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sábado, 23 de julho de 2011

LITURGIA DO DIA - 23/07


Sábado, 23 de julho


S. Brígida, religiosa, co-padroeira da Europa – festa




Carta aos Gálatas 2,19-20.


Irmãos: É que eu pela Lei morri para a Lei, a fim de viver para Deus. Estou crucificado com Cristo. Já não sou eu que vivo, mas é Cristo que vive em mim. E a vida que agora tenho na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus que me amou e a si mesmo se entregou por mim.


Livro de Salmos 34(33),2-3.4-5.6-7.8-9.10-11.


Em todo o tempo, bendirei o SENHOR; o seu louvor estará sempre nos meus lábios. A minha alma gloria se no SENHOR! Que os humildes saibam e se alegrem. Enaltecei comigo o SENHOR; exaltemos juntos o seu nome. Procurei o SENHOR e Ele respondeu me, livrou me de todos os meus temores. Aqueles que o contemplam ficam radiantes, não ficarão de semblante abatido. Quando um pobre invoca o SENHOR, Ele atende o e liberta o das suas angústias. O anjo do SENHOR protege os que o temem e livra-os do perigo. Saboreai e vede como o SENHOR é bom; feliz o homem que nele confia! Temei o SENHOR, vós que lhe estais consagrados, pois nada falta aos que o temem. Os ricos empobrecem e passam fome, mas aos que procuram o SENHOR nenhum bem há-de faltar.


Evangelho segundo S. João 15,1-8.


Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Eu sou a videira verdadeira e o meu Pai é o agricultor. Ele corta todo o ramo que não dá fruto em mim e poda o que dá fruto, para que dê mais fruto ainda. Vós já estais purificados pela palavra que vos tenho anunciado. Permanecei em mim, que Eu permaneço em vós. Tal como o ramo não pode dar fruto por si mesmo, mas só permanecendo na videira, assim também acontecerá convosco, se não permanecerdes em mim. Eu sou a videira; vós, os ramos. Quem permanece em mim e Eu nele, esse dá muito fruto, pois, sem mim, nada podeis fazer. Se alguém não permanece em mim, é lançado fora, como um ramo, e seca. Esses são apanhados e lançados ao fogo, e ardem. Se permanecerdes em mim e as minhas palavras permanecerem em vós, pedi o que quiserdes, e assim vos acontecerá. Nisto se manifesta a glória do meu Pai: em que deis muito fruto e vos comporteis como meus discípulos.»


Comentário ao Evangelho do dia feito por Beato João Paulo II Carta Apostólica «Spes aedificandi» §§ 10-11, 01/10/99 (trad. © Libreria Editrice Vaticana)


Santa Brígida da Suécia, co-padroeira da Europa


Para edificar a nova Europa sobre bases sólidas, não é decerto suficiente apelar apenas aos interesses económicos, que se em certas ocasiões unem, noutras, em contrapartida, dividem; antes, é necessário incidir sobre os valores autênticos, que têm o seu fundamento na lei moral universal, inscrita no coração de cada homem. Uma Europa que confundisse o valor da tolerância e do respeito universal com o indiferentismo ético e o cepticismo acerca dos valores irrenunciáveis abrir-se-ia às mais arriscadas aventuras e, mais cedo ou mais tarde, veria reaparecer sob novas formas os espectros mais tremendos da sua história.Para evitar esta ameaça, torna-se mais uma vez vital o papel do cristianismo, que está a indicar de forma infatigável o horizonte ideal. À luz dos inúmeros pontos de encontro com as outras religiões, que o Concílio Vaticano II prospectou (cf. Decreto «Nostra aetate»), é necessário ressaltar com vigor que a abertura ao Transcendente é uma dimensão vital para a existência. É essencial, portanto, um renovado compromisso de testemunho por parte de todos os cristãos, presentes nas várias nações do continente. A eles cabe alimentar a esperança da plena salvação com o anúncio do Evangelho que lhes compete isto é, da «Boa Nova» com a qual Deus Se encontrou connosco, e em Seu Filho Jesus Cristo nos ofereceu a redenção e a plenitude da vida divina. Graças ao Espírito que nos foi dado, podemos elevar a Deus o nosso olhar e invocá-lo com o doce nome de "Abba", Pai (cf. Rm 8, 15; Gl 4, 6).Ao favorecer uma renovada devoção eu quis, com este anúncio de esperança, valorizar em perspectiva «europeia» estas três grandes figuras de mulher, que em várias épocas deram tão significativa contribuição para o crescimento não só da Igreja, mas da mesma sociedade.


Fonte: Evangelho Quotidiano

sexta-feira, 22 de julho de 2011

LITURGIA DO DIA - 22/07

Quinta-feira da 16ª semana do Tempo Comum






Livro de Êxodo 19,1-2.9-11.16-20b.



Na terceira Lua-nova depois da saída dos filhos de Israel da terra do Egipto, naquele mesmo dia, chegaram ao deserto do Sinai. Partiram de Refidim e chegaram ao deserto do Sinai e acamparam no deserto. Israel acampou lá, diante da montanha. O Senhor disse a Moisés: «Eis que Eu venho ter contigo no coração da nuvem, para que o povo oiça quando Eu falar contigo e também acredite em ti para sempre.» E Moisés transmitiu ao Senhor as palavras do povo. O Senhor disse a Moisés: «Vai ter com o povo, e fá-los santificar hoje e amanhã; que eles lavem as suas roupas. Que estejam prontos para o terceiro dia, porque no terceiro dia o Senhor descerá aos olhos de todo o povo sobre a montanha do Sinai. E eis que, no terceiro dia, ao amanhecer, houve trovões e relâmpagos e uma nuvem pesada sobre a montanha, e um som muito forte de trombeta, e todo o povo que estava no acampamento tremia. Moisés fez sair o povo do acampamento ao encontro de Deus, e colocaram-se no sopé da montanha. A montanha do Sinai estava toda coberta de fumo, porque o Senhor tinha descido sobre ela no fogo; e o seu fumo subia como o fumo de um forno, e toda a montanha tremia muito. O som da trombeta era cada vez mais forte. Moisés falava, e Deus respondia-lhe no trovão. O Senhor desceu sobre a montanha do Sinai, no cimo da montanha. O Senhor chamou Moisés ao cimo da montanha, e Moisés subiu.



Livro de Daniel 3,52.53.54.55.56.



«Bendito sejas, Senhor, Deus de nossos pais: digno de louvor e glória eternamente! Bendito seja o teu nome santo e glorioso: dgno de supremo louvor e exaltação eternamente! Bendito sejas no templo da tua santa glória: digno de supremo louvor e glória eternamente! Bendito sejas no teu trono real: digno de supremo louvor e exaltação eternamente! Bendito sejas por penetrares os abismos, sentado sobre os querubins: digno de supremo louvor e exaltação eternamente! Bendito sejas no firmamento dos céus: digno de supremo louvor e glória eternamente!



Evangelho segundo S. Mateus 13,10-17.



Naquele tempo, aproximando-se de Jesus, os discípulos disseram-Lhe: «Porque lhes falas em parábolas?» Respondendo, disse-lhes: «A vós é dado conhecer os mistérios do Reino do Céu, mas a eles não lhes é dado. Pois, àquele que tem, ser-lhe-á dado e terá em abundância; mas àquele que não tem, mesmo o que tem lhe será tirado. É por isso que lhes falo em parábolas: pois vêem, sem ver, e ouvem, sem ouvir nem compreender. Cumpre-se neles a profecia de Isaías, que diz: Ouvindo, ouvireis, mas não compreendereis; e, vendo, vereis, mas não percebereis. Porque o coração deste povo tornou se-duro, e duros também os seus ouvidos; fecharam os olhos, não fossem ver com os olhos, ouvir com os ouvidos, compreender com o coração, e converter-se, para Eu os curar. Quanto a vós, ditosos os vossos olhos, porque vêem, e os vossos ouvidos, porque ouvem. Em verdade vos digo: Muitos profetas e justos desejaram ver o que estais a ver, e não viram, e ouvir o que estais a ouvir, e não ouviram.»



Comentário ao Evangelho do dia feito por Jean Tauler (c. 1300-1361), dominicano de Estrasburgo Sermão 53, § 4-5, 8


«Ditosos os vossos olhos, porque vêem»


Disse Nosso Senhor: «muitos profetas e reis quiseram ver o que vedes e não o viram» (Lc 10,24). Por profetas entenda-se os grandes espíritos subtis e dados ao raciocínio que se apegam às subtilezas da razão natural e delas têm vaidade. Uns olhos assim não são ditosos. Por reis entenda-se os que são da mesma natureza dos mestres, de energia forte e poderosa, mestres de si próprios, das suas palavras, das suas obras e do seu idioma, e fazem tudo o que querem com jejuns, vigílias e novenas, fazendo disso grande alarde, como se de algo extraordinário se tratasse, mas desprezam os outros. Também não são esses olhos que são ditosos.Todas estas pessoas quiseram ver e não viram. Quiseram ver, mas apegaram-se à vontade própria [...], uma vontade que encobre os olhos da alma como uma película ou uma membrana encobre os olhos do corpo, impedindo-os de ver [...]. Quanto mais permanecerdes na vontade própria, mais privados sereis de ver com o olhar interior, uma vez que a verdadeira felicidade advém do abandono verdadeiro, que é o afastamento da vontade própria. Tudo isso nasce do fundo da humildade [...]. Quanto mais pequenos e humildes fordes, menos vontade própria tereis [...].Quando tudo está em paz, a alma vê a sua própria essência e todas as suas faculdades; reconhece-se como imagem racional d'Aquele de Quem saiu, e os olhos [...] que fixam aí o seu olhar podem perfeitamente ser tidos por ditosos por causa do que vêem. E então sim, é a maravilha das maravilhas que se descobre, o que há de mais puro, de mais certo, aquilo que menos poderá ser-vos tirado (Lc 10,42) [...]. Possamos nós seguir neste caminho e ver de tal modo que os nossos olhos sejam ditosos. Assim Deus nos ajude!

Fonte: Evangelho Quotidiano

LITURGIA DO DIA - 21/07

S. Brígida, religiosa, co-padroeira da Europa – festa




LEITURAS

Carta aos Gálatas 2,19-20.


Irmãos: É que eu pela Lei morri para a Lei, a fim de viver para Deus. Estou crucificado com Cristo. Já não sou eu que vivo, mas é Cristo que vive em mim. E a vida que agora tenho na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus que me amou e a si mesmo se entregou por mim.


Livro de Salmos 34(33),2-3.4-5.6-7.8-9.10-11.


Em todo o tempo, bendirei o SENHOR; o seu louvor estará sempre nos meus lábios. A minha alma gloria se no SENHOR! Que os humildes saibam e se alegrem. Enaltecei comigo o SENHOR; exaltemos juntos o seu nome. Procurei o SENHOR e Ele respondeu me, livrou me de todos os meus temores. Aqueles que o contemplam ficam radiantes, não ficarão de semblante abatido. Quando um pobre invoca o SENHOR, Ele atende o e liberta o das suas angústias. O anjo do SENHOR protege os que o temem e livra-os do perigo. Saboreai e vede como o SENHOR é bom; feliz o homem que nele confia! Temei o SENHOR, vós que lhe estais consagrados, pois nada falta aos que o temem. Os ricos empobrecem e passam fome, mas aos que procuram o SENHOR nenhum bem há-de faltar.


Evangelho segundo S. João 15,1-8.


Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Eu sou a videira verdadeira e o meu Pai é o agricultor. Ele corta todo o ramo que não dá fruto em mim e poda o que dá fruto, para que dê mais fruto ainda. Vós já estais purificados pela palavra que vos tenho anunciado. Permanecei em mim, que Eu permaneço em vós. Tal como o ramo não pode dar fruto por si mesmo, mas só permanecendo na videira, assim também acontecerá convosco, se não permanecerdes em mim. Eu sou a videira; vós, os ramos. Quem permanece em mim e Eu nele, esse dá muito fruto, pois, sem mim, nada podeis fazer. Se alguém não permanece em mim, é lançado fora, como um ramo, e seca. Esses são apanhados e lançados ao fogo, e ardem. Se permanecerdes em mim e as minhas palavras permanecerem em vós, pedi o que quiserdes, e assim vos acontecerá. Nisto se manifesta a glória do meu Pai: em que deis muito fruto e vos comporteis como meus discípulos.»


Comentário ao Evangelho do dia feito por Beato João Paulo II Carta Apostólica «Spes aedificandi» §§ 10-11, 01/10/99 (trad. © Libreria Editrice Vaticana)


Santa Brígida da Suécia, co-padroeira da Europa


Para edificar a nova Europa sobre bases sólidas, não é decerto suficiente apelar apenas aos interesses económicos, que se em certas ocasiões unem, noutras, em contrapartida, dividem; antes, é necessário incidir sobre os valores autênticos, que têm o seu fundamento na lei moral universal, inscrita no coração de cada homem. Uma Europa que confundisse o valor da tolerância e do respeito universal com o indiferentismo ético e o cepticismo acerca dos valores irrenunciáveis abrir-se-ia às mais arriscadas aventuras e, mais cedo ou mais tarde, veria reaparecer sob novas formas os espectros mais tremendos da sua história.Para evitar esta ameaça, torna-se mais uma vez vital o papel do cristianismo, que está a indicar de forma infatigável o horizonte ideal. À luz dos inúmeros pontos de encontro com as outras religiões, que o Concílio Vaticano II prospectou (cf. Decreto «Nostra aetate»), é necessário ressaltar com vigor que a abertura ao Transcendente é uma dimensão vital para a existência. É essencial, portanto, um renovado compromisso de testemunho por parte de todos os cristãos, presentes nas várias nações do continente. A eles cabe alimentar a esperança da plena salvação com o anúncio do Evangelho que lhes compete isto é, da «Boa Nova» com a qual Deus Se encontrou connosco, e em Seu Filho Jesus Cristo nos ofereceu a redenção e a plenitude da vida divina. Graças ao Espírito que nos foi dado, podemos elevar a Deus o nosso olhar e invocá-lo com o doce nome de "Abba", Pai (cf. Rm 8, 15; Gl 4, 6).Ao favorecer uma renovada devoção eu quis, com este anúncio de esperança, valorizar em perspectiva «europeia» estas três grandes figuras de mulher, que em várias épocas deram tão significativa contribuição para o crescimento não só da Igreja, mas da mesma sociedade.


Fonte: Evangelho Quotidiano

quarta-feira, 20 de julho de 2011

LITURGIA DO DIA - 20/07


Quarta-feira da 16ª semana do Tempo Comum


Santo do dia : Elias, profeta, séc. IX a.C., S. Apolinário, bispo, mártir, séc. II

LEITURAS


Livro de Êxodo 16,1-5.9-15.


Naqueles dias, toda a comunidade dos filhos de Israel partiram de Elim e chegou ao deserto de Sin, Elim e o Sinai, no décimo quinto dia do segundo mês, após a sua saída da terra do Egipto. Toda a comunidade dos filhos de Israel murmurou contra Moisés e Aarão no deserto. Os filhos de Israel disseram-lhes: «Quem dera que tivéssemos morrido pela mão do Senhor na terra do Egipto, quando estávamos descansados junto da panela de carne, quando comíamos com fartura! Mas vós fizestes-nos sair para este deserto para fazer morrer de fome toda esta assembleia!» O Senhor disse a Moisés: «Eis que vou fazer chover do céu pão para vós. O povo sairá e recolherá em cada dia a porção de um dia. Isto é para o pôr à prova e ver se andará, ou não, na minha lei. No sexto dia, quando prepararem o que tiverem trazido, haverá o dobro daquilo que recolhem em cada dia.» Moisés disse a Aarão: «Diz a toda a comunidade dos filhos de Israel: ‘Aproximai-vos do Senhor, porque Ele ouviu as vossas murmurações.’» Enquanto Aarão falava a toda a comunidade dos filhos de Israel, eles voltaram-se para o deserto, e eis que a glória do Senhor apareceu na nuvem. O Senhor falou a Moisés, dizendo: «Ouvi as murmurações dos filhos de Israel. Fala-lhes, dizendo: ‘Ao crepúsculo comereis carne, e pela manhã saciar-vos-eis de pão, e conhecereis que Eu sou o Senhor, vosso Deus.’» À tardinha caíram tantas codornizes que cobriram o acampamento, e pela manhã havia uma camada de orvalho ao redor do acampamento. A camada de orvalho levantou, e eis que à superfície do deserto havia uma substância fina e granulosa, fina como geada sobre a terra. Os filhos de Israel viram e disseram uns aos outros: «Que é isto?», pois não sabiam o que era aquilo. Disse-lhes Moisés: «Isto é o pão que o Senhor vos deu para comer.


Livro de Salmos 78(77),18-19.23-24.25-26.27-28.


Provocaram a Deus em seus corações, reclamando manjares, segundo os seus apetites. Murmuraram contra Ele, dizendo: «Será Deus capaz de nos preparar a mesa no deserto?» Deus ordenou às nuvens e abriu as portas do céu. Fez chover o maná para eles comerem e deu lhes o pão do céu. Comeram todos o pão dos fortes; enviou lhes comida em abundância. Fez soprar dos céus o vento leste e, com o seu poder, fez vir o vento sul. Fez chover do céu carne como grãos de poeira, e aves tão numerosas como as areias do mar. Fê las cair no meio do acampamento, ao redor das suas tendas.


Evangelho segundo S. Mateus 13,1-9.


Naquele dia, Jesus saiu de casa e foi sentar-se à beira-mar. Reuniu-se a Ele uma tão grande multidão, que teve de subir para um barco, onde se sentou, enquanto toda a multidão se conservava na praia. Jesus falou-lhes de muitas coisas em parábolas: «O semeador saiu para semear. Enquanto semeava, algumas sementes caíram à beira do caminho: e vieram as aves e comeram-nas. Outras caíram em sítios pedregosos, onde não havia muita terra: e logo brotaram, porque a terra era pouco profunda; mas, logo que o sol se ergueu, foram queimadas e, como não tinham raízes, secaram. Outras caíram entre espinhos: e os espinhos cresceram e sufocaram-nas. Outras caíram em terra boa e deram fruto: umas, cem; outras, sessenta; e outras, trinta. Aquele que tiver ouvidos, oiça!»


Comentário ao Evangelho do dia feito por São João Maria Vianney (1786-1859), presbítero, cura d' Ars Sermões


«O semeador saiu para semear»


Se me interrogais acerca do que Jesus Cristo quis dizer com este semeador que saiu de madrugada para ir espalhar a semente no seu campo, meus irmãos, o semeador é o próprio Deus, que começou a trabalhar pela nossa salvação desde o início do mundo, enviando-nos os Seus profetas antes da vinda do Messias, para nos ensinar o que era necessário para sermos salvos; e não Se contentou em enviar os Seus servos, veio Ele mesmo traçar-nos o caminho que devemos tomar, veio anunciar-nos a palavra santa.Sabeis o que é uma pessoa que não se alimenta desta palavra santa ou a recebe sem a devida reverência? É semelhante a um paciente sem médico, a um viajante perdido e sem guia, a um pobre sem recursos; digamos melhor, meus irmãos, que é completamente impossível amar a Deus e agradar-Lhe sem ser alimentado por esta palavra divina. O que é que nos pode levar a unirmo-nos a Ele, a não ser conhecê-Lo? E quem nos dá a conhecê-Lo com todas as Suas perfeições, as Suas belezas e o Seu amor por nós, se não a palavra de Deus, que nos ensina tudo o que Ele fez por nós e os bens que nos prepara na outra vida, se procurarmos agradar-Lhe?


Fonte: Evangelho Quotidiano

terça-feira, 19 de julho de 2011

LITURGIA DO DIA - 19/07

Terça-feira da 16ª semana do Tempo Comum


Santo do dia : Santa Áurea, mártir, +856, Símaco, Santas Justa e Rufina, mártires, +287, Santo Arsénio, eremita, +séc. V
LEITURAS


Livro de Êxodo 14,21-31.15,1.


Naqueles dias, Moisés estendeu a sua mão sobre o mar, e o Senhor fez recuar o mar com um vento forte de oriente toda a noite, e pôs o mar a seco. As águas dividiram-se, e os filhos de Israel entraram pelo meio do mar, por terra seca, e as águas eram para eles um muro à sua direita e à sua esquerda. Os egípcios perseguiram-nos, e todos os cavalos do faraó, os seus carros de guerra e os seus cavaleiros, entraram atrás deles para o meio do mar. E aconteceu que, na vigília da manhã, o Senhor olhou da coluna de fogo e de nuvem, para o acampamento dos egípcios, e lançou a confusão no acampamento dos egípcios. Ele desviou as rodas dos seus carros de guerra, e eles conduziam com dificuldade. Os egípcios disseram: «Fujamos diante de Israel, porque o Senhor combate por eles contra o Egipto.» O Senhor disse a Moisés: «Estende a tua mão sobre o mar, e que as águas voltem sobre os egípcios, sobre os seus carros de guerra e sobre os seus cavaleiros.» Moisés estendeu a sua mão sobre o mar, e o mar voltou ao seu leito normal, ao raiar da manhã, e os egípcios a fugir foram ao seu encontro. E o Senhor desfez-se dos egípcios no meio do mar. As águas voltaram e cobriram os carros de guerra e os cavaleiros; de todo o exército do faraó que entrou atrás deles no mar, não ficou nenhum. Os filhos de Israel caminharam em terra seca, pelo meio do mar, e as águas eram para eles um muro à sua direita e à sua esquerda. O Senhor salvou, naquele dia, Israel da mão do Egipto, e Israel viu os egípcios mortos à beira do mar. Israel viu a mão poderosa com que o Senhor actuou contra o Egipto, o povo temeu o Senhor e acreditou nele e em Moisés, seu servo. Então, Moisés cantou, e os filhos de Israel também, este cântico ao Senhor. Eles disseram: «Cantarei ao Senhor que é verdadeiramente grande: cavalo e cavaleiro lançou no mar.


Livro de Êxodo 15,8-9.10.12.17b.


Com o sopro das tuas narinas, as águas amontoaram-se, as ondas ficaram paradas como um muro, os abismos coalharam no coração do Mar. O inimigo disse: «Perseguirei, alcançarei, repartirei os despojos: . Desembainharei a minha espada;neles se saciará a minha alma ..» Sopraste com o teu vento, e o mar os recobriu. Afundaram-se como chumbo nas águas alterosas. Estendeste a tua direita: a terra engoliu-os. mas conduzistes com amor o povo que libertastes e com o vosso poder o levastes à vossa morada santa, à morada segura que fizestes, senhor.


Evangelho segundo S. Mateus 12,46-50.


Naquele tempo, enquanto Jesus estava a falar à multidão, apareceram sua mãe e seus irmãos, que, do lado de fora, procuravam falar-lhe. Disse-lhe alguém: «A tua mãe e os teus irmãos estão lá fora e querem falar-te.» Jesus respondeu ao que lhe falara: «Quem é a minha mãe e quem são os meus irmãos?» E, indicando com a mão os discípulos, acrescentou: «Aí estão minha mãe e meus irmãos; pois, todo aquele que fizer a vontade de meu Pai que está no Céu, esse é que é meu irmão, minha irmã e minha mãe.»


Comentário ao Evangelho do dia feito por Santa Teresinha do Menino Jesus (1873-1897), carmelita, doutora da Igreja Carta 142


«Todo aquele que fizer a vontade de Meu Pai [...], esse é que é Meu irmão, Minha irmã e Minha mãe»


«Os Meus pensamentos não são os vossos pensamentos diz o Senhor» (cf. Is 55,8). O mérito não consiste em fazer nem em dar muito, mas antes em receber e amar muito. Está dito que a felicidade está mais em dar do que em receber (Act 20,35), e é verdade, mas quando Jesus quer tomar para Si a doçura de dar, não é delicado recusar. Deixemo-Lo tomar e dar tudo o que quiser; a perfeição consiste em fazer a Sua vontade, e a alma que se entrega totalmente a Ele é chamada pelo próprio Jesus «Sua mãe, Sua irmã» e toda a Sua família. Aliás, «se alguém Me tem amor, há-de guardar a Minha palavra; e o Meu Pai o amará, e Nós viremos a ele e nele faremos morada.» (Jo 14,23). Oh, como é fácil agradar a Jesus, deleitar o Seu coração; basta amá-Lo sem olharmos demasiado para nós próprios, sem examinar excessivamente os próprios defeitos [...].Os directores espirituais fazem-nos aproximar da perfeição levando-nos a praticar um grande número de actos de virtude e têm razão, mas o meu director, que é Jesus, não me ensina a contar os meus actos; ensina-me a fazer tudo por amor, a não Lhe recusar nada, a estar contente quando me dá ocasião de Lhe mostrar que O amo, mas isso acontece na paz, no abandono; é Jesus que faz tudo e eu nada faço.Jesus dá aos Seus discípulos o poder de curar os corpos, esperando confiar-lhes o poder, muito mais importante, de curar as almas. Observa como Ele mostra, simultaneamente, a facilidade e a necessidade desta obra. Efectivamente, que diz Ele? «A messe é abundante, mas os trabalhadores são poucos.» Não é para a sementeira que vos envio, mas para a colheita. [...] Falando assim, Nosso Senhor incutia-lhes confiança e mostrava-lhes que o trabalho mais importante já tinha sido realizado.

Fonte: Evangelho Quotidiano

segunda-feira, 18 de julho de 2011

LITURGIA DO DIA - 18/07

Segunda-feira da 16ª semana do Tempo Comum




Livro de Êxodo 14,5-18.


Naqueles dias, foram anunciar ao rei do Egipto que o povo fugira, e o coração do faraó e dos seus servos mudou para com o povo, e disseram: «Que fizemos, pois deixámos partir Israel do nosso serviço?» O faraó atrelou o seu carro de guerra e tomou o seu povo consigo. Tomou seiscentos carros de guerra escolhidos e todos os carros de guerra do Egipto com três combatentes em cada um. O Senhor endureceu o coração do faraó, rei do Egipto, e ele perseguiu os filhos de Israel, e os filhos de Israel saíram de mão erguida. Os egípcios perseguiram-nos e alcançaram-nos quando acampavam junto do mar; todos os cavalos e carros de guerra do faraó, os seus cavaleiros e o seu exército estavam junto de Pi-Hairot, diante de Baal-Safon. Quando o faraó se aproximou, os filhos de Israel ergueram os olhos, e eis que os egípcios acampavam atrás deles, e os filhos de Israel tiveram muito medo e clamaram ao Senhor. Disseram a Moisés: «Foi por falta de túmulos no Egipto que nos trouxeste para morrermos no deserto? O que é isto que nos fizeste, fazendo-nos sair do Egipto? Não foi isto que te dissemos no Egipto, quando dizíamos: ‘Deixa-nos! Queremos estar ao serviço do Egipto, porque é melhor para nós servir o Egipto do que morrer no deserto’?» Moisés disse ao povo: «Não tenhais medo. Permanecei firmes e vede a salvação que o Senhor fará para vós hoje. Pois vós vistes os egípcios hoje, mas nunca mais os tornareis a ver. O Senhor combaterá por vós. E vós ficai tranquilos!» O Senhor disse a Moisés: «Porque clamas por mim? Fala aos filhos de Israel e manda-os partir. E tu, levanta a tua vara e estende a mão sobre o mar e divide-o, e que os filhos de Israel entrem pelo meio do mar, por terra seca. E eis que Eu vou endurecer o coração dos egípcios para que venham atrás deles, e serei glorificado por meio do faraó e de todo o seu exército, dos seus carros de guerra e dos seus cavaleiros, e os egípcios saberão que Eu sou o Senhor, quando for glorificado por meio do faraó, dos seus carros de guerra e dos seus cavaleiros.»


Livro de Êxodo 15,1-2.3-4.5-6.


«Cantarei ao Senhor que é verdadeiramente grande: cavalo e cavaleiro lançou no mar. Minha força e meu canto é o Senhor: Ele foi para mim a salvação. Ele é o meu deus: eu O exalto Ele é o deus de meu pai: eu O glorifico O Senhor é um guerreiro: Senhor é o seu nome. Os carros de guerra do faraó e o seu exército Ele atirou ao mar Os seus combatentes escolhidos foram afundados no Mar dos Juncos. Cobrem-nos os abismos: desceram às profundezas como uma pedra. A tua direita, Senhor, resplandeceu de força; a tua direita, Senhor, apanhou o inimigo.


Evangelho segundo S. Mateus 12,38-42.


Naquele tempo, alguns esribas e fariseus disseram a Jesus: «Mestre, queremos ver um sinal da tua parte.» Ele respondeu-lhes: «Geração má e adúltera! Reclama um sinal, mas não lhe será dado outro sinal, a não ser o do profeta Jonas. Assim como Jonas esteve no ventre do monstro marinho, três dias e três noites, assim o Filho do Homem estará no seio da terra, três dias e três noites. No dia do juízo, os habitantes de Nínive hão-de levantar-se contra esta geração para a condenar, porque fizeram penitência quando ouviram a pregação de Jonas. Ora, aqui está quem é maior do que Jonas! No dia do juízo, a rainha do Sul há-de levantar-se contra esta geração para a condenar, porque veio dos confins da terra para ouvir a sabedoria de Salomão. Ora, aqui está alguém que é maior do que Salomão!»



Comentário ao Evangelho do dia feito por Rupert de Deutz (c. 1075-1130), monge beneditino Da Trindade e Suas obras, 42, 4; PL 167, 1130


«Aqui está Alguém que é maior do que Salomão»


Combinados, o profeta Natan e Betsabé defenderam o seu projecto perante o velho e sábio rei David, que estava a morrer (1Rs 1). Foi então que Salomão, cujo nome significa «senhor pacífico» recebeu a unção real. E toda a gente foi atrás dele a tocar flauta e a fazer uma grande festa, de modo que toda a terra vibrava com as suas aclamações, pois o rei havia declarado: «Estabeleço Salomão como rei de Israel e de Judá» (v. 35.40). Esta entronização prefigura sem dúvida alguma o mistério de que Daniel falava: «O tribunal realizou sessão e foram abertos os livros. Vi aproximar-se, sobre as nuvens do céu, um ser semelhante a um Filho do homem. Avançou até ao ancião, diante do qual o conduziram. Foram-lhe dadas soberanias, glória e realeza» (Dn 7,10-14).Foi, pois, por iniciativa de um profeta que Salomão foi estabelecido como rei, tal como foi ao cumprir as profecias no seu sentido espiritual que Cristo, Filho de Deus, foi reconhecido como Rei pacífico, Rei da glória do Pai, atraindo tudo a Si. Salomão tornou-se rei ainda em vida de seu pai, tal como Cristo foi estabelecido rei por Deus Pai, que não pode morrer. Sim, Ele fá-l'O certamente rei, «herdeiro de todas as coisas» (Heb 1,2), Aquele que não morre nem morrerá nunca. E, coisa admirável e única, Cristo, herdeiro de um Pai sempre vivo e que nunca poderá morrer, morreu; mas ressuscitou e nunca mais conhecerá a morte.Então Salomão foi sentado na mula do rei (1Rs 1,38). Bem melhor, é no trono de seu Pai, isto é, sobre toda a Igreja [...], «acima de todo o Principado, Potestade, Virtude e Dominação» (Ef 1,21), que Cristo está agora sentado «à direita da Majestade nos céus» (Heb 1,3). Eis porque toda a multidão vai atrás d'Ele, a multidão que canta e se alegra. E a terra vibra com as suas aclamações. Também nós ouvimos a enorme alegria daqueles que proclamam esta glória, ou seja, a alegria dos apóstolos falando as línguas de todos (Act 2) pois «por toda a terra caminha o Seu eco, até aos confins do universo a Sua palavra» (Sl 18,5).

Fonte: Evangelho Quotiudiano

domingo, 17 de julho de 2011

LITURGIA DO DIA - 17/07





16º Domingo do Tempo Comum - Ano A




Livro de Sabedoria 12,13.16-19.


Não há Deus, além de Vós, que tenha cuidado de todas as coisas; a ninguém tendes de mostrar que não julgais injustamente. Pois o teu poder é o princípio da justiça e o teu domínio sobre tudo te torna indulgente para com todos. Demonstras a tua força a quem não crê no teu poder e confundes a ousadia de quem a reconhece. Mas Tu, que dominas a tua força, julgas com bondade e nos governas com grande indulgência, pois podes usar o teu poder quando quiseres. que o justo deve ser amigo dos homens, e deste a teus filhos uma boa esperança, porque, após o pecado, dás a conversão.


Livro de Salmos 86(85),5-6.9-10.15-16a.


Porque Tu, Senhor, és bom e indulgente, cheio de misericórdia para quantos te invocam. Senhor, ouve a minha oração, atende os gritos da minha súplica. Todas as nações, que criaste, virão adorar te, Senhor, e darão glória ao teu nome. Porque só Tu és grande e realizas maravilhas. Vós sois o único Deus.Mas Tu, Senhor, és um Deus misericordioso e compassivo, paciente e grande em bondade e fidelidade. Voltai para mim os vossos olhos e tende compaixão de mim.


Carta aos Romanos 8,26-27.


Irmãos:O Espírito vem em auxílio da nossa fraqueza, pois não sabemos o que havemos de pedir, para rezarmos como deve ser; mas o próprio Espírito intercede por nós com gemidos inefáveis. E aquele que examina os corações conhece as intenções do Espírito, porque é de acordo com Deus que o Espírito intercede pelos santos.


Evangelho segundo S. Mateus 13,24-43.


Naquele tempo, Jesus propôs à multidão mais esta parábola: «O Reino do Céu é comparável a um homem que semeou boa semente no seu campo. Ora, enquanto os seus homens dormiam, veio o inimigo, semeou joio no meio do trigo e afastou-se. Quando a haste cresceu e deu fruto, apareceu também o joio. Os servos do dono da casa foram ter com ele e disseram-lhe: 'Senhor, não semeaste boa semente no teu campo? Donde vem, pois, o joio?’ 'Foi algum inimigo meu que fez isto’ respondeu ele. Disseram-lhe os servos: 'Queres que vamos arrancá-lo?’ Ele respondeu: 'Não, para que não suceda que, ao apanhardes o joio, arranqueis o trigo ao mesmo tempo. Deixai um e outro crescer juntos, até à ceifa; e, na altura da ceifa, direi aos ceifeiros: Apanhai primeiro o joio e atai-o em feixes para ser queimado; e recolhei o trigo no meu celeiro.’» Jesus propôs-lhes outra parábola: «O Reino do Céu é semelhante a um grão de mostarda que um homem tomou e semeou no seu campo. É a mais pequena de todas as sementes; mas, depois de crescer, torna-se a maior planta do horto e transforma-se numa árvore, a ponto de virem as aves do céu abrigar-se nos seus ramos.» Jesus disse-lhes outra parábola: «O Reino do Céu é semelhante ao fermento que uma mulher toma e mistura em três medidas de farinha, até que tudo fique fermentado.» Tudo isto disse Jesus, em parábolas, à multidão, e nada lhes dizia sem ser em parábolas. Deste modo cumpria-se o que fora anunciado pelo profeta: Abrirei a minha boca em parábolas e proclamarei coisas ocultas desde a criação do mundo. Afastando-se, então, das multidões, Jesus foi para casa. E os seus discípulos, aproximando-se dele, disseram-lhe: «Explica-nos a parábola do joio no campo.» Ele, respondendo, disse-lhes: «Aquele que semeia a boa semente é o Filho do Homem; o campo é o mundo; a boa semente são os filhos do Reino; o joio são os filhos do maligno; o inimigo que a semeou é o diabo; a ceifa é o fim do mundo e os ceifeiros são os anjos. Assim, pois, como o joio é colhido e queimado no fogo, assim será no fim do mundo: o Filho do Homem enviará os seus anjos, que hão-de tirar do seu Reino todos os escandalosos e todos quantos praticam a iniquidade, e lançá-los na fornalha ardente; ali haverá choro e ranger de dentes. Então os justos resplandecerão como o Sol, no Reino de seu Pai. Aquele que tem ouvidos, oiça!»


Comentário ao Evangelho do dia feito por Santo Agostinho (354-430), bispo de Hipona (África do Norte) e doutor da Igreja Discursos sobre os salmos, Sl 99, 8-9


«Então os justos resplandecerão como o Sol, no Reino de seu Pai»


«Quando o que é corruptível se revestir da incorruptibilidade, e o que é mortal se revestir da imortalidade» (1 Co 15,54), então será a doçura perfeita, o júbilo perfeito, um louvor sem fim, um amor sem ameaças. [...] E aqui em baixo? Não experimentaremos nenhuma alegria? [...] Seguramente que encontraremos aqui em baixo a alegria; experimentaremos aqui, na esperança da vida futura, uma alegria da qual seremos plenamente saciados no céu. Mas é preciso que o trigo suporte muitas coisas no meio do joio. Os grãos são lançados à palha e o lírio cresce no meio dos espinhos. Com efeito, que foi dito à Igreja? «Tal como um lírio entre os cardos, assim é a minha amada entre as donzelas» (Ct 2,2). «Entre as donzelas», diz o texto, e não entre os estrangeiros. Ó Senhor, que consolações dás Tu? Que conforto? Ou melhor, que temor? Tu chamas espinhos às Tuas próprias donzelas? São espinhos, responde Ele, pela sua conduta, mas são donzelas pelos Meus sacramentos. [...]Mas onde deverá então o cristão refugiar-se para não gemer no meio de irmãos falsos? Para onde irá ele? Fugirá para o deserto? As ocasiões de queda para lá o seguirão. Distanciar-se-á, ele que progride bem, até não ter de suportar mais nenhum dos seus semelhantes? E se ninguém tivesse querido suportá-lo antes da sua conversão? Se, por conseguinte, sob o pretexto de que progride, não quer suportar ninguém, por isso mesmo é evidente que ainda não progrediu. Escutai bem estas palavras: «Com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor. Procurando guardar a unidade do Espírito pelo vínculo da paz» (Ef 4, 2-3). Não há em ti nada que o outro tenha de suportar?


Fonte: Evangelho Quotidiano