugar, erguendo as mãos puras, sem ira nem altercação.
Evangelho segundo S. Lucas 16,1-13.
Disse ainda Jesus aos discípulos: «Havia um homem rico, que tinha um administrador; e este foi acusado perante ele de lhe dissipar os bens. Mandou-o chamar e disse-lhe: 'Que é isto que ouço a teu respeito? Presta contas da tua administração, porque já não podes continuar a administrar.' O administrador disse, então, para consigo: 'Que farei, pois o meu senhor vai tirar-me a administração? Cavar não posso; de mendigar tenho vergonha. Já sei o que hei de fazer, para que haja quem me receba em sua casa, quando for despedido da minha administração.' E, chamando cada um dos devedores do seu senhor, perguntou ao primeiro: 'Quanto deves ao meu senhor?' Ele respondeu: Cem talhas de azeite.' Retorquiu-lhe: 'Toma o teu recibo, senta-te depressa e escreve cinquenta.' Perguntou, depois, ao outro: 'E tu quanto deves?' Este respondeu: 'Cem medidas de trigo.' Retorquiu-lhe também: 'Toma o teu recibo e escreve oitenta.' O senhor elogiou o administrador desonesto, por ter procedido com esperteza. É que os filhos deste mundo são mais sagazes que os filhos da luz, no trato com os seus semelhantes.» «E Eu digo-vos: Arranjai amigos com o dinheiro desonesto, para que, quando este faltar, eles vos recebam nas moradas eternas. Quem é fiel no pouco também é fiel no muito; e quem é infiel no pouco também é infiel no muito. Se, pois, não fostes fiéis no que toca ao dinheiro desonesto, quem vos há-de confiar o verdadeiro bem? E, se não fostes fiéis no alheio, quem vos dará o que é vosso? Nenhum servo pode servir a dois senhores; ou há-de aborrecer a um e amar o outro, ou dedicar-se a um e desprezar o outro. Não podeis servir a Deus e ao dinheiro.»
Comentário ao Evangelho do dia feito por São Basílio (v. 330-379), monge e Bispo de Cesareia, na Capadócia, Doutor da Igreja Homilia 14, sobre o amor dos pobres, §§ 23-25; PG 35,887 (a partir da trad. Solesmes, Lectionnaire, t. 2, p. 161 rev.)

«Quem é fiel no pouco também é fiel no muito»

Tens de saber de onde te vem a existência, o sopro de vida, a inteligência e aquilo que há de mais precioso, o conhecimento de Deus, de onde te vem a esperança do Reino dos céus e a de contemplar a glória que hoje vês de maneira obscura, como num espelho, mas que verás amanhã em toda a sua pureza e brilho (1Cor 13, 12). De onde te vem o facto de seres filho de Deus, herdeiro com Cristo (Rom 8, 16-17) e, se ouso dizer, o facto de seres tu próprio um deus? De onde te vem tudo isto e através de quem?Ou ainda, falando de coisas menos importantes, as que se vêem: quem te deu a beleza do céu, o curso do sol, o ciclo da lua, as incontáveis estrelas e a harmonia e a ordem que as regem? [...] Quem te deu a chuva, a agricultura, os alimentos, as artes, as leis, a cidade, uma vida civilizada, relações familiares com os teus semelhantes?Não foi Aquele que, antes de mais nada e em paga de todas as Suas dádivas, te pede que ames os homens? [...] Se Ele, o nosso Deus e nosso Senhor, não tem vergonha de ser chamado nosso Pai, podemos nós renegar os nossos irmãos? Não, meus irmãos e meus amigos, não sejamos administradores infiéis dos bens que nos são confiados.
Fonte: Evangelho Quotidiano