TRANSLATOR GOOGLE

sábado, 6 de novembro de 2010

LITURGIA DO DIA - 06/11

Santo do dia
Sábado da 31a semana do Tempo Comum
LEITURAS
Carta aos Filipenses 4,10-19.
É grande a alegria que sinto no Senhor por, finalmente, terdes feito com que desabrochasse o vosso amor por mim. É que tínheis o interesse, mas faltava a oportunidade. Não falo assim por me sentir carecido. Pois, no meu caso, aprendi a ser autónomo nas situações em que me encontre. Sei passar por privações, sei viver na abundância. Em toda e qualquer situação, estou preparado para me saciar e passar fome, para viver na abundância e sofrer carências. De tudo sou capaz naquele que me dá força. Entretanto, fizestes bem em tomar parte na minha tribulação. Vós bem o sabeis, filipenses: no início da pregação do Evangelho, quando saí da Macedónia, nenhuma outra igreja esteve em comunhão comigo na permuta de dar e receber, a não ser apenas vós: em Tessalónica e por duas vezes me enviastes socorro para as minhas necessidades. Não é que eu esteja à procura de donativos; o que procuro, sim, é que aumente o produto, que está registado na vossa conta. Sim, tudo recebi em abundância. Estou plenamente fornecido, depois de receber de Epafrodito o que veio da vossa parte: um odor perfumado, um sacrifício que Deus aceita e lhe é agradável. E o meu Deus há-de compensar-vos plenamente em todas as necessidades, segundo a sua riqueza, na glória que se tem em Cristo Jesus.
Livro de Salmos 112(111),1-2.5-6.8.9.
Feliz o homem que teme o SENHOR e se compraz nos seus mandamentos. sua descendência será poderosa sobre a terra, e bendita, a geração dos justos. Feliz o homem que se compadece e empresta e administra os seus bens com justiça. Este jamais sucumbirá. O justo deixará memória eterna. seu coração está firme; por isso nada teme e verá os seus opressores confundidos. Reparte do que é seu com os pobres; a sua generosidade subsistirá para sempre e o seu poder crescerá em glória.
Evangelho segundo S. Lucas 16,9-15.
«E Eu digo-vos: Arranjai amigos com o dinheiro desonesto, para que, quando este faltar, eles vos recebam nas moradas eternas. Quem é fiel no pouco também é fiel no muito; e quem é infiel no pouco também é infiel no muito. Se, pois, não fostes fiéis no que toca ao dinheiro desonesto, quem vos há-de confiar o verdadeiro bem? E, se não fostes fiéis no alheio, quem vos dará o que é vosso? Nenhum servo pode servir a dois senhores; ou há-de aborrecer a um e amar o outro, ou dedicar-se a um e desprezar o outro. Não podeis servir a Deus e ao dinheiro.» Os fariseus, como eram avarentos, ouviam as suas palavras e troçavam dele. Jesus disse-lhes: «Vós pretendeis passar por justos aos olhos dos homens, mas Deus conhece os vossos corações. Porque o que os homens têm por muito elevado é abominável aos olhos de Deus.
Comentário ao Evangelho do dia feito por São Gaudêncio de Brescia (?-depois de 406), bispo Sermão 18; PL 20, 973-975 (a partir da trad. de Delhougne, Les Pères commentent, p. 442)

«Arranjai amigos com o dinheiro desonesto»

Esses amigos que nos obterão a salvação são evidentemente os pobres porque, segundo a palavra de Cristo, será Ele mesmo, autor da recompensa eterna, a colher neles os serviços que a nossa caridade lhes tiver prestado. Desde logo os pobres acolher-nos-ão bem, não em seu próprio nome mas em nome d'Aquele que neles prova o fruto refrescante da nossa obediência e da nossa fé. Aqueles que conseguem realizar esse serviço de amor serão recebidos nas moradas eternas do Reino dos céus, visto que Cristo lhes dirá: «Vinde, benditos de Meu Pai! Recebei em herança o Reino que vos está preparado desde a criação do mundo. Porque tive fome e destes-Me de comer, tive sede e destes-Me de beber» (Mt 25, 34). [...]E, por fim, o Senhor acrescenta: «Se não fordes dignos de confiança nos bens dos outros, quem vos confiará o que é vosso?» Com efeito, nada do que existe neste mundo nos pertence verdadeiramente. Porque nós, que esperamos a recompensa futura, somos convidados a conduzir-nos na terra como hóspedes e como peregrinos, para que possamos dizer ao Senhor com segurança: «Diante de Ti sou como um estrangeiro, um hóspede, como os meus antepassados» [Sl 39 (38), 13].Mas os bens eternos pertencem realmente aos crentes. Estão no céu, onde sabemos que estão «o nosso tesouro e o nosso coração» (Mt 6, 21), e onde – é nossa íntima convicção – vivemos desde já pela fé. Porque, de acordo com o ensinamento de São Paulo, «a cidade a que pertencemos está nos céus» (Fl 3, 20).
Fonte: Evangelho Quotidiano

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

LITURGIA DO DIA - 05/11

Santo do dia
Sexta-feira da 31ª semana do Tempo Comum
LEITURAS

Carta aos Filipenses 3,17-21.4,1.
Sede todos meus imitadores, irmãos, e olhai atentamente para aqueles que procedem conforme o modelo que tendes em nós. É que muitos –de quem várias vezes vos falei e agora até falo a chorar – são, no seu procedimento, inimigos da cruz de Cristo: o seu fim é a perdição, o seu Deus é o ventre, e gloriam-se da sua vergonha – esses que estão presos às coisas da terra. É que, para nós, a cidade a que pertencemos está nos céus, de onde certamente esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo. Ele transfigurará o nosso pobre corpo, conformando-o ao seu corpo glorioso, com aquela energia que o torna capaz de a si mesmo sujeitar todas as coisas. Portanto, meus caríssimos e saudosos irmãos, minha coroa e alegria, permanecei assim firmes no Senhor, caríssimos.
Livro de Salmos 122(121),1-5.
Que alegria, quando me disseram: «Vamos para a casa do SENHOR!» Os nossos pés detêm-se às tuas portas, ó Jerusalém! Jerusalém, cidade bem construída, harmoniosamente edificada. Para lá sobem as tribos, as tribos do SENHOR, segundo o costume de Israel, para louvar o nome do SENHOR. Nela estão os tribunais da justiça, os tribunais da casa de David.
Evangelho segundo S. Lucas 16,1-8.
Disse ainda Jesus aos discípulos: «Havia um homem rico, que tinha um administrador; e este foi acusado perante ele de lhe dissipar os bens. Mandou-o chamar e disse-lhe: 'Que é isto que ouço a teu respeito? Presta contas da tua administração, porque já não podes continuar a administrar.' O administrador disse, então, para consigo: 'Que farei, pois o meu senhor vai tirar-me a administração? Cavar não posso; de mendigar tenho vergonha. Já sei o que hei de fazer, para que haja quem me receba em sua casa, quando for despedido da minha administração.' E, chamando cada um dos devedores do seu senhor, perguntou ao primeiro: 'Quanto deves ao meu senhor?' Ele respondeu: Cem talhas de azeite.' Retorquiu-lhe: 'Toma o teu recibo, senta-te depressa e escreve cinquenta.' Perguntou, depois, ao outro: 'E tu quanto deves?' Este respondeu: 'Cem medidas de trigo.' Retorquiu-lhe também: 'Toma o teu recibo e escreve oitenta.' O senhor elogiou o administrador desonesto, por ter procedido com esperteza. É que os filhos deste mundo são mais sagazes que os filhos da luz, no trato com os seus semelhantes.»
Comentário ao Evangelho do dia feito por Concílio Vaticano II Constituição sobre a Igreja no mundo contemporâneo «Gaudium et Spes», § 34

«Enchei a terra e submetei-a» (Gn 1, 28)

O homem, criado à imagem de Deus, recebeu o mandamento de dominar a terra com tudo o que ela contém e governar o mundo na justiça e na santidade; e de, reconhecendo Deus como Criador universal, orientar-se a si e ao universo para Ele; de maneira que, estando todas as coisas sujeitas ao homem, seja glorificado em toda a terra o nome de Deus. Isto aplica-se também às actividades de todos os dias. Assim, os homens e as mulheres que, ao ganhar o sustento para si e suas famílias, de tal modo exercem a própria actividade que prestam conveniente serviço à sociedade, com razão podem considerar que prolongam com o seu trabalho a obra do Criador, ajudam os seus irmãos e dão uma contribuição pessoal para a realização dos desígnios de Deus na história. Longe de pensar que as obras do engenho e poder humano se opõem ao poder de Deus, ou de considerar a criatura racional como rival do Criador, os cristãos devem, pelo contrário, estar convencidos de que as vitórias do género humano manifestam a grandeza de Deus e são fruto do Seu desígnio inefável.

Fonte: Evangelho Quotidiano

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

LITURGIA DO DIA - 04/11

Santo do dia



Quinta-feira da 31ª semana do Tempo Comum
Hoje a Igreja celebra : S. Carlos Borromeu, bispo, +1584

LEITURAS
Carta aos Filipenses 3,3-8.
Porque nós é que somos pela circuncisão: nós, os que prestamos culto pelo Espírito de Deus, nos gloriamos em Cristo Jesus e não confiamos na carne – ainda que eu tenha razões para, também eu, pôr a confiança precisamente nos méritos humanos. Se qualquer outro julga poder confiar nesses méritos, eu posso muito mais: circuncidado ao oitavo dia, sou da raça de Israel, da tribo de Benjamim, um hebreu descendente de hebreus; no que toca à Lei, fui fariseu; no que toca ao zelo, perseguidor da Igreja; no que toca à justiça – a que se procura na lei – irrepreensível. Mas, tudo quanto para mim era ganho, isso mesmo considerei perda por causa de Cristo. Sim, considero que tudo isso foi mesmo uma perda, por causa da maravilha que é o conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor: por causa dele, tudo perdi e considero esterco, a fim de ganhar a Cristo.
Livro de Salmos 105(104),2-3.4-5.6-7.
Cantai-lhe hinos e salmos, proclamai as suas maravilhas. Orgulhai-vos do seu nome santo; alegre-se o coração dos que procuram o SENHOR. Recorrei ao SENHOR e ao seu poder e buscai sempre a sua face. Recordai as maravilhas que Ele fez, os seus prodígios e as sentenças da sua boca, vós, descendentes de Abraão, seu servo, filhos de Jacob, seu escolhido. Ele é o SENHOR, nosso Deus, e governa sobre a terra!
Evangelho segundo S. Lucas 15,1-10.
Aproximavam-se dele todos os cobradores de impostos e pecadores para o ouvirem. Mas os fariseus e os doutores da Lei murmuravam entre si, dizendo: «Este acolhe os pecadores e come com eles.» Jesus propôs-lhes, então, esta parábola: «Qual é o homem dentre vós que, possuindo cem ovelhas e tendo perdido uma delas, não deixa as noventa e nove no deserto e vai à procura da que se tinha perdido, até a encontrar? Ao encontrá-la, põe na alegremente aos ombros e, ao chegar a casa, convoca os amigos e vizinhos e diz-lhes: 'Alegrai-vos comigo, porque encontrei a minha ovelha perdida.' Digo-vos Eu: Haverá mais alegria no Céu por um só pecador que se converte, do que por noventa e nove justos que não necessitam de conversão.» «Ou qual é a mulher que, tendo dez dracmas, se perde uma, não acende a candeia, não varre a casa e não procura cuidadosamente até a encontrar? E, ao encontrá-la, convoca as amigas e vizinhas e diz: 'Alegrai-vos comigo, porque encontrei a dracma perdida.' Digo-vos: Assim há alegria entre os anjos de Deus por um só pecador que se converte.»
Comentário ao Evangelho do dia feito por Isaac de l'Étoile (?-c. 1171), monge cisterciense Sermão 35; 2º Domingo da Quaresma (a partir da trad. SC 207, p. 259)

«Alegrai-vos comigo porque encontrei a minha ovelha perdida»

Quando chegou o tempo da misericórdia (Sl 101, 14), o Bom Pastor desceu de junto do Pai [...] como estava prometido desde sempre. Ele veio buscar a única ovelha que se tinha perdido. Prometido a ela desde sempre, para ela foi enviado no tempo; para ela nasceu e foi dado, eternamente predestinado a ela. Ela é única, saída simultaneamente dos judeus e das nações [...], presente em todos os povos [...]; ela é única no seu mistério, múltipla nas pessoas, múltipla pela carne segundo a natureza, única pelo Espírito segundo a graça – em suma, uma única ovelha e uma multidão numerosa. [...]Ora, aqueles que este pastor reconhece como Seus, «ninguém lhos pode arrancar das mãos» (Jo 10, 28). Pois não se pode forçar o verdadeiro poder, enganar a sensatez, destruir a caridade. É por isso que Ele fala com segurança e diz [...]: «Daquelas que Me deste, Pai, não perdi nenhuma» (Jo 18, 9). [...]Ele foi enviado como verdade para os iludidos, como caminho para os extraviados, como vida para os que estavam mortos, como sensatez para os insensatos, como remédio para os doentes, como resgate para os cativos e como alimento para os que morriam de fome. Para todos estes, pode dizer-se que Ele foi enviado «às ovelhas perdidas da casa de Israel» (Mt 15, 24), para que elas não ficassem perdidas para todo o sempre. Ele foi enviado como uma alma a um corpo inerte, para que, quando da Sua vinda, os membros aqueçam e tornem a viver com uma vida nova, sobrenatural e divina: é a primeira ressurreição (Ap 20, 5). Ele pode então declarar: «Chegou a hora em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus e aqueles que a ouvirem viverão» (Jo 5, 25). E pode então dizer das Suas ovelhas: «Elas ouvirão a Minha voz e seguir-Me-ão» (Jo 10, 4-5).
Fonte: Evangelho Quotidiano

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

LITURGIA DO DIA - 03/11


Santo do dia


Quarta-feira da 31ª semana do Tempo Comum
LEITURAS
Carta aos Filipenses 2,12-18.
Por isso, meus caríssimos, na mesma medida em que sempre fostes obedientes – não só como aconteceu na minha presença, mas agora com muito mais razão na minha ausência – trabalhai com temor e tremor pela vossa salvação. Pois é Deus quem, segundo o seu desígnio, opera em vós o querer e o agir. Fazei tudo sem murmurações nem discussões, para serdes irrepreensíveis e íntegros, filhos de Deus sem mancha, no meio de uma geração perversa e corrompida; nela brilhais como astros no mundo. Conservai a palavra da vida. Para mim será um motivo de glória para o dia de Cristo, por não ter corrido em vão nem me ter esforçado em vão. Mas alegro-me até mesmo se o meu sangue tiver de ser derramado em sacrifício e oferta pela vossa fé; sim, com todos vós me alegro. Do mesmo modo, alegrai-vos também vós; sim, alegrai-vos comigo.
Livro de Salmos 27,1.4.13-14.
O SENHOR é minha luz e salvação: de quem terei medo? O SENHOR é o baluarte da minha vida: quem me assustará?Uma só coisa peço ao SENHOR e ardentemente a desejo: é habitar na casa do SENHOR todos os dias da minha vida, para saborear o seu encanto e ficar em vigília no seu templo.Creio, firmemente, vir a contemplar a bondade do SENHOR, na terra dos vivos.Confia no SENHOR! Sê forte e corajoso, e confia no SENHOR!
Evangelho segundo S. Lucas 14,25-33.
Seguiam com ele grandes multidões; e Jesus, voltando-se para elas, disse-lhes: «Se alguém vem ter comigo e não me tem mais amor que ao seu pai, à sua mãe, à sua esposa, aos seus filhos, aos seus irmãos, às suas irmãs e até à própria vida, não pode ser meu discípulo. Quem não tomar a sua cruz para me seguir não pode ser meu discípulo. Quem dentre vós, querendo construir uma torre, não se senta primeiro para calcular a despesa e ver se tem com que a concluir? Não suceda que, depois de assentar os alicerces, não a podendo acabar, todos os que virem comecem a troçar dele, dizendo: 'Este homem começou a construir e não pôde acabar.' Ou qual é o rei que parte para a guerra contra outro rei e não se senta primeiro para examinar se lhe é possível com dez mil homens opor-se àquele que vem contra ele com vinte mil? Se não pode, estando o outro ainda longe, manda-lhe embaixadores a pedir a paz. Assim, qualquer de vós, que não renunciar a tudo o que possui, não pode ser meu discípulo.»
Comentário ao Evangelho do dia feito por São Macário do Egipto (?-405), monge Homilias espirituais (a partir da trad. Deseille, Coll. Spi. Or. 40, Bellefontaine 1984, p. 114)

Entregarmo-nos totalmente a Ele

Como é possível que, apesar de tais encorajamentos e tais promessas da parte do Senhor, nos recusemos a entregar-nos a Ele totalmente e sem reservas, a renunciarmos a todas as coisas e mesmo à nossa própria vida, em conformidade com o Evangelho (Lc 14, 26), para amarmos apenas a Ele, e mais ninguém a não ser Ele? Considera tudo o que foi feito para nós: que glória nos foi dada, que planos com vista à história da salvação fez o Senhor desde os pais e os profetas, que promessas, que exortações, que compaixão da parte do Mestre desde as origens! No fim, manifestou a Sua indizível benevolência para connosco ao vir habitar connosco e ao morrer na cruz para nos converter e nos trazer à vida. E nós não abandonamos as nossas próprias vontades, o nosso amor ao mundo, as nossas predisposições e os nossos maus hábitos, aparecendo nisso como homens de pouca fé, ou mesmo sem fé nenhuma. [...]E contudo, vede como, apesar de tudo isso, Deus Se mostra cheio de uma doce bondade. Ele protege-nos e cuida de nós invisivelmente; apesar das nossas faltas, não nos abandona definitivamente à maldade e às ilusões do mundo; na Sua grande paciência, impede-nos de perecer e vigia de longe o momento em que voltaremos para Ele.

Fonte: Evangelho Quotidiano

terça-feira, 2 de novembro de 2010

LITURGIA DO DIA - 02/11

Santo do dia

Fiéis Defuntos

Comemoração de todos os Fiéis Defuntos

Para muitas pessoas, o dia de finados é uma data triste, que deveria ser excluída do calendário. Muitos, nesse dia, ficam deprimidos ao recordarem os seus entes queridos que partiram desta vida. Alguns isolam-se, outros viajam para esconder suas mágoas... Porém, poucos conseguem ver que o dia de finados deve ser um momento de reflexão acerca de como anda a nossa conversão. Deve ser um dia de "fecho para balanço", daqueles em que se pára tudo, totalizam-se os lucros e os prejuízos e promete-se e permite-se vida nova.Não podemos esquecer-nos de que um dia estaremos também partindo desta vida. Não podemos ignorar isso pois, como um ladrão na noite, como diz o Evangelho, esse dia chegará. Felizes aqueles que foram "apanhados" em oração, com os Sacramentos em dia.Muitas pessoas lamentam a "perda" de um pai ou uma mãe e esquecem-se de que eles fizeram apenas uma viagem distante e que estão esperando por nós. Partiram quando o Pai, transbordando de saudades, gritou: - Filho(a), há quanto tempo estás aí! Volta para casa! - e assim foi feito.Muitos, porém, desses que lamentam a perda de um ente querido, ao invés de serem verdadeiramente santos para, um dia, voltarem a encontrar-se com seus parentes e amigos que partiram desta vida, tomam um outro rumo, ora distanciando-se de Deus e da Sua Igreja ora vivendo uma fé morna, como diz Jesus.Não percebem que, ao fazer isso, desperdiçam a única oportunidade que têm de rever essas pessoas. É uma pena...Neste dia 2 de Novembro, que possamos verdadeiramente rever os nossos sonhos, a nossa vida, a nossa fé e, pela glória de Deus, mudar de rumo, se necessário for.

Hoje a Igreja celebra : Comemoração dos Fiéis Defuntos
LEITURAS

Livro de Job 19,1.23-27.
Job respondeu, dizendo: Quem me dera que as minhas palavras se escrevessem e se consignassem num livro, ou gravadas em chumbo com estilete de ferro, ou se esculpissem na pedra para sempre! Eu sei que o meu redentor vive e prevalecerá, por fim, sobre o pó da terra; e depois de a minha pele se desprender da carne, na minha própria carne verei a Deus. Eu mesmo o verei, os meus olhos e não outros o hão-de contemplar! As minhas entranhas consomem-se dentro de mim.
Livro de Salmos 27,1.4.7-9.13-14.
O SENHOR é minha luz e salvação: de quem terei medo? O SENHOR é o baluarte da minha vida: quem me assustará?Uma só coisa peço ao SENHOR e ardentemente a desejo: é habitar na casa do SENHOR todos os dias da minha vida, para saborear o seu encanto e ficar em vigília no seu templo.Ouve, SENHOR, a voz da minha súplica, tem compaixão de mim e responde me.O meu coração murmura por ti, os meus olhos te procuram; é a tua face que eu procuro, SENHOR.Não desvies de mim o teu rosto, nem afastes, com ira, o teu servo. Tu és o meu amparo: não me rejeites nem abandones, ó Deus, meu salvador!Creio, firmemente, vir a contemplar a bondade do SENHOR, na terra dos vivos.Confia no SENHOR! Sê forte e corajoso, e confia no SENHOR!
2ª Carta aos Coríntios 4,14-18.5,1.
Sabendo que aquele que ressuscitou o Senhor Jesus, também nos há-de ressuscitar com Jesus, e nos fará comparecer diante dele junto de vós. E tudo isto faço por vós, para que a graça, multiplicando-se na comunidade, faça aumentar a acção de graças, para a glória de Deus. Por isso, não desfalecemos, e mesmo se, em nós, o homem exterior vai caminhando para a ruína, o homem interior renova-se, dia após dia. Com efeito, a nossa momentânea e leve tribulação proporciona-nos um peso eterno de glória, além de toda e qualquer medida. Não olhamos para as coisas visíveis, mas para as invisíveis, porque as visíveis são passageiras, ao passo que as invisíveis são eternas. Sabemos, com efeito, que, quando a nossa morada terrestre, a nossa tenda, for destruída, temos uma habitação no Céu, obra de Deus, uma casa eterna, não construída por mãos humanas.
Evangelho segundo S. Mateus 11,25-30.
Naquela ocasião, Jesus tomou a palavra e disse: «Bendigo-te, ó Pai, Senhor do Céu e da Terra, porque escondeste estas coisas aos sábios e aos entendidos e as revelaste aos pequeninos. Sim, ó Pai, porque isso foi do teu agrado. Tudo me foi entregue por meu Pai; e ninguém conhece o Filho senão o Pai, como ninguém conhece o Pai senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar.» «Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, que Eu hei-de aliviar-vos. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração e encontrareis descanso para o vosso espírito. Pois o meu jugo é suave e o meu fardo é leve.»
Comentário ao Evangelho do dia feito por Santo Agostinho (354-430), Bispo de Hipona (África do Norte) e Doutor da Igreja Confissões, I, 1-5 (a partir da trad. cf breviário)

«Vinde a Mim, todos os que estais cansados e oprimidos, que Eu hei-de aliviar-vos»

«O Senhor é grande e digno de todo o louvor» (Sl 144, 3). «Grande e poderoso é o nosso Deus; a Sua sabedoria não tem limites» (Sl 146, 5), e no entanto o homem, uma pequena parcela da criação, quer louvar-Vos, esse homem que carrega a própria mortalidade, que arrasta consigo o testemunho do seu pecado e que reconhece que «Deus Se opõe aos soberbos, mas dá a Sua graça aos humildes» (Tg 4, 6). No entanto, parcela que é da Vossa criação, quer louvar-Vos. Vós o levais a procurar alegria no elogio que Vos faz, porque nos criastes para Vós, e o nosso coração vive sem repouso enquanto não repousar em Vós [...].«Louvarão o Senhor, os que O procuram» (Sl 21,27). Os que O procuram encontrá-l'O-ão, e os que O encontram, louvá-l'O-ão. Que eu Vos procure então, Senhor, invocando-Vos, e que eu Vos invoque, crendo em Vós! Porque nos fostes revelado pela pregação. Senhor, invoca-Vos essa fé que me destes, a fé que me inspirastes por intermédio da humanidade de Vosso Filho, pelo ministério do Vosso pregador. E como invocarei eu o Meu Deus, Meu Deus e Meu Senhor? Ao invocá-l'O, invoco-O dentro de mim. E que lugar haverá dentro de mim para onde o meu Deus possa vir, este Deus que «criou os céus e a terra» (Gn 1, 1) ? Pois será possível haver em mim, Senhor meu Deus, alguma coisa que Vos possa conter? Será possível que os céus e a terra que criastes, e nos quais me criastes, Vos contenham ? [...] Se existo, poderei então pedir-Vos para virdes até mim, já que eu que não existiria se em mim Vós não habitásseis?Poderei eu desejar repousar em vós? Poderei eu pedir para virdes ao meu coração, e que o inebrieis com a Vossa presença, para eu esquecer os meus males e Vos abraçar, a Vós, meu único bem? Quem sois para mim? Tende piedade de mim, para que eu possa falar. Quem sou eu a Vossos olhos, para que me ordeneis que Vos ame ? [...] Na Vossa misericórdia, Senhor meu Deus, dizei-me Quem sois para mim. «Diz à minha alma: «Eu sou a tua salvação».» (Sl 34, 3). Dizei-o; que eu Vos ouça. Vede como os ouvidos do meu coração estão à escuta. Abri-os, Senhor, fazei que eles Vos ouçam: «Eu sou a tua salvação». Correrei após estas palavras e alcançar-Vos-ei, por fim.

Fonte: Evangelho Quotidiano

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

LITURGIA DO DIA - 01/11

Santo do dia

TODOS OS SANTOS – SOLENIDADE

Todos os Santos

Hoje a Igreja universal celebra a festa daqueles que se comprometeram com Deus Pai, com o seu Reino de bondade, de justiça e de amor e, em nome Jesus Cristo, se comprometeram de maneira radical, também, com os seus semelhantes. Por isso, nesta festa, todo o povo cristão é convidado a entrar em comunhão com Deus e com todo o homem de boa vontade.Como Jesus de Nazaré, somos convidados a fazer de nossa vida uma eucaristia, uma oferenda viva. Na Igreja antiga, os santos eram entregues às chamas, às feras, às torturas cruéis. Hoje, também, milhares de santos são entregues à morte, são torturados pela fome, pelo desemprego, pela doença, e silenciados pela repressão, pela intimidação, pelas ameaças de morte dos que se julgam senhores deste mundo. Mas é nas entranhas dos que sofrem, dos aflitos, dos esquecidos, que germinam, nascem e dão fruto as sementes do Evangelho de Jesus Cristo. Desta maneira, a festa de hoje é também a festa dos santos dos nossos dias, essa numerosa multidão cujo testemunho vivo é fonte perene de renovação para a Igreja.

Hoje a Igreja celebra : Todos os Santos

LEITURAS
Livro do Apocalipse 7,2-4.9-14.
Depois, vi outro anjo que subia do Oriente, levando o selo do Deus vivo e gritando com voz forte aos quatro anjos, aos quais fora dado o poder de danificar a terra e o mar. E dizia: «Não danifiqueis a terra nem o mar nem as árvores, até que tenhamos marcado com um selo a fronte dos servos do nosso Deus.» Ouvi também o número dos que foram assinalados: cento e quarenta e quatro mil, de todas as tribos dos filhos de Israel: Depois disto, apareceu na visão uma multidão enorme que ninguém podia contar, de todas as nações, tribos, povos e línguas. Estavam de pé com túnicas brancas diante do trono e diante do Cordeiro, e com palmas na mão. Aclamavam em alta voz: «A salvação pertence ao nosso Deus, que está sentado no trono, e ao Cordeiro.» E todos os anjos, que estavam de pé à volta do trono, dos anciãos e dos quatro seres viventes, prostraram-se diante do trono, com a face por terra, e adoraram a Deus, aclamando: «Ámen! O louvor, a glória, a sabedoria, a acção de graças, a honra, o poder e a força devem ser dados ao nosso Deus pelos séculos do séculos. Ámen!» Então, um dos seres viventes tomou a palavra e disse-me: «Estes, que estão vestidos de túnicas brancas, quem são e donde vieram?» Eu respondi-lhe: «Meu senhor, tu é que sabes.» Ele disse-me: «Estes são os que vêm da grande tribulação; lavaram as suas túnicas e as branquearam no sangue do Cordeiro.
Livro de Salmos 24(23),1-2.3-4.5-6.
Ao SENHOR pertence a terra e o que nela existe, o mundo inteiro e os que nele habitam;pois Ele a fundou sobre os mares e a consolidou sobre os abismos.Quem poderá subir à montanha do SENHOR e apresentar-se no seu santuário?O que tem as mãos inocentes e o coração limpo, o que não ergue o espírito para as coisas vãs, nem jura pelo que é falso.Este há-de receber a bênção do SENHOR e a recompensa de Deus, seu salvador.Esta é a geração dos que o procuram, dos que buscam a face do Deus de Jacob.
1ª Carta de S. João 3,1-3.
Vede que amor tão grande o Pai nos concedeu, a ponto de nos podermos chamar filhos de Deus; e, realmente, o somos! É por isso que o mundo não nos conhece, uma vez que o não conheceu a Ele. Caríssimos, agora já somos filhos de Deus, mas não se manifestou ainda o que havemos de ser. O que sabemos é que, quando Ele se manifestar, seremos semelhantes a Ele, porque o veremos tal como Ele é. Todo o que tem esta esperança em Deus, torna-se puro, como Ele, que é puro.
Evangelho segundo S. Mateus 5,1-12.
Ao ver a multidão, Jesus subiu a um monte. Depois de se ter sentado, os discípulos aproximaram-se dele. Então tomou a palavra e começou a ensiná-los, dizendo: «Felizes os pobres em espírito, porque deles é o Reino do Céu. Felizes os que choram, porque serão consolados. Felizes os mansos, porque possuirão a terra. Felizes os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados. Felizes os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia. Felizes os puros de coração, porque verão a Deus. Felizes os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus. Felizes os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o Reino do Céu. Felizes sereis, quando vos insultarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o género de calúnias contra vós, por minha causa. Exultai e alegrai-vos, porque grande será a vossa recompensa no Céu; pois também assim perseguiram os profetas que vos precederam.»
Comentário ao Evangelho do dia feito por Concílio Vaticano II Constituição Dogmática «Lumen Gentium», sobre a Igreja, §§ 50-51

Com todos os santos

Assim como a comunhão cristã entre os peregrinos nos aproxima mais de Cristo, assim a comunhão com os santos nos une a Cristo, de quem procedem, como de fonte e cabeça, toda a graça e a própria vida do Povo de Deus. A nossa união com a Igreja celeste realiza-se de modo mais sublime quando, sobretudo na sagrada Liturgia, na qual a virtude do Espírito Santo actua sobre nós através dos sinais sacramentais, concelebramos em comum exultação os louvores da divina Majestade e, todos de todas as tribos, línguas e povos, remidos no sangue de Cristo (cf. Apoc 5, 9) e reunidos numa única Igreja, engrandecemos com um único canto de louvor o Deus uno e trino. Assim, ao celebrarmos o sacrifício eucarístico, unimo-nos no mais alto grau ao culto da Igreja celeste, comungando e venerando a memória primeiramente da gloriosa sempre Virgem Maria, de São José, dos santos Apóstolos e mártires, e de todos os santos.Assim sendo, todos os que somos filhos de Deus, e formamos em Cristo uma família (cf. Heb 3, 6), ao comunicarmos na caridade mútua e no comum louvor da Trindade Santíssima, correspondemos à íntima vocação da Igreja e participamos, prelibando-a, na liturgia da glória. Com efeito, quando Cristo aparecer e se der a gloriosa ressurreição dos mortos, a luz de Deus iluminará a cidade celeste e o seu candelabro será o Cordeiro (cf. Apoc 21, 24). Então, toda a Igreja dos santos, na suprema felicidade da caridade, adorará a Deus e ao «Cordeiro que foi imolado» (Apoc 5, 12), proclamando numa só voz: «Louvor, honra, glória e poderio, pelos séculos dos séculos, Àquele que está sentado no trono, e ao Cordeiro» (Apoc 5, 13-14).

Fonte: Evangelho Quotidiano

domingo, 31 de outubro de 2010

LITURGIA DO DIA - 31/10

Santo do dia

31º Domingo do Tempo Comum - Ano C


A liturgia deste domingo convida-nos a contemplar o quadro do amor de Deus. Apresenta-nos um Deus que ama todos os seus filhos sem excluir ninguém, nem sequer os pecadores, os maus, os marginais, os “impuros”; e mostra como só o amor é transformador e revivificador.Na primeira leitura um “sábio” de Israel explica a “moderação” com que Deus tratou os opressores egípcios. Essa moderação explica-se por uma lógica de amor: esse Deus omnipotente, que criou tudo, ama com amor de Pai cada ser que saiu das suas mãos – mesmo os opressores, mesmo os egípcios – porque todos são seus filhos.O Evangelho apresenta a história de um homem pecador, marginalizado e desprezado pelos seus concidadãos, que se encontrou com Jesus e descobriu nele o rosto do Deus que ama... Convidado a sentar-se à mesa do “Reino”, esse homem egoísta e mau deixou-se transformar pelo amor de Deus e tornou-se um homem generoso, capaz de partilhar os seus bens e de se comover com a sorte dos pobres.A segunda leitura faz referência ao amor de Deus, pondo em relevo o seu papel na salvação do homem (é dele que parte o chamamento inicial à salvação; ele acompanha com amor a caminhada diária do homem; ele dá-lhe, no final da caminhada, a vida plena)... Além disso, avisa os crentes para que não se deixem manipular por fantasias de fanáticos que aparecem, por vezes, a perturbar o caminho normal do cristão.
LEITURAS

Livro de Sabedoria 11,22-26.12,1-2.
Pois diante de ti, o mundo inteiro é como um grão de areia na balança, como a gota de orvalho que de manhã cai sobre a terra. Mas Tu tens compaixão de todos, pois tudo podes e desvias os olhos dos pecados dos homens, a fim de os levar à conversão. Tu amas tudo quanto existe e não detestas nada do que fizeste; pois, se odiasses alguma coisa, não a terias criado. E como subsistiria uma coisa, se Tu a não quisesses? Ou como se conservaria, se não tivesse sido chamada por ti? Mas Tu poupas a todos, porque todos são teus, ó Senhor, que amas a vida! O teu espírito incorruptível está em todas as coisas! Por isso, pouco a pouco corriges os que caem, os admoestas e lhes recordas o seu pecado, para que se afastem do mal e creiam em ti, Senhor.
Livro de Salmos 145(144),1-2.8-9.10-11.13.14.
Exaltarei a tua grandeza, ó meu rei e meu Deus; hei-de bendizer o teu nome para sempre. Todos os dias te bendirei; louvarei o teu nome para sempre. SENHOR é clemente e compassivo, é paciente e misericordioso. SENHOR é bom para com todos; a sua ternura repassa todas as suas obras. Louvem-te, SENHOR, todas as tuas criaturas; todos os teus fiéis te bendigam. Dêem a conhecer a glória do teu reino e anunciem os teus feitos poderosos, teu reino é um reino para toda a eternidade e o teu domínio estende-se por todas as gerações. SENHOR ergue todos os que caem e reanima todos os abatidos.
2ª Carta aos Tessalonicenses 1,11-12.2,1-2.
Eis por que oramos continuamente por vós: para que o nosso Deus vos torne dignos da vocação e, com o seu poder, a vossa vontade de bem e a actividade da vossa fé atinjam a plenitude, de modo que seja glorificado em vós o nome de Nosso Senhor Jesus e vós nele, segundo a graça do nosso Deus e do Senhor Jesus Cristo. Acerca da vinda de Nosso Senhor Jesus Cristo e da nossa reunião junto dele, pedimo-vos, irmãos, que não percais tão depressa a presença de espírito, nem vos aterrorizeis com uma revelação profética, uma palavra ou uma carta atribuída a nós, como se o Dia do Senhor estivesse iminente.
Evangelho segundo S. Lucas 19,1-10.
Tendo entrado em Jericó, Jesus atravessava a cidade. Vivia ali um homem rico, chamado Zaqueu, que era chefe de cobradores de impostos. Procurava ver Jesus e não podia, por causa da multidão, pois era de pequena estatura. Correndo à frente, subiu a um sicómoro para o ver, porque Ele devia passar por ali. Quando chegou àquele local, Jesus levantou os olhos e disse-lhe: «Zaqueu, desce depressa, pois hoje tenho de ficar em tua casa.» Ele desceu imediatamente e acolheu Jesus, cheio de alegria. Ao verem aquilo, murmuravam todos entre si, dizendo que tinha ido hospedar-se em casa de um pecador. Zaqueu, de pé, disse ao Senhor: «Senhor, vou dar metade dos meus bens aos pobres e, se defraudei alguém em qualquer coisa, vou restituir-lhe quatro vezes mais.» Jesus disse-lhe: «Hoje veio a salvação a esta casa, por este ser também filho de Abraão; pois, o Filho do Homem veio procurar e salvar o que estava perdido.»
Comentário ao Evangelho do dia feito por Santa Teresa do Menino Jesus (1873-1897), carmelita, Doutora da Igreja Carta 137, à sua irmã Celina (in OC, Cerf DDB 1992, p. 452)

«Zaqueu, desce depressa»

Jesus juntou-nos, se bem que por caminhos diferentes; juntas nos elevou acima de todas as coisas frágeis deste mundo, de todas as coisas que passam; por assim dizer, colocou todas as coisas debaixo dos nossos pés. Como Zaqueu, nós subimos a uma árvore para ver Jesus. Então poderíamos dizer como São João da Cruz: «Tudo é meu, tudo é para mim, a Terra é minha, o Céu é meu, Deus é meu e a Mãe do meu Deus é minha». [...]Celina, que mistério é a nossa grandeza em Jesus! Eis tudo o que Jesus nos mostrou ao fazer-nos subir à árvore simbólica de que eu falava há pouco. E agora, que ciência irá Ele ensinar-nos? Não nos ensinou já tudo? Ouçamos o que Ele nos diz: «Apressem-se a descer, hoje tenho de ficar em vossa casa». Pois é! Jesus diz-nos para descermos. Mas para onde devemos descer? Celina, sabe-lo melhor do que eu, mas deixa-me dizer-te para onde devemos agora seguir Jesus. Outrora, os judeus perguntaram ao nosso divino Salvador: «Mestre, onde moras?» e Ele respondeu-lhes: «As raposas têm as suas tocas, as aves do céu os seus ninhos e Eu não tenho onde reclinar a cabeça» (Mt 8,20). Eis para onde devemos descer para podermos servir de morada a Jesus: sermos tão pobres que não tenhamos onde reclinar a cabeça.
Fonte: Evangelho Quotidiano